Interior da Padaria
Kimiko havia adquirido um montante de informações cruciais para o Governo… brincadeira, ela ainda não tinha nada. Usando e abusando da furtividade, mantendo-se longe dos olhos do velho senhor, buscava unicamente aumentar ainda mais seu leque de informações, seriam eles um grupo revolucionário?
A busca por algum comando do seu superior foi em vão, ele deu com os outros, parecia meio perdido em seus próprios pensamentos, contudo, continuou - de certa forma - atento. A Agente estava livre para tomar sua própria decisão e usando da sua inteligência, optou pela linha mais racional que o momento proporciona: fuçar as coisas do veio. Entrou no pequeno cômodo nós "fundos" da padaria, a porta estava entreaberta, o que só facilitou sua movimentação. O lugar não era muito grande, duas grandes estantes repletas dos mais diferentes livros tampava duas das quatro paredes - sendo uma delas menor, por conta da porta. Na terceira parede que estava "livre" uma escrivaninha cobria metade da sua extensão, ao seu lado, um pequeno "porta sapatos", com diversos exemplares das mais variadas cores, todos com marcas de uso.
Em meio a escrivania algo chamava a atenção de Kimiko, um arquivo fechado com o selo de confidencial em sua capa.
- Arquivo:
Em meio a leitura o velhote aparecia subidamente na porta, antes mesmo que a Agente pudesse esboçar uma reação, o homem caia no solo desacordado - E então, o que achou? - Frost estava de pé atrás dele, usou um golpe limpo para desacorda-lo sem causar maiores danos.
Fora da Padaria
A dupla que estava fora continuava a cercar a mulher, Aiko iniciava uma série de questionamentos - Ah, o senhor Stenford sempre fecha às vezes, ele tem problema de saúde. - Falou a mulher de maneira descontraída, parecia ser algo comum o estabelecimento fechar em momentos aleatórios - Aqui? Por toda Flevance! Antes era algo raro acontecer um crime, mas de um mês para cá, parece que esses ratos imundos estão vindo aos montes. Acredita que na esquina da minha casa, ficam se drogando agora? Vocês precisam fazer alguma coisa! - Gritou um dos homens em meio a população fervorosa - Esse foi um caso a parte, ontem uma pessoa foi morta três quarteirões a baixo, sabe o motivo? Disseram que ela não quis passar o Den Den Mushi! - Uma senhora de cabelos acinzentados gritou balançando sua bengala, quase que perdendo totalmente o apóio e indo de encontro ao chão, sendo segurada por um jovenzinho.
Se infiltrando no meio da população raivosa, Sophia ia de encontra aos marinheiros que vinham em passos largos até o burburinho que estava acontecendo na rua - De novo? O que está acontecendo com Flevance, Alfred? Só hoje já fomos informados de cinco crimes. Vamos! - Falou um dos marinheiros correndo na direção da carroça, gritando em alto e bom tom para que a mesma parasse. A agente retornava para próximo de Aiko e passava as informações, ambas podiam ver a carroça desacelerando e em seguida, parando. Uma abordagem de prache era realizada pela dupla de defensores da Lei, uma rápida vistoria no interior da carroça e ao que parecia, mais algumas perguntas eram realizadas. Até mesmo a sacola dada pelo Padeiro era revistada, mas, pelo jeito nada de errado havia sido encontrado com eles.
Foram liberados e seguiram seu rumo, não iam em grande velocidade, ou seja, a perseguição feita pela dupla de Agentes daria certo. Uma, duas, três esquinas e a carroça continuava a vagar de maneira calma, até que chegaram em uma espécie de estalagem. Era um lugar grande e bonito, a construção feita de concreto e madeira, traziam um tom antigo ao lugar. A carroça parou logo na frente, parecia até mesmo ter uma "vaga" própria para ela ali, dada as marcações no chão. A dupla entrou sem nem sequer olhar para trás.
Onde os Agentes ficam
A garota moradora de Flevance partiu rumo ao QG, falando com um e com outro, não demorou para que chegasse finalmente ao seu destino. Lançou uma maldição antes de entrar no lugar ou algo desse tipo, certamente aquelas palavras haviam invocado algum espírito maligno que a acompanharia até o fim da sua vida.
Adentrou no lugar e percebeu que poucas pessoas estavam em seu interior, a sala do superior estava marcada com seu nome na porta "Vincent Nikaido", era o nome da peça. Na sala um homem de cabelos negros e um tapa olho da mesma cor estava em pé olhando pela janela - Olá. - Sua voz rouca ressoou pelo lugar, ele estava fumando seu Derby e aparentava está em horário de descanso - Frost. Encontre ele na rua, não tem muito tempo que saiu para investigar uma Padaria junto com outras três agentes, ele irá lhe supervisionar e passar a você o resto das informações. - Virou e sentou na cadeira, colocando seus pés em cima da mesa e abrindo uma pequena marmita recheada com ovo, que inundava a sala com o cheiro da comida - Preciso te dar tchau? Tchau! - Começou a comer.