adv 2

Afrontada, manteria os pés firmes, remexendo os dedos evitando que o suor cubra minhas mãos — Não foi o que você disse, foi COMO disse! Peço pelo menos um pouco de civilidade, ouviu? — quase dou uma engasgada quando grito, sentindo minha garganta encher com o refluxo ferroso, um dos sinais que não deveria me manter em postura ofensiva, dessa vez graças a minha doença, enfraquecendo aos poucos o tecido dos meus órgãos. Ainda me prestaria desconfortável a frente de Garasuno, mas atenderia o pedido carinhoso de Matteo, a ordem de Kimberly e a advocacia de defesa de bofe feita por Leonheart, recuando o pesado ferro gelado em minhas mãos e dando alguns passos para trás — Faça como preferir Kim, acho que vamos ter que ouvir ele um pouco se quisermos chegar em algum lugar mesmo. Mas antes de mais nada não, não temos líder, e se fosse alguém, certamente não seria o Matt. — me manteria séria olhando para o desgostoso anfitrião, mas ao notar em seguida a insensibilidade da minha fala retorno o olhar para o loirinho — Qu-quero dizer, sem ofensas, não que não pudesse ser o Matt... Foi uma resposta natural! C-chega, vocês entenderam! Entenderam! — mexeria as mãos no ar logo após guardar a minha arma, como sinal de frustração, tentando demonstrar a culpa por aquela atitude em relação à figura dele.


De pé e de braços semi cruzados, singelamente colocando uma pílula de meu remédio na boca, observaria o decorrer do interrogatório evitando me envolver se não necessário. Se os responsáveis pelo ataque ao senhor Garasuno fossem os mesmos que causaram o caos na minha casa, não poderia deixar de simpatizar com a situação dele em situações normais, mas o quanto ele parecia entender daqueles criminosos e até de nós mesmos, principalmente do Matt, fazia a pulga saltitar atrás da minha orelha, encima da cabeça e por volta do meu corpo todo de forma agonizante — Só me responde uma coisinha a mais. Pode ser esquivo se quiser, mas não aja como se a gente fosse otário. — o questionaria assim que notasse que os outros já tiveram sua oportunidade, levantando aos poucos a voz — Quem você é, pra estar envolvido nessa marmelada toda do jeito que tá? O que você é pra eles, melhor dizendo? "Velho conhecido" não basta pra mim.


Por um tempo me distraio, vendo a forma com que Kim cruza a sala e domina a situação, tomando conta de coisas que a gente nem pensaria em prestar atenção. Eu não, ao menos — era uma lembrança do quanto que faltava eu trilhar para ser uma boa caçadora, e que apesar de seu temperamento levemente amargo se bater com o meu as vezes, eu sempre tinha muito a me espelhar em alguém especial como ela. Me recolhendo para ouvir o seu plano, mesmo que não todo ele, parecia uma estratégia saudável para nossa resolução desejada, salvo alguns pontos. — Tá, mas quanto a esses custos, vocês não vão cortar nada dos fundos da nossa viagem, né? — questionaria com as mãos na cintura — E se formos usar esse espaço, eu gostaria de alguma liberdade de organização, é muito objeto espalhado pra eu mover uma espada do tamanho da minha em paz, né? — olharia para todos. Se estivessem me encarando muito de volta, abaixaria um pouco o tom e me recolheria, cruzando de volta os braços — Desculpe, continuem. — e iria sentar-me em algum lugar próximo de Leon.