Operação T.N.C.T.O.N.I.

As garotas continuavam seu joguinho, que aos poucos começavam a ficar um tanto quanto picantes, nem sequer pareciam agentes em missão. Bom, é aquele famoso ditado “a oportunidade faz o ladrão”, acredito que não possamos reclamar muito dessa situação. A embarcação continuava mantendo sua velocidade, assim como a chegava na próxima ilha acontecia, na verdade, não tão próximo assim – HORA DA MUDANÇA! – A voz máscula de Mark era audível a todos no navio, inclusive da dorminhoca da Chocho, que acabava por acordar vendo que estava sozinha no quarto, ouvindo apenas alguns passos do lado de fora do mesmo. Elizabeth poderia se assustar com o grito, já que estava dando o famoso migué, enquanto Jon não conseguia ultrapassar a simples tranca a sua frente, ou será que não era tão simples assim?

De qualquer forma, ao chegarem no convés notaram uma movimentação um pouco maior, novas facetas estavam entrando a bordo, atravessando algumas tábuas usadas como ponte, que ligava as duas embarcações. Alguns deles desciam pro andar inferior do navio, passando por Elizabeth e Jon que estavam por ali, sem levantar muitas suspeitas, já que Jon havia desistido de arrombar a porta. Se permanecessem por ali – inclusive Chocho – veriam que um grupo de três agentes abriam a sala, saindo com cerca de três homens e uma mulher, todos encapuzados e utilizando apenas peças que cobriam suas partes íntimas. Eles estavam acorrentados e com hematomas por todo corpo, como se tivesse sofrido um severo espancamento. Além desses, o último agente carregava uma caixa fechada, sendo que Aiko – se estivesse prestando atenção – conseguiria enxergar o seu “selo” ou pelo menos reconhecer aquela caixa.

Aquele grupo de pessoas eram levados até a outra embarcação e um número igual de pessoas eram trazidas da embarcação parelha, assim como uma caixa, está diferente, tendo uma coloração amarelada e lacrada com um durex de cor azul – Vamos para lá, continuaremos a partir dele. – Bradou Mark sem muita firula, caminhando pelas tábuas com tranquilidade, enquanto observava o brilho da lua iluminando seu caminho. Após todos terem trocado de barcos, os navios voltavam a navegar, sendo que o das protagonistas seguiam em direção a Lvneel e o outro parecia tomar um caminho oposto, mas não pareciam estarem indo rumo a Swallow ou Flevance. De qualquer forma, a embarcação era do mesmo nível. No entanto, a qualidade do material do Brigue não era dos melhores, parecia mais com um navio antigo, já bem desgastado em toda sua totalidade. A iluminação do lugar era feita por candelabros, que estavam esperados no piso superior, como nos pisos inferiores.

A responsável por levar as figuras encapuzadas foi Martha, acompanhada obviamente por Mark, que levava em suas mãos a caixa – De quem é o turno agora? – Perguntou o Agente Cullen, enquanto limpava a poeira na borda do navio, encostando-se em seguida. Sem apresentações ou qualquer tipo de informação por parte dos superiores, a viagem simplesmente voltou a acontecer na mesma tranquilidade de antes. As meninas voltariam para o game? Chocho retornaria ao seu sono de beleza eterno? Jon olhava para Elizabeth como se quisesse dizer algo, mas não achava o momento certo para tal, suas suspeitas ainda continuavam de pé?