onseguia sentir a tensão no ambiente, Sam estava pronto para sacar sua espada, provavelmente ele sabia que muita coisa podia dar errado ali, o que era verdade, a chance de enfrentar 10 pessoas em um ambiente fechado não era algo que muitos fariam, por sorte, a experiência que eu tive em Stevelty, me mostrou um aliado que consegue destruir tudo que toca, no momento, ele não estava comigo, mas sorri quando lembrei da cena nas ruínas da outra ilha, iria fazer o mesmo nesse lugar abandonado.

Como forma de bom grado, vou pagar 1 milhão em duas doses, eu sou apenas um mero Pirata, não estou tentando insinuar nada, mas quero levar duas doses para alguém que confio, ele irá me dizer se é puro ou não

Enquanto discursava, puxava algumas notas e colocava sobre a mesa ou entregava para o careca.

Vou querer outras 48 doses, venho buscar quando a lua estiver brilhando no céu escuro, temos um acordo, Greg?

Esticava a mão para selar o negócio, que para mim, jamais iria ser cumprido. O sorriso que ostentava no meu rosto era sincero, ali, naquele prédio, iria conseguir dinheiro para comprar meu barco e zarpar para a Grand Line.

Preciso pegar o restante do dinheiro, se concordar, faremos um excelente negócio KAKAKA

Esperava uma resposta positiva de Greg, até ali, não havia motivos para desconfiar de algo, éramos minoria, não havia chance de alguém desafiar o chefe no meio de seus capangas, esse era meu trunfo, pois, o mundo é muito grande, sempre vai existir um peixe maior, e eu já estava cansado de nadar apenas em lagos rasos.


Se tudo desse certo e saísse inicialmente como planejado, sairia de lá com duas doses no bolso e um plano em mente. Quando estivesse longe o bastante do prédio, me certificaria de ninguém estar no seguindo, então, era hora de explicar tudo para Sam.

Conheço um bar no Porto, vamos até lá e comprar algumas garrafas de rum e dois isqueiros … Sam, nós vamos voltar, atear fogo no local, pegar a maleta e fugir KAKAKAKA, é um bom plano, não é? KAKAKAKA

Não conseguia esconder minha excitação, meu sangue já fervia de ansiedade, estava louco para conseguir aquela grana. Destarte, antes disso, voltaria com passos largos até o bar do Tav, lá, iria pedir algumas garrafas de rum e um par isqueiros.

Como vai Tav, quero 4 garrafas de vidro com rum ou vodka e 2 isqueiros, esse aqui é o Sam, meu companheiro pirata, legal né? KAKAKA

Pagaria o preço que ele indicasse, ficaria mais um pouco para passar o tempo, ouviria alguma notícia nova, se Sam quisesse beber algo não impediria, quando o sol se escondesse e a lua subisse aos céus, voltaria novamente para o prédio. Era hora de mostrar Quanto vale o Show!

entado na mesa, olhava ansioso para as garrafas, Sam, por outro lado, parecia preocupado com a rota de fuga, de fato, ele estava certo. Fugir para o hospital era algo complicado, muita gente poderia ver a gente e associar com a Doutora, isso podia colocar seu cargo em risco.

Eu tenho um quarto aqui, na fuga, nosso ponto de encontro será esse!

Me levantei ao terminar e fui até Tav, ia confirmar se o quarto ainda estava livre.

Vou precisar de um quarto hoje também, eu ou Sam vai chegar e pedir a chave, se alguém perguntar algo sobre nós, invente algo, mas não diga que estou aqui KAKAKA

Ainda parado na frente do taverneiro, continuava.

Tem jornais antigos ou algo assim? Se não for usar, vou precisar para pregar uma peça em um amigo

Outro ponto que o espadachim estava certo, quando chegássemos no ambiente, tinha a chance de eles pedirem para verem o malote, quer dizer, não tínhamos uma mala, iria colocar tudo em alguma sacola ou no saco que estava meu dinheiro de verdade. Se isso acontecesse, iria iniciar o plano logo após nocautear os guardas mais próximos o mais rápido possível.

Com as quatro garrafas divididas entre nós, duas comigo e duas com Sam, entregava um dos isqueiros para ele e colocava o outro no meu bolso. Como havia feito em Stevelty, peguei um pano no bar ou ia rasgar um pedaço da ponta da capa e colocar dentro da garrafa, fechando a tampa. Colocava as duas garrafas dentro do macacão, coladas na barriga, onde mesmo que percebessem, eu apenas diria de forma irônica que era para comemorar a compra.

Segurando a sacola/saco de dinheiro firme, sabia o caminho até o local, nesse meio tempo, avisaria para Sam o que faria.

Eu vou jogar os molotov assim que ver as drogas, seu trabalho é pegar a mala/maleta/pacote e fugir para o Bar, entendeu? Eu vou segurar todos eles até que você esteja longe o suficiente.

Antes de sugerir o plano, sabia que os dois fugir ao mesmo tempo seria praticamente impossível, mesmo se o espadachim relutasse em seguir e duvidasse que eu conseguiria, mostraria meus dentes claros e um sorriso confiante.

Relaxa, eu sou forte pra caramba!

Completava, enquanto dobrava o cotovelo esquerdo, mostrando os bíceps daquele braço. De fato, era arriscado, mas era algo necessário, um pirata deve apostar sua vida em seus sonhos, não queria apenas comprar o barco, era o ponto de partida para cumprir minha ambição, não podia recuar agora, não enquanto ele estivesse me observando.

Era isso, quando chegasse no prédio abandonado, ficaria alguns segundos olhando para ele de fora, depois observaria o céu e somente então, entraria no ambiente. Conhecia as escadas e esperava que eles me reconhecessem, confiante, iria parar alguns metros de onde Greg estivesse, ali, observaria quantas pessoas estavam no local, se estavam armados e onde estava as drogas.

Hora de fazer negócios, o dinheiro está aqui, as drogas estão contigo?

Levantava o pacote com os jornais amassados, torcendo para ele pelo menos mostrar a maleta também. Se de algum modo, os seguranças pedissem para revistar ou conferir o dinheiro na entrada, ficaria irritado, pelo menos, demonstraria estar.

Eu vim mais cedo e está tudo combinado, se encostarem em mim, irei comprar de outra pessoa!

Diria de forma ríspida, torcendo para Sam entrar na encenação e que ela fosse rápida, sabia que não era um bom mentiroso. Se preciso fosse, ou seja, eles me mandando embora, iria tentar desmaiá-lo ali mesmo, um soco rápido na boca do estomago, pegando de surpresa, puxando sua cabeça e empurrando para o chão, se fosse dois, deixaria para Sam desmaiá-lo.


Entrando no local, aguardaria as palavras de Greg, tendo êxito em localizar a maleta, não iria ficar de conversa fiada, abriria o macacão e pegaria a primeira garrafa, agilmente acendendo o pano e mostrando para ele.

Desculpa, mas eu vou colocar esse lugar abaixo!

Jogaria a primeira garrafa onde tivesse mais homens, logo em seguida pegava a segunda e fazendo o mesmo movimento, jogava próximo de Greg, seu rosto queimado talvez trouxesse alguma recordação que o deixasse aterrorizado, quem sabe, traumas do passado sempre voltam para assombrar uma alma covarde.

fogo aos poucos se alastrava, queimando o piso daquele local, ouvia ordem, gritos e tiros, um deles acertou meu ombro, senti seu impacto e a ardência logo surgiu, rangi um pouco os dentes e logo voltei para mim, não seria alguns tiros que me deixariam indeciso sobre o que fazer.

Segurando a segunda garrafa, vi a figura de Sam saltar sobre Greg e parei o movimento, obviamente, não iria ferir meu parceiro ou nosso prêmio, havia outros locais para jogar o objeto flamejante, joguei diretamente em outro bolo de inimigos, queria dispersá-los, colocá-los em confusão, um bando de ovelhas cercados por um lobo.

Sabia que precisava tirar Sam e a maleta do local o mais rápido possível, então, avancei diretamente contra Greg, saltei em arco, usando a força da gravidade para acertar um soco em quem estivesse na frente de Sam, neste momento, não teria muito foco individual, era apenas limpar o caminho para o espadachim se aproximar da maleta e ter condição de agarrar.

Nesse ínterim, não importa quantos socos, tiros, cortes ou até mesmo se o fogo pegasse em minhas roupas, ia continuar batendo e empurrando qualquer inimigo no meu alcance, era limpar a cena para dar chance de ele fugir, afinal, uma vez sozinho, ia ter a chance de agir sem preocupações, colocando a pressão para o lado de Greg, ele mandaria homens para seguir Sam ou tentaria me derrubar primeiro? Aposto que iria falhar em ambos os casos.


Dito isto, quando ou se Sam conseguisse a maleta, iria cobrir suas costas para ninguém acertá-lo e quando ele fugisse por algum lugar, pararia por um instante, mostrando um sorriso maquiavel em meu rosto, enquanto do meu punho, uma pequena rajada de vento surgia, aos poucos, rodeando meu corpo, fazendo minha capa tremular, ali, em meio a fumaça e ao fogo, eu era um enviado do caos, aquele que traz a tormenta. Eu iria amassar aqueles homens.

ossia para fora a fumaça que tinha tragado de forma involuntária, ficando em pé assim que possível, olhando para trás, vendo com orgulho o prédio em chamas. Sentia o suor escorrer pelo meu rosto e a roupa colada em meu peito, havia tomado alguns tiros, a respiração estava ofegante, mas nada que incomodava, já havia sido alvejado por projeteis antes, uns a mais não fariam diferença.


Me erguia com facilidade, rapidamente olhando em volta, teria Sam conseguido fugir? Não esperava ficar ali para confirmar, em pé, comecei a correr para longe do bairro, que logo estaria coberto de gente, marinheiros ou até mesmo a guarda real, o fogo tinha cumprido seu papel mais uma vez, como um grandioso aliado que me ajudou em Stevelty, mostrava seu valor novamente em Lvneel.

Correndo com a força que tinha, iria rumar para o bar onde era o ponto de encontro, se fosse preciso parar para tomar um fôlego, assim faria, doravante, tinha um corpo bem definido e acostumado com adversidade, forjado nas montanhas frias da minha terra natal, apesar da dor percorrer cada músculo que tinha, aprendi a conviver com ela, abraçando-a como uma amiga. Se encontrasse homens de Greg ou o proprio Greg, não fugiria de um embate direto, enfrentaria os adversários, assim, fornecendo tempo para Sam fugir, mesmo com alguns ferimentos, tinha absoluta certeza, que poderia enfrentar aqueles caras.

Se nenhum imprevisto ocorresse e conseguisse chegar até o bar, perguntaria para Tav.

O cara de cabelo cinza chegou aqui?

A voz não escondia a pressa em saber a resposta, pois, logo partia para o quarto, esperando encontrar a maleta com as drogas dentro,

Conseguimos? Tem quantas doses aí dentro?

Questionava por fim, enquanto me sentava na cama, ansioso pela resposta.

entava fugir daquele local, o fogo parecia me seguir, deixando um rastro de destruição pelo caminho, minha mente afiada conseguia distinguir o caminho de volta, passadas largas e firmes, sentir ao peito arfando conforme corria, de repente, saindo da fumaça, duas figuras de capas carmesins segurava meu ombro, me virei com os olhos arregalados, estava tenso e pronto para lutar, era dois guardas reais, eles já estavam aqui?

Eu não tenho tempo para perder com merdas como vocês!

Batendo meu braço no dele, me desvencilhava do seu agarrão, deu um salto para trás, inclinei meu corpo para frente, puxei o ar para dentro do pulmão, recuei os braços e ataquei sem pestanejar.

SHAKLETON INFAME!

Descrição: Tendo como principal característica a força dos seus braços, Gale move-se para frente enquanto desfere uma quantidade de socos em alta velocidade acertando tudo aquilo que estiver necessariamente a sua frente, sendo uma área retangular de 4 metros de comprimento e 2 de largura. Seus socos não tem padrão definido, impossibilitando em mirar em pontos específicos, são desferidos com apenas um intuito: Destruir. Durante sua sequencia de socos, mesmo que seja atingindo por algum golpe, ele não cessa seu golpe, até que tenha se passado 10 segundos, minando seu folego.
Componentes: Brave Heart (EdC Especializado), Tradicionalista (Pugilista), Briga, Hipoalgia.
Requisitos:
– Gale precisa estar com seus dois braços utilizáveis, ou seja, não pode ter nenhum deles seriamente ferido; É necessário um espaço aberto de pelo menos 2 metros de largura para utilizar a técnica; Os alvos precisam estar a pelo menos 4 metros de distancia;
Penalidades:
– Logo após o golpe, pelo uso excessivo dos braços, seu Acerto diminui em 5% no turno seguinte;
Aditivos: N/A.
Dano: Força +6%.
Bônus: N/A.
Stamina: 70.

Foram diversos socos em locais diversos, queria apenas acertar a maior quantidade deles nos dois guardas, enquanto socava, gritava de raiva, colocando uma grande quantidade de força neles, tinha que ser rápido, precisava seguir para longe dali.

Acertando ou não os golpes, conseguindo apenas afastá-los um pouco, logo voltaria a debandar do bairro, meus inimigos não eram aqueles guardas, por mais que eu não gostasse deles depois do que vi no bar mais cedo, agora era o tempo de sair dali e chegar no ponto de encontro.

Todavia, sendo atacado pelos guardas após a técnica, seja porque eles defenderam ou resistiram, iria ser uma troca justa, quando a lâmina da espada viesse me acertar, usaria a palma da mão para agarrar o objeto, com a mão livre, daria um soco bem no nariz, logo em seguida, outro soco no queixo, uma sequência limpa, depois soltaria a lâmina. Não sendo possível agarrar a lâmina, tentaria pelo menos bloquear com a manopla, impedindo um golpe direto.

língua seca arranhava o céu da boca enquanto tentava respirar, essa sensação, meus olhos ardiam, enquanto tentava entender onde estava, senti pela primeira vez uma sensação de desespero, não completo ou amedentrondaor, mas lembrei-me de quando era jovem e saia com meu pai para escalar a montanha e ele sempre dizia - Não se esqueça de onde veio e para onde vai - A verdade era que eu me sentia perdido, onde estava o fogo? Onde estava todo mundo?

Aos poucos fui recuperando todos os sentidos, inclusive o sexto e último, o perigo parecia distante, era hora de completar o plano inicial. Limpando o suor salgado que escorria pela testa, puxei um trote lento e ritmado, parando algumas vezes para procurar por homens de capas carmesins ou capangas de Greg. Encontrando alguns deles, iria correr para valer e se não conseguisse evitar, enfrentaria eles em um breve combate, onde trocaria alguns golpes para tentar derrubá-los e seguir para o bar.

Quando ou se chegasse no bar, ia caminhar direto até o balcão.

Uma caneca com água … Aquele cara que estava comigo já chegou?

Questionava Tav, enquanto virava o conteúdo líquido garganta abaixo, não ligando com os fios que escorriam pelos cantos da boca. Rapidamente me encaminhei para o quarto, deixando a caneca vazia no balcão. Assim, se Sam estivesse no quarto, não deixaria ele falar nada, perguntando ansioso.

Deu certo? Conseguimos as coisas que a Doutora queria?

uando escutei de Sam que tinha dado certo, percebi que estava esse tempo todo com o ar preso nos pulmões, voltei a respirar novamente, aliviado, me sentei em algum lugar disponível e coloquei o quepe sobre meu colo, naquele momento, um sorriso surgiu no meu rosto, sim, tinha conseguido uma boa grana, mas ainda precisava de mais, muito mais.

São apenas arranhões, amanhã iremos voltar ao Hospital, acho melhor deixar a poeira abaixar

Não sentia dores ou algo parecido, a adrenalina ainda pulsava em minhas veias, me fazendo balançar o pé num tique vicioso.

Então, nossas aventuras vão ser sempre assim, vai conseguir acompanhar?

A questão era mais uma zombaria com o espadachim, que tinha se mostrado alguém de confiança, como esperado, a escolha de chamá-lo para meu bando tinha sido acertada, o destino colocou aquele sujeito naquele lugar por algum motivo. Nessa ilha no North Blue, iria ser o berço do bando pirata mais famoso dos mares, tinha certeza disso.

Assim, iria tentar descansar, pela adrenalina, pegar no nosso não seria exatamente fácil, então, pelo menos descansar o corpo e quando o dia raiasse, pularia da cama num salto astuto, já puxando Sam para cima, era hora de ir até o hospital pegar o premio, o dia prometia, ainda precisava de mais dinheiro para o barco, mas era um bom começo.