Todos
Agora retornaram ao QG, era notável uma maior movimentação por parte dos outros agentes. Superiores andavam de um lado para o outro, carregando pressa em seus passos. A recepção do grupo foi feita por cinco superiores, Chocho, Elizabeth e Sophia seguiram para a esquerda, subindo dois andares a pé, até chegarem a uma área grande e ainda mais movimentada que a área principal do QG. Dali, cada uma entrou em uma sala, sendo guiada por um dos superiores. Aiko e Mei foram levadas para esquerda, atravessando todo o térreo do quartel general, caminhando por um longo corredor que dava acesso a algumas áreas, como o refeitório e o arsenal de armas do lugar. Elas pararam no fim do corredor, onde havia três portas, uma delas com o nome “Frost”, escrita em uma placa de metal presa a porta.
Aiko
A jovem relatava todo o ocorrido a uma mulher de cabelos longos e escuros, seus olhos eram verdes e uma cicatriz cortava verticalmente um dos seus olhos, mas, ela não era cega – Entendo. – Falou em meio ao falatório de Saito, anotando tudo que a jovem estava falando em um papel - Qualquer inconsistência no relatório, você receberá uma notificação para que retorne, contudo, acredito que não terá problema com isso. – Falou a mulher com um olhar sério, mas que não passava hostilidade – Esse é o pagamento pela sua segunda missão, está liberada. – Bradou entregando um pequeno envelope marrom, recheado com o salário de 1.700.000 B$.
Saito saiu da pequena sala, indo em direção ao refeitório para que pudesse finalmente almoçar. Não era longe, questão de dez ou quinze passos depois, a garota encontrou o lugar. Ele era grande, incontáveis cadeiras e mesas espalhadas simetricamente pelo ambiente, todas feitas de metal e sem qualquer acolchoamento. Um homem que trajava vestes azuis – indicando ser da limpeza – estava passando pano no final do lugar, mas, não dava muita bola para a mulher, apenas uma olhada de curiosidade. Ao lado da porta uma mesa de grandes proporções, que contava com uma infinidade de opções alimenticias estava ali. Parecia que ninguém ainda havia ido comer, pelo jeito, Saito era quem estava estreando os pratos feitos pelos cozinheiros do QG.
Ela comeu, enchendo sua pança em meio a tentativas de esquecer a loucura daquela manhã atípica, porém, que ela deveria se acostumar, era algo comum na vida dos agentes. Próximo a mesa com comida, a garota encontrou uma pequena porta que dava acesso a cozinha – Doces? Sim! – Disse uma mulher animada, assim como ela, aparentava ser jovem. A mesma usava um avental branco, seus cabelos estavam presos em uma touca, mas era possível notar a cor amarelada das suas madeixas – Claro que não, fico feliz em ter mais gente querendo aprender essa arte maravilhosa. – Falou com um sorriso largo no rosto – E veio no momento certo, o resto do pessoal está descansando, aquele ali é o Herisson, meu auxiliar. – Apontou para um homem grande e gordo que estava cortando alguns temperos em uma das mesas. Aliás, a cozinha era grande, não tanto quanto o refeitório, mas tinha um tamanho considerável. Repleta de fogões, prateleiras e os mais diversos itens que poderia se encontrar em uma cozinha – [/color=orange]Me chamo Rachel, está pronta? [/color]– Falou a garota, entregando um avental a Aiko.
Chocho
Kimiko adentrava em uma sala grande, repleta por livros e alguns documentos. Uma mesa feita de madeira estava bem ao centro, em cima, algumas medalhas e outras condecorações estavam escancaradas para todos que entrassem ali – Conte-me tudo o que aconteceu hoje. – Disse o homem de cabelos esbranquiçados, ele não parecia ser velho, tinha cerca de quarenta e poucos anos, talvez. A mulher relatava o ocorrido com clareza, pedindo em seguida para ler alguns dos documentos encontrado por ela e Elizabeth, ainda na Padaria – Infelizmente isso não será possível. – Disse o homem de maneira sucinta – Aqui está o seu pagamento, qualquer incompatibilidade no seu relatório, será notificada e chamada para averiguação. – Suas palavras eram sérias e ditas em um ritmo acelerado, parecia querer despachar logo a mulher dali. No pequeno envelope de cor marrom, a quantidade de 1.7000.000 B$, o salário da jovem princesa.
Em meio aos seus pensamentos sobre Amis, ela resolveu adquirir algum conhecimento sobre minérios – Temos um acervo, no quarto andar, siga à esquerda até encontrar uma porta branca. – Falou um dos agentes a qual Chocho havia pedido informações. Sem mais delongas, partiu em sua busca pelo conhecimento, notou que não foi nada difícil encontrar o lugar, já que algumas pessoas estavam indo na mesma direção. O acervo era na verdade, uma biblioteca! Uma imensidão de livros sobre variados temas, um balcão grande que contava com cerca de três atendentes, que ajudaram Chocho a encontrar o livro que ela procurava, em uma das seções do lugar.
Sua leitura foi tranquila, em meio aos livros ela aprendia sobre minérios e afins. Inclusive, um dos livros tinha como tema principal o Chumbo Branco, um mineral típico de Flevance. Alguns minutos, após alguns minutos, cerca de quarenta, ela conseguiu devorar os livros a sua disposição, adquirindo o conhecimento que procurava. Não restava mais nada além de aguardar seu companheiro, que demorou cerca de duas horas para aparecer, fazendo a jovem “mofar” na entrada do Quartel General – Eiiiiiii! – Ele gritou enquanto corria acenando na direção da mulher – Cidade? Vamos! Vamos! Tenho várias novidades. – Bradou piscando um dos seus olhos, indicando ser “aquele” tipo de informação.
Enquanto caminhavam pela cidade, puderam notar um alto fluxo de transeuntes. Algumas pessoas faziam compras, outras caminhavam com seus pares românticos e algumas pareciam carregar algumas cargas, provavelmente eram trabalhadores. Entre lojas de costuras abertas e fechadas, a dupla se dirigiu até uma estalagem no centro da cidade. Talvez não fosse um lugar no nível de Kimiko, contudo, o lugar contava com seu luxo simplório, mas, aconchegante – Sejam bem vindos! Peço que aguardem um momento, assim que for possível, chamo vocês para realizar o atendimento. – Uma mulher de cabelos verdes bradou de maneira tranquila, a recepção do lugar estava relativamente cheia, então, provavelmente demoraria um pouco. Não muito longe dali – ainda no Hotel – existia uma pequena área com algumas mesas e cadeiras, tendo uma espécie de “pequeno bar” no lugar. Não estava cheio e nem vazio, todavia, Kimiko se sentia finalmente segura para ouvir tudo que Amis tinha a dizer.
– Foi difícil senhora, a princípio não encontrei nada estranho. Porém, depois que um pequeno garoto de cabelos escuros chegou, o clima ficou pesado. – Falou o bobo, expressando uma faceta confusa ao falar as últimas palavras – Na verdade, esse garoto não tinha uma cara estranha. Não pude escutar o que conversavam, mas eles pareciam estar discutindo, não demorou para que um quinto homem chegasse, ele estava ofegante e contou algo para esse jovem, que saiu correndo em seguida. – Parou para respirar por breves segundos e então continuou – A pequena reunião aconteceu em uma casa velha nas proximidades do Bufalo Branco, foi ruim de entrar, tive que passar por um emaranhado de arame farpado. – Levantou parte da sua camisa, mostrando uma série de cortes e arranhões – Ah! Um deles era gordo e baixinho, um era magro e o outro… era uma mulher, na verdade, cabelos longos e castanhos. Se eu ver, eu reconheço! E depois disso ficou muito perigoso, eles começaram a olhar para os lados e a me procurar, não sei se fiz algum barulho ou eles tem um sentido aranha. – Gargalhou – Eles foram na direção do Búfalo, pensei em entrar atrás, mas achei melhor voltar. – Concluiu seu relatório.
Por fim, a atendente acenava na direção de Chocho. Se ela resolvesse ficar no lugar, encontraria quartos dos mais variados padrões. Sendo o mais caro custava 1 milhão de Berries, pelo tempo de três dias.
Elizabeth
Elizabeth caiu de paraquedas naquela treta, apanhou de graça e ainda achou estranho as palavras de Frost. Enfim, após a ajuda e apresentações, ela voltou junto com as outras garotas para o QG, sendo levada até a sala, onde relatou todo o ocorrido – Você lutou contra Summer? Entendo...entendo. – Um homem de olhos puxados anotava todas as palavras ditas pela garota, parecia atento a cada detalhe que saia da sua boca, tendo feições de surpresa em alguns momentos – principalmente na parte que contou sobre a luta –, não dava para entender se ele estava acreditando ou achando isso a mais pura besteira – Aqui está o pagamento pelos seus serviços. – Falou entregando um envelope de cor marrom, recheado com 1.700.000 B$ - Qualquer irregularidade você será chamada aqui novamente. – Disse com um sorriso no rosto – Agora pode ir, está liberada. – Finalizou, voltando sua atenção para o relatório em suas mãos. A sala do rapaz era pequena e bagunçada, até mesmo algumas vestes estavam espalhadas pelo lugar, assim como um número alto de armas de fogo.
A ida de Elizabeth até a enfermaria foi rápida, assim como sua passagem por lá, afinal, ela não tinha nenhum dano significativo. Após ser liberada pelo médico, retornou até sua casa, já que sua missão havia sido concluída. Ao chegar lá ficou meio perdida, o que ela faria? As memórias do combate vinham em sua mente, será que era medo do seu oponente? De qualquer maneira, ela buscou uma maneira de se acalmar, pegando alguns livros e indo até os aposentos do seu pai. Lá deitou, após pegar alguns exemplares que estavam no recinto, iniciando sua leitura que não tinha um prazo para acabar.
O conhecimento adquirido foi diverso, história sobre os Blues, Grand Line e até mesmo alguns trechos do novo mundo. Locais com figuras icônicas, inclusive a história do lendário marinheiro Donkey D. Darp, responsável por uma era de grandeza da marinha e também do governo mundial. Sua leitura não parou por ai, se aprofundou na história de Flevance, adquirindo conhecimento sobre o Chumbo Branco e algumas figuras conhecidas daquela região. Por fim, buscou sobre o Governo mundial, onde encontrou apenas a história comum, nada muito profundo e revelador.
Após finalizar a leitura, percebia que não teve o que buscava. Ainda estava agitada, ao olhar para fora, podia ver o sol ainda forte, talvez fossem três ou quatro horas da tarde. Enfim, ainda tinha tempo para fazer o que quisesse ou talvez, ela resolvesse continuar em sua própria casa.
Mei
Huang estava sendo levada para sala do seu superior, contudo, antes que pudesse atravessar a porta de entrada, uma figura conhecida surgiu alguns metros atrás da garota – Deixa essa ai comigo. – Era Vincent, o superior que ordenou sua primeira missão. O outro agente não expeliu nenhuma palavra de discordância, apenas fechou a porta e ficou em sua própria sala. Nikaido guiou a mulher até sua sala, fechando a porta em seguida e ouvindo o relatório da missão, algo que ele aparentava já saber, pois sequer se deu ao luxo de anotar nada que ouviu – Qualquer coisa você será chamada para falar de novo, se existir alguma inconsistência nos relatórios. – Disse relaxando seu corpo em sua cadeira – Seu salário. – Jogou um pequeno envelope de cor marrom, contendo 1.7000.000 B$.
– Pode falar. – Respondeu o homem, aguardando as palavras de Mei. A garota percebeu uma mudança de postura de Vincent, ao citar o nome de Annerose – Então é você... – Bradou pegando a chave que estava em seu bolso, destrancando uma das gavetas da sua mesa, puxando dela um envelope branco – Annerose me pediu para que desse isso a uma garota, ela parecia saber que você viria. – Lançou o item em direção a Mei – Não posso falar muito mais do que isso, eu nem sequer me recordo que te entreguei nada. – Falou virando a cadeira, deixando sua visão em direção a janela da sua sala – Como uma última dica, se quiser descobrir mais sobre a Anne... suba na hierarquia do governo e fique forte, você vai precisar. – Suas palavras pareciam tristes, talvez ele estivesse chorando, por isso deu as costas para Mei – Agora saia, está liberada. – Disse em um tom seco.
Não era difícil para Huang encontrar o vestiário, no fim das contas, eis o texto da carta: ”Querida Mei, se está lendo isso é porque você começou sua carreira no Governo, fico feliz por isso. Acredito que você saiba que todos dentro da instituição tem deveres que devem ser cumpridos e regras que são necessárias cumprir. Infelizmente não posso dizer muito, na verdade, não pude nem me despedir. Espero que entenda e que um dia possa me encontrar, estou partindo para Grand Line... é uma missão importante, espero te encontrar novamente. Aliás, o Vincent pode parecer grosseiro às vezes, mas é alguém de confiança. Tome cuidado.”. Se isso faria algum sentido ou não para Mei, só ela poderia dizer. Em alguns trechos a caligrafia parecia diferente, como se tivesse tido que escrever mais rápido que o comum. De qualquer jeito, era necessário subir na cadeia alimentar para obter mais informações sobre sua amiga.
Por fim, ela estava no vestiário, pronta para tomar o devido banho.