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Kenshin
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Sex maio 14, 2021 3:55 am
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Kenshin
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Relembrando a primeira mensagem :

Here Comes The Sun

Aqui ocorrerá a aventura dos(as) Civis Leonheart Valentine, Kimberly Deshayes, Matteo Martini e Myriam Leuchten. A qual não possui narrador definido.

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Ravenborn
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Qui Mar 17, 2022 12:40 am
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Here Comes the Sun



Com a manhã chegando, eu acordei depois de ouvir uma voz familiar me chamar, já sem conseguir lembrar direito com o que diabos eu tinha sonhado durante a noite. Ainda me sentia meio dolorido - ou até dolorido e meio, pra vista do que eu estava acostumado - mas logo me sentei, me erguendo os braços pro alto pra me espreguiçar com um longo bocejo, e esfregando os olhos pra espertar. - Hmm...? - ainda meio grogue, eu olhei pra baixo e encontrei o Leon agarrado em uma das minhas pernas, dormindo como se aquele fosse o lugar mais confortável do mundo. Talvez eu devesse ter esperado algo do tipo, considerando que estávamos todos numa tenda pequena...mas pra ser sincero, eu tava com sono demais no momento pra me incomodar. - Yawn...! - bocejei de novo, revirando os olhos.

Here Comes The Sun - Página 12 75C3Rlo

Sem nem hesitar, eu levaria o pé da minha perna livre até a cara dele, empurrando-o pro outro lado. - Hora de acordar, ô bela adormecida. Acho que a Kim tá chamando a gente. - diria e me levantaria, com uma imensa vontade de ir lavar o rosto, mas me contentaria com pegar as minhas coisas e ir pro lado de fora da tenda ver o que tava rolando. E pra minha surpresa, ela não tinha nos chamado pra tomar café ou coisa do tipo: as duas piratas tinham dado um jeito de escapar enquanto todo mundo dormia, o que significava uns bons trocados a menos no bolso de todo mundo. - Maravilha. Ótimo jeito de começar o dia, em? - eu respondi, claramente desapontado. Por mais que a gente já fosse conseguir um bocado com as recompensas dos dois que tinham morrido, eram quase três milhões de berries perdidos. Dito isso, não adiantava ficar frustrado, já que não tinha sido culpa de ninguém e a gente não tinha mais o que fazer a respeito. Era uma pena, mas pelo menos elas não tinham levado os corpos também.

Leon, por sua vez, parecia bem satisfeito com o resultado. Heh, parte de mim queria estar tão despreocupado quanto ele em relação ao dinheiro, mas eu ainda precisava me esforçar mais um pouquinho pra isso. - Eu...bem, vamos dizer que eu preciso do dinheiro pra ajudar minha família. Isso resume bem. - responderia, dando um sorriso. Não tinha necessidade de jogar a minha história triste pra cima deles ali, e nem era algo que eu queria sair falando pra todo mundo. Daí, daria uma olhada em volta pela aldeia, na esperança de que a gente pudesse comer alguma coisinha antes de ir embora. Se tivesse tempo, também daria uma corrida rápida até o riacho para lavar o rosto e dar uma ajeitada no cabelo, usando o reflexo na água pra enxergar, e aí voltaria para tomar o café da manhã com o restante do pessoal.

Por fim, de barriga cheia ou não, me reuniria com os outros pra pegar os procurados e partirmos de volta à cidade, onde enfim poderíamos oficializar o nosso trabalho e conseguir a doce, doce recompensa. Teria certeza de que estava tudo comigo - em especial minha arma, a última trufa de chocolate e a espada que eu tinha encontrado na cabana de Toth - e me despediria dos minks, que tinham nos ajudado tanto, com um sorriso no rosto. - Acho que a gente não teve tempo de tocar no assunto antes, mas isso quer dizer que você é daqui de Stevelty mesmo, Myr? - perguntaria depois de ouvir as palavras de Kim. - Eu sou de Sirarossa, lá no West Blue...ou melhor, eu nasci lá, mas a gente fica mais viajando de ilha em ilha em vez de ficar em um lugar só. - responderia se alguém perguntasse em seguida. E assim, eu seguiria com os outros de volta para a cidade, sugerindo irmos até a guilda dos caçadores de novo caso não encontrássemos os navios da marinha no porto como esperado.


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Malka
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Qui Mar 17, 2022 6:17 pm
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Malka
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Myriam Leuchten
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Stevelty - North Blue
POST 31






Aproximando-me do local de descanso de Asta em meio a manhã, tentaria aconchegar minha presença com sussuros, o chamando até que acorde Ei, ei? Tá bem? vendo as talas cobrindo o corpo do canino, forço um sorriso nas duas bochechas — É, não muito pelo visto... — diria desanimada, me sentando ao seu lado com o cuidado de não mexer muito a cama.

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Por alguns segundos, meu silêncio era sepulcral. Nem encarava Asta, se ele estivesse consciente depois de meus chamados e movimentos na cama mas não fosse capaz de falar muito ou simplesmente não quisesse, só conseguiria ouvir minha respiração alta. — A gente fez, né? Conseguimos. — pelo visto, isso era tudo que eu seria capaz de expressar. Me imaginava chegando e o abraçando na volta, sorrindo no campo verde ao lado da fogueira e os vagalumes que Leon tanto odiava, mas meus remendos na costela e o mar de bandagens se mostravam uma recepção fria, um contraponto ao romance idealizado que veio em minha cabeça quando Toth me largou de seus braços. Aquilo não tinha sido o fim, pessoas morreram, muitas, gente que não tinha nada a ver e só queria ficar em paz. Nessa situação, tinha de demonstrar gratidão, mas era a gratidão mais amarga que eu já tive de expressar — Obrigada... Você ajudou a gente mais do que precisava. Espero que os dias fiquem calmos aqui de agora em diante. — daria um falso abraço por cima das bandagens, perto da barriga, sem pôr peso algum em Asta. Saindo na mesma calma que vim, terminaria por fechar a entrada com o esforço de tapar o sol, tentando estender o seu descanso o quanto posso.

Saindo, deveria ser então capaz de ouvir o chamado de Kim, a qual após meu nome clama em alta voz pelos outros dois. Não tinha mais minha arma em condições de lutar, mas toma-la em mãos e correr atrás da moça que podia estar em apuros seria a prioridade. Chegando lá, ficaria aliviada mas ao mesmo tempo desapontada com esse escarcéu ser por causa de uma bronca — Elas fugiram né? — apertaria o punho, num misto confuso de sentimentos. De um lado eram criminosas, perigos para a sociedade, mas... "Depois de tanto sofrimento que eu fiz elas passarem, não sei se tenho a força pra ir atrás das duas." minha cabeça em agonia com aquilo, ia de encontro com a dor de desvalorizar minha própria moral "Não! Não é esse o juramento que você fez Myriam!", olharia para o vão onde as duas estavam, com uma expressão apertada, quase raivosa — Vamos, temos que levar esses dois com a gente. Depois vemos as outras duas, elas ainda devem estar em Stevelty, ao menos no porto se organizando para fugirem, mas não podemos deixar esses dois aqui largados. Nossa prioridade é levar eles e entregarmos o quão antes. Todos concordam, né? — olharia para o lado, vendo o que cada um parecia pensar sobre o assunto. Doeria no entanto pensar que aquele dinheiro da captura das duas poderia ser útil para a família de Matt — Desculpa cara. Próxima vez deixa que eu fico de vigia, vou arranjar um jeito de te recompensar. — entristecida, poria a mão no ombro do loiro não para apoiar somente ele quanto a mim também.

Recebendo a pergunta de Matt de forma inesperada, me surpreenderia de ter deixado um detalhe tão importante passar — Verdade! A gente só se conheceu no meio da bagunça toda, né? — contaria o grosso de minha história, tentando chamar também a atenção de Leon caso estivesse perto — Sou, sou sim, nascida e criada em Stevelty. Meu pai é um carpinteiro famoso daqui, e eu aprendi tudo que pudd com ele. Quer dizer, hoje a gente tem menos clientes por alguns outros motivos, mas ainda dá pra se virar. — fixo meus olhos no chão de terra — Quer dizer, não exatamente pra nós dois. O trabalho era mais calmo e rápido comigo lá, mas dividir o dinheiro ficou difícil. Aí eu cansei de parasitar ele e agora tô aqui. Mas você, vem de onde? — recebendo a resposta, me mostraria animada, brilhando os olhos um pouco de imaginar — Nossa, West Blue... Parece tão longe. Vocês devem ter navegado tanto, fico com inveja.— me mantenho pensando "Quem seria "a gente"?", já que não parecia que ele estava junto com Leon a muito tempo, mas talvez essa não fosse a hora de questionar. Esperaria uma oportunidade mais calma para conversarmos sobre, depois de entregarmos a caça e de Matteo já ter seu dinheiro em mãos para sua família, acalmar nossos corações depois da perda de Yura e Elise é uma prioridade maior.

Se parassemos para comer, comeria junto aos outros, mas pouco para evitar incomodar e me tornar uma visita indesejada, já tinha usufruído demais da boa vontade dos minks. Questionada por Leon sobre o dinheiro e sua utilidade, olharia o ferro machucado que trouxe de casa — Uma arma nova. Madeira... Remédios. Creio que seja isso. Deve dar uma boa ajuda. — ajudaria a colocar os corpos na égua, com uma sensação mórbida de dever cumprido. —Kirihehe, sim sim, general, sem corpo mole. — esboçaria sarcasmo em resposta a Kim, checando para ver se Nana de fato aguentaria o peso tranquilamente. Se a visse tendo alguma dificuldade, jogaria o corpo de Ivana nas minhas costas para aliviar o peso, e a carregaria comigo até onde pudesse.

Saindo com sucesso da floresta, acenaria positivamente para Kim — Pro centro é tranquilo. Sigam-me os bons! — continuaria pelo caminho, indicando para onde deveríamos ir por entre as ruas de minha terra natal. Evitaria no entanto falar muito alto e apontar muito em meio às outras pessoas da rua, com medo de chamar atenção atenção indesejada, afinal, era uma portadora do diabo com um monte de gente esquisita carregando dois corpos. Pelo menos tinha comigo os cartazes para me defender caso alguém perguntasse demais e parecesse prestes a causar problemas. Senão, me manteria em silêncio, ignorando quem quer que estivesse no caminho.

Faria como me foi indicado, buscando nos arredores algum navio com as cores da marinha, buscando também em seguida seu símbolo ou nome marcado para que possa entregar a carga. Tendo eu ou um dos outros visto um marinheiro responsável, seguiria até ele, em silêncio com o cartaz de Ivana para que o mesmo a veja. Aquilo era só a conclusão de nossa jornada, minha cabeça corria por outros caminhos, pensando no passado e principalmente no futuro que aquilo me levaria, mas um chamado me traria para a terra novamente: ao ser disposta a dizer meu nome e ganhar reconhecimento pelo trabalho, engasgo por um momento, e a primeira coisa que sai de minha boca era já óbvia — Leuchten! — proclamar meu sobrenome seria a prioridade, com postura animada e firme — Myriam Leuchten!


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Ficha:

Histórico:

Atributos:
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FALA | PENSAMENTO


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Koji
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Seg Mar 21, 2022 10:58 pm
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Capítulo 1
Here Comes the Sun



O Sol raiava naquele amanhecer que, embora parecesse convencional, estava longe dessa realidade para o quarteto caçador de recompensas. Naquela tenda pequena estavam os responsáveis por acabar com um torneio brutal e sanguinário que visava apenas o entretenimento daqueles poderosos, assim como o sofrimento dos desamparados e feridos - pessoas que corriam por suas vidas em um ato instintivo, dando "circo" àqueles que presenciavam a caçada mortal. Por este feito, talvez o grupo fosse visto como heróis por alguns, ou algo nada diferente de um cidadão comum para outros antipáticos.

Fato é que sim, eram pessoas comuns. Suas frustrações algumas vezes extrapolavam o limite das máscaras que usavam para acobertar aquele que não queriam que vissem. Seus sentimentos eram tão humanos quanto os de qualquer outra pessoa ou ser naquele recinto. Dor, angústia, solidão, desespero; elementos contidos dentro dos salvadores que acordavam na espera de um dia melhor, menos agitado e definitivamente focado no descanso. A despedida seria triste, angustiante, porém fazia parte da vida e das marcas que esse processo deixava não só em nosso corpo, mas em nossa mente.

Acordando antes que todos, Myriam e Kimberly eram as primeiras a saírem do lugar apertado. Matt e Leon ficavam sozinhos no lugar para a felicidade da última, caso esta estivesse acordada, é claro. Após sua decepção anterior, a única coisa que poderia melhorar seu humor era uma noite agarradinha com Matteo, em qualquer lugar que seus corpos se aquecessem ao contato um do outro. De qualquer forma, antes mesmo que esses dois pudessem acordar, Leuchten partia para a cabana de Asta, o líder da tribo. Após sua luta com Toth, ele não se encontrava em seu estado mais natural, talvez nunca mais identificasse seu corpo como antes fora.

Sentando levemente na cama do homem e proferindo algumas palavras em baixo tom, não demorava até que o sono de descanso do rapaz fosse interrompido. Seus olhos novamente se abriam lentamente, suas pupilas refletindo a luz das velas quase derretidas que mantinham o local iluminado e levemente aquecido. A mulher de modo algum parecia estar totalmente bem. Seu rosto montava uma expressão agridoce, incapaz de expressar tudo que desejava. Os agradecimentos logo após vinham da mesma forma, acertando os dois como uma estaca no peito. Era possível ver os olhos bruxuleantes do chefe da aldeia lacrimejarem, em um esforço para abrir sua boca e produzir alguma voz. Mas ele também estava incapaz, talvez por uma mistura de seus ferimentos físicos e as suas chagas psicológicas.

O abraço final era correspondi pelo homem, que possuía um nó em sua garganta ao ver a rosada virando as costas e saindo de sua tenda lentamente enquanto sua amiga a chamava desesperadamente. Sua cabeça deitava para o lado em uma derrota que só ele parecia experimentar até aquele momento. Apesar disso, as coisas seguiam em sua aldeia, quando a confirmação do desastre finalmente chegava: duas criminosas haviam fugido. O descontentamento e raiva eram óbvios e bem escancarados. Muito havia sido perdido naquela caçada, agora o dinheiro das duas havia partido também. Em uma voz estridente que parecia acordar a vila inteira, Kim chamava os dois pombinhos na tenda que ainda não haviam chegado ao local.

Matt acordava talvez de forma não usual, antes que percebesse qualquer coisa. Sentava, bocejava e tentava lembrar um pouco do sonho que tivera na noite anterior - sem sucesso -, ele estava claramente grogue, resultado natural das horas de descanso que tivera somadas aos seus incontáveis ferimentos. Tão baqueado que estava que nem ao menos se importava com a presença de Leon em suas pernas, que apenas desejava extrair o máximo daquele momento único. Mesmo não se incomodando, o loiro acordava Valentine com um empurrão utilizando seus pés, mirando o rosto da coitada. Talvez isso fizesse partes das fantasias de Leon naquele momento.

Ao chegarem no local, ambos possuíam reações distintas quanto ao ocorrido. Enquanto Matteo ficava visivelmente abalado mas ainda tentava conter suas emoções, Leon se encontrava tranquilo com o ocorrido, buscando ver o lado bom das coisas enquanto contava mentalmente até 10, confusa com as indagações nervosas de Kimberly. O loiro via isso como uma meta a se alcançar algum dia, porém, enquanto estivesse preso àquela dívida, jamais poderia ficar tranquilo. Nesse mesmo momento Myriam, talvez vendo o descontentamento do rapaz, pedia desculpas para ele, embora não carregasse culpa alguma daquele ocorrido.

Leon, no entanto, se via perdido em sua própria riqueza, confuso com o que faria com o dinheiro que entrara após toda essa captura. Sem entrar muito adentro desse tópico, rumava até um lugar para comer. A aldeia ainda acordava com rostos claramente depressivos e extremamente cansados, uns até assustados com as novas notícias sobre uma possível fuga. De qualquer forma, o grupo novamente se separava parcialmente. Matteo ia para o riacho observar seu reflexo e lavar seu rosto e cabelos, enquanto Leuchten e Valentine partiam para a alimentação que rapidamente se formava em alguns grupos em volta de fogueiras apagadas.

Kimberly, extremamente focada em sua missão, parecia continuar preocupada com todos as desenvolturas até finalmente ter esse esquema findado. Dessa forma, não demorava muito até que Raven chegasse junto formando o trio que comia. O silêncio nos bancos era ensurdecedor e a atmosfera tão pesada que parecia palpável, ouvindo apenas o mastigar de maçãs, bananas, mamões, melancias e outras frutas nutritivas. Os lupinos estavam claramente arrasados com tudo. A perda deles fora tão grande que jamais poderiam se recuperar em vida, quiçá na morte.

Os espaços vazios nas rodas piorava ainda mais a situação. Muitos encaravam estes e lembravam dos falecidos companheiros, seus momentos juntos e suas ambições compartilhadas naquela mesma roda, na mesma comunidade, compartilhando do mesmo sentimento. O aparecimento de uma figura, no entanto, parecia acalmar os ânimos no entanto. Envolto por bandagens e talas, caminhando usando muletas e a força de sua irmã, Rosy, Asta lentamente se aproximava das aglomerações para uma última visita. Sua voz ainda não podia ser escutada, mas sua mensagem era clara enquanto ele se colocava de joelhos no chão, se curvando perante os humanos ali sentados.

A loba, embora não agisse tão extremamente assim, mostrava seu respeito abaixando levemente a cabeça em direção aos mesmos. Sua atitude apática aos humanos se mantinha a mesma, porém, aqueles pareciam ser as excessões. — Meu irmão... — hesitava por um momento — Nós agradecemos vocês por tudo que fizeram. — terminava. Ela tinha a consciência que sem eles, muitos não estariam ali - uma estatística ainda maior que a atual. Imediatamente após sua fala, virava sua face para o seu e fechava os olhos, uivando de forma tocante para que todos pudessem ouvir.

Não muito após, todos da alcatéia repetiam a ação. Lágrimas eram vistas caindo pelos seus pelos e aguando o chão em seus pés; todo o momento se mostrava emocionante para todos, talvez até mesmo para os convidados homenageados. Passaram-se alguns minutos até que todos parassem, e como se tivessem acabado de desabafar todos os seus pesadelos, pareciam mais livres e soltos para comungar entre verdadeiros irmãos em luto. Asta, que ainda se encontrava de joelhos e em prantos, novamente levantava com a ajuda de sua irmã, escondendo sua face para que ninguém visse a sua fraqueza. Dando um último olhar para Leon, partia para sua cama onde ninguém testemunhasse o que ele acreditava ser uma falha.

A manhã se seguia de maneira breve enquanto Leon partia para alimentar Anaís, acordando-a no processo. Com o susto, relinchava estridentemente e suas patas viravam rodas novamente, enquanto ela desesperadamente tentava manter o controle do novo poder. Após cair no chão desajeitadamente, mas sem complicações, seus membros voltavam ao normal e o pet se colocava de pé. Sua expressão de susto logo era trocada por outra de carinho, enquanto lambia o rosto de Valentine e comia o que sua dona dava para ela.

Sua alegria provavelmente duraria pouco, uma vez que rapidamente todos os quatro humanos chegavam com suas diversas bagagens para o transporte, enfim. Anaís carregava praticamente tudo, menos o corpo de Ivana que seria muito para seu pequeno corpo carregar. No lugar, Leuchten parecia fazer o carregamento pesado, embora parecesse sofrer com o mesmo - sua força não era o melhor de seus atributos. Ademais, toda aquele processo de carregar corpos em putrefação e recompensas sangrentas dava um ar mórbido a tudo aquilo.

Kim, agindo como uma general, tomava a frente como aparente líder ao pedir que todos seguissem a rosada que conhecia a cidade de cór e salteado. Nesse momento, todos pareciam engajar em seus próprios afazeres. Leon conversava com Nana, prometendo cumprir sua promessa por tudo que a equina havia feito até agora por ele. A adição do Fruto do Diabo era ainda mais instigante para o dono, que ansiava para ver seus usos diversos. Enquanto isso, Matt e Myriam compartilhavam uma conversa um pouco mais reveladora sobre os dois, sobre seus locais de origem e a maneira como se conheceram; Raven, no entanto, parecia esconder muitas coisas para si mesmo ainda.

Antes que saíssem da aldeia de uma vez por todas, Kim saía para pegar os cartazes de recompensa, em especial o de Toth, que não teria mais serventia alguma para eles. Rosy os possuía, e os entregava sem reclamações, mas dessa vez fazia questão de trocar palavras. — Muito obrigada, por tudo que fizeram... — dizia, mirando os olhos para o chão em vergonha. — Eu fui injusta com vocês. — terminando essa frase, não aguentava a pressão de admitir para outro humano o seu erro; saía andando para o interior da vila sem olhar para trás. Aquilo marcava o fim de tudo.

Seguindo por esse caminho, não demorava para que chegassem às docas pela liderança de Myriam. O Sol nesse momento havia afastado o nevoeiro dos campos, e tudo que se via e sentia no momento era a fumaça liberada pela cidade poluída de Stevelty. Para narizes que se acostumaram com o aroma natural daquela clareira, tudo parecia anormal demais, talvez nauseante; mas para os caçadores que presenciaram todos os tipos de horrores nas noites anteriores, tudo aquilo não passava de cócegas para o corpo lacerado deles.

Já no píer, o navio da marinha parecia ser o mais chamativo, em tamanho, coloração e exaltação. Seu azul claro se distanciava do cinza poluição, bem como da cor de madeira podre e concreto presentes no local. O motivo para a parada da frota naquele lugar era desconhecido, mas uma grande conveniência para os ombros de Myriam que estavam já sobrecarregados, literalmente. Chegando ao lado do marinheiro mais próximo - um homem grande, sarado e com um bigo loiro que combinava com seus olhos e cabelos -, este se encontrava marcando pequenos quadrados em uma prancheta, como uma espécie de lista que estava ilegível para os caçadores.

— O que querem? — dizia o homem rispidamente que usava a farda de capitão. Seus olhos escaneavam toda a tralha que carregavam consigo, inclusive os corpos mortos. — Por qual motivo estão carregando corpos sem vida por aí? — indagava mais uma vez, exalando uma espécie de força que os fazia sentir arrepios. Assim que a explicação vinha e os cartazes eram dados, ele se acalmava e novamente voltava a conversar. Hmmm. Entendo. Muito obrigado por seus esforços. Este homem está na nossa frente há tempos. — enquanto falava, chamava alguns soldados para coletar os procurados, bem como entregar as recompensas. — Antes que vocês peguem o que é de vocês por direito, como vocês se chamam? — indagava, curioso para ver a força do quarteto desconhecido. Ao ouvir todas as respostas, nada mais saía de sua face senão um sorriso orgulhoso, quiçá cheio de expectativas. — Vocês ainda vão longe! — finalizava, voltando a suas tarefas como marinheiro.


Histórico:

Legenda:

Considerações:

Code by Arthur Lancaster


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Ceji
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Qua Mar 23, 2022 9:38 pm
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Ceji
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Aqui Vem O Sol – Parte II

Enfim recebendo o dinheiro das duas vidas que ceifamos, meu olhar se perdia olhando as notas de berries entregues, o dinheiro conseguido com sangue, suor e esforço em meio ao abatedouro... Aquele era o objetivo era o motivo de eu ter lutado tanto, então porquê? Porque o marinheiro, porque Rosy, porque os Mink, todos eles me tratavam como algum tipo de heroína? Conforme as ondas batiam da estrutura do píer, carregando detritos e areia para o mar, minha resposta também se perdia em meio às ondas, como se, naquele momento, fosse eu hipnotizada pela quebra rítmica e constante das ondas do mar. Eu não era como Myr, se esforçando para ajudar todos mesmo sem nenhum ganho, como Matt, se esforçando pela sua família, ou sequer como Leon, que ligava tanto pela recompensa quanto pela diversão de todos. Eu havia lutado, matado, deixado morrer, tudo pelo dinheiro, tudo por aquelas notas que faziam o mundo girar e que garantiam minha própria subsistência. E eu não faria diferente. O mundo não é um mar de rosas, e a morte de criminosos era apenas o jeito mais rápido e “limpo” de conseguir dinheiro, por isso eu fiz o que fiz. Se isso ajudava os minks, se isso limpava as ruas, se isso protegia a população, não era isso que me motivou a lutar. Então, porque? Aquelas homenagens, aqueles elogios, eles não eram pra mim, eu não os queria. Eu simplesmente não podia os aceitar, senão... Senão eu temia que a blindagem que pus em meu próprio coração se rachasse.

Com uma mordida no interior do lábio, puxava meus pensamentos novamente para o presente, longe do eco dos uivos dos lobos no fundo da minha mente. Não podia deixar os outros perceberem demora minha, então logo me virava para dividir o dinheiro -...Bom, são 18 milhões ao todo. Isso dá... Hmm... 4 milhões e meio para cada - E assim logo distribuiria o dinheiro, guardando minha parte antes que me focasse demais nele e voltasse a pensar no passado - Bom, captura concluída - Afirmaria, me virando para Myriam - Eu tenho coisas para fazer, então vou me despedir por hora. Sobre a promessa, Myriam, você havia dito que pretendia construir um navio, não? Quanto tempo isso demoraria? - Questionaria, já que não esperava ter que ficar mais semanas presa naquela ilha suja. Caso não fosse um tempo exorbitante, apenas daria um rápido suspiro - Se precisar de dinheiro para os materiais, me avise mais tarde - Diria enfim, me virando, e, com um aceno, me afastaria do trio, indo em direção ao centro da cidade novamente, ainda evitando me apoiar demais na perna ferida na noite anterior, pela dor na coxa.

Separada dos outros recém caçadores de recompensas, finalmente teria um tempo sozinha, sem aquela agitação, e, principalmente, com dinheiro. Minhas poupanças já estavam próximas do fim, e, por mais que 5 milhões não fosse a maior quantidade de dinheiro no mundo, seria mais do que o suficiente por hora. Com a liberdade de não ter que guiar aquele trio como cães na coleira, logo me dirigia até o centro comercial de Stevelty, já sentindo um pouco de saudade do ar mais limpo da floresta ”Não posso gastar todo o dinheiro agora, obviamente, mas se quiser sair da ilha vou precisar de alguns equipamentos” Pensava, antes de me lembrar da costura de Leonheart em meu vestido. Felizmente, as habilidades do costureiro eram o bastante para os antigos danos não serem perceptíveis, mas temia que algo pudesse ser visto por artesãos experientes. Além do mais, eu certamente não podia contar com as habilidades dele para sempre, o que significava uma coisa: Hora de aumentar meu armário. Não podia me dar o luxo de arriscar passar por um obstáculo como o que passei no fim do dia anterior, antes do reparo nas roupas, e, se no futuro voltasse a ter minha roupa danificada nos combates contra piratas, ter mais opções de vestuário era uma absoluta necessidade.

Assim, em meio ao centro comercial, começaria a buscar as lojas de roupas, principalmente as mais caras. Comprar roupas baratas era pior do que não comprar nada, então me afastava das lojas populares como água se afastando de óleo. Ao achar uma loja mais cara, com prestigio e talvez marca, entraria e iria em busca das roupas. Com o dinheiro da recompensa, até mesmo as roupas mais caras daquele lugar provavelmente estariam dentro dos meu recursos, então não seria nem um pouco mesquinha na hora de escolher as peças de melhor qualidade. Testando, analisando e vestindo, iria passar por várias roupas em busca das peças que me agradassem, e eu era bastante exigente. Feliz ou infelizmente, cada local tinha tipos diferentes de vestuário em destaque, e naquela ilha o estilo local era claro, então não custava muito tentar um vestuário mais local; que felizmente eram roupas que eu achava ao menos... Interessantes. Depois de um bom tempo testando varias roupas e acessórios, bastante criteriosa com o resultado da vestimenta, e finalmente me sentisse satisfeita, levaria as peças de roupa até o caixa - Bom dia, querida/o. Vou levar essas peças - Esperando o anuncio do valor para completar a compra.
Histórico:

Objetivos:


Última edição por Ceji em Qua Mar 30, 2022 11:31 am, editado 2 vez(es)

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Ravenborn
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Qui Mar 24, 2022 10:14 am
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Ravenborn
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Here Comes the Sun



A despedida do pessoal da aldeia acabou sendo um tanto mais emocional do que eu esperava, e me fez lembrar de novo de quanta gente tinha acabado morrendo naquela luta na arena subterrânea. Ainda parecia um milagre que nenhum de nós quatro fizesse parte desse número também, considerando o quão perigosos Toth e Serberus eram. Mas fosse por sorte ou destino, o fato é que nós tínhamos vencido, e agora era hora de ir buscar nossas recompensas. Seguindo Myr pela floresta, não demorou muito para que logo estivéssemos de volta à cidade - ou melhor dizendo, às docas - onde felizmente havia um navio da Marinha atracado.

O homem que nos recebia era grande e forte, e a princípio, se mostrou desconfiado: o que não era muita surpresa quando a gente tava carregando corpos por aí, ainda mais um de um homem-lobo enorme. Difícil era não chamar atenção daquele jeito. Felizmente, a confusão se resolveu bem rápido, e nós finalmente colocamos um ponto final naquilo tudo, oficializando nosso trabalho como caçadores de recompensas. Era um primeiro passo importante, mas eu ainda tinha que me esforçar muito dali pra frente, tanto por mim quanto por minha família.

- Quatro milhões e meio? - eu engoli em seco ao receber a minha parte do dinheiro. Por mais que duas das procuradas tivessem dado um jeito de fugir, aquilo ainda era bastante dinheiro. Nem de longe o bastante pra o que eu precisava, mas ainda assim. - Cara, imagina o tanto de chocolate que dá pra comprar com isso aqui, hehehe... - eu disse, quase salivando, mas balancei a cabeça e me recompus. Quando eu ficasse bom o bastante naquilo pra fazer mais dinheiro do que eu soubesse onde usar, aí eu podia me preocupar em um suplemento vitalício de chocolate, mas por enquanto eu tinha outras prioridades. Kim, por sua vez, parecia com pressa pra ir resolver suas coisas também, mas eu a chamaria antes que se afastasse: - Ei, espera aí! O que vocês acham da gente se encontrar mais tarde em algum bar, restaurante, ou coisa assim? Acho que depois de tudo, vale a pena comemorar um pouquinho. - diria.

No mesmo instante, porém, me daria conta de que eu não conhecia praticamente nada naquela ilha, fora uma loja de armas estranha e uma vendinha de trufas de chocolate. Não são os melhores lugares pra uma comemoração, se você me perguntar. - Tem algum lugar daora pra sugerir, Myr? Não precisa ser chique, mas se tiver comida e bebida boa melhor ainda! - pra nossa sorte, a espadachim morava aqui, então ela devia conhecer pelo menos um ou dois bons locais pra gente se divertir. Dito isso, eu também precisava ir resolver algumas coisinhas, incluindo arranjar materiais pra fazer uma pistola melhor do que aquela, e também procurar alguém que se interessasse em comprar a espada negra que tinha achado no casebre...ah, e comprar mais um pouquinho de chocolate também, já que o meu tava quase acabando.

Assim, depois que a gente decidisse onde ia se encontrar mais tarde, eu me despediria do resto do grupo, adentrando as ruas de Stevelty e tentando lembrar de cabeça mais ou menos onde ficava aquela loja de armas de mais cedo. Eu não tinha certeza se era o lugar mais correto pra isso, mas se eu queria saber quanto uma espada valia, aquela era minha melhor aposta por enquanto. Também teria certeza de não estar sendo seguido por ninguém do restante do grupo, em especial Leon e Nana, que tinham mais chance de fazer algo do tipo. Eu ainda me sentia mal por ter pego a espada escondido, mas não o suficiente pra voltar atrás agora. Assim, se eu conseguisse achar a lojinha de antes sem acabar me perdendo por aí, iria até ela, procurando o senhor baixinho que tinha me atendido da outra vez: - Oji-san, cês ainda tão abertos? - daria uma olhada no interior antes de colocar os pés pra dentro. No caso de não conseguir achar a mesma lojinha, não importava, desde que conseguisse chegar até outra loja de armas, artigos caros ou coisa do tipo - pedindo por direções na rua se precisasse.

E aí, com discrição, eu iria até o balcão e tiraria da bolsa a espada negra que tinha envolvido num pano velho, mostrando-a ao vendedor. - Eu acabei conseguindo essa belezinha aqui nos espólios de um pirata que cacei com...meus amigos. - hesitei um pouco na última parte. Um belo ato de amizade pegar um item valioso escondido e vender pelas costas deles, em? De toda forma, eu entendia o suficiente de armas pra saber que aquela ali era extremamente bem feita, mas ainda era difícil dizer o preço de mercado. - Como não sou nenhum espadachim, então estava pensando em vendê-la. Acha que consegue dizer quanto vale? - sorriria, animado.


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Hoyu
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Leonheart Valentine


Finalmente havíamos terminado aquela caçada. Por mais que sentisse dores por todo o meu corpo, tinha a certeza que havia tomado a decisão em me tornar um caçador de recompensas, afinal havia sentido emoções incríveis naquela batalha de vida ou morte, sensações que faziam eu me sentir mais vivo do que nunca. Podia desafiar inimigos fortes como aquele, lutar dando tudo de mim, e ainda aproveitar da liberdade, sem ter ninguém puxando meu pé e querendo me dar ordens. Quer dizer, tirando a Kim, mas ela da pra ignorar. Podia dormir me sentindo realizado, por mais que tenha passado pela decepção da visita na tenda de Asta, mas adormecer agarrado à perna de Matt me relaxava e me permitia lembrar o que era realmente importante, ao menos até eu ser acordado com um chute bem dado no rosto. Acordava de bom humor e me juntava aos outros, descobrindo sobre a fuga das duas mulheres que havíamos deixado vivas, mas aquilo não era capaz de me abalar.

Logo nos juntamos ao lobos que tomavam seu café da manhã, e apanhava algumas frutas para comer também, mas nesse momento minha serenidade era finalmente abalada. Sabia que muitos haviam morrido e muitos outros estavam feridos, mas olhando ao redor para os minks ainda de pé, via apenas tristeza, e meu coração ficava apertado enquanto meu sorriso falhava. Não suportava ver aquelas caras tristonhas, queria que todos sorríssemos juntos, comemorássemos aquela vitória que a tanto tempo eles ansiavam, mas tudo que via era luto. Quando estava prestes a me levantar, Asta dava as caras com a ajuda de Rosy, o que interrompia meu movimento, surpreso e aliviado em ver o líder dos minks andando, mesmo que com a ajuda de muletas, afinal sua condição na noite anterior estava péssima. Só não esperava que ele se prostrasse em agradecimento, seguindo de um coro de uivos por parte dos minks. Era muita tristeza para eu suportar, e momentaneamente uivava junto a eles, me solidarizando com sua dor, mas ao fim me levantaria prontamente, indo até o meio deles com expressão determinada. - E-eu sei que muitos de vocês morreram, e não quero desmerecer os sacrifícios feitos, mas não acho que esse seja um momento para tristezas. Todo mundo lutou para conseguirmos essa vitória, que vocês tanto aguardavam, e conseguirmos. Não podemos ficar de pessimismo. - Me concentrava, tentando pensar em como botar as palavras que vinham na minha cabeça de forma mais clara, mas não possuía muita habilidade em fazer discursos, Kim deveria ser melhor do que isso, mas eu ao menos precisava tentar.

- Não é porque caiu uma estante nas suas costas hoje de manhã enquanto você dormia que você vai ficar "o dia vai ser ruim". Não é isso. Ai, mas a frigideira explodiu e derramou óleo na minha mão, queimou. Sorria! Fala "obrigado, frigideira". - Tentava mostrar que era melhor ter otimismo em todas as situações, mas aos poucos ia sentindo que não estava dando certo. - "Nossa, escorreguei, bati meu cóccix no vão entre o trem e a plataforma... Do trem. Perdi o trem, cheguei atrasado no serviço, meu cóccix inchado, desse tamanho, mão queimada de frigideira". Sorria! Fale "bom dia, vida!". - Repentinamente percebia que meus exemplos talvez não fossem os melhores, uma vez que como esses minks pareciam serem mais tribais, talvez nunca tenham ouvido falar em um trem, nem mesmo o Expresso do Oceano. - Deixa um passarinho vim. É um urubu? Não tem problema! "Venha comer na minha mão", dê um mamão pro urubu. Não a sua mão, um mamão fruta. Papaia. - Nesse ponto já era nítido que eu não fazia ideia do que estava falando, até mesmo fazendo questão de me corrigir em um ponto irrelevante, mas ainda tinha esperança de salvar aquele discurso de alguma forma. - Fala "toma papaia". Urubu pica seu dedo, você fica sem um dedo, mas você fala "alegria!". Ai você vai pra casa, você chega na sua casa, vazamento, aquele monte de água, e você fala "alegria, ainda bem que tem água na vida". Você aproveita e toma um banho fresquinho. Olha que coisa boa, então sorria!

Esgotando toda a minha massa cinzenta inexistente, olharia para os minks com um sorriso meio torto, sabendo que aquilo havia sido um fiasco, mas respiraria fundo uma última vez. - Ta, eu não sou muito bom com essa coisa de discursos. Ou de exemplos. Mas o que quero dizer é que aqueles que morreram não iriam querer que vocês ficassem tristes com a vitória. Se estão vivos, vivão por eles também, sorriam por eles, e admirem tudo que conquistaram, tudo que há de bom ao redor de vocês. Não alimentem o sacrifício com tristeza, mas com agradecimento. Agora eu vou desaparecer. - Torcendo de dedos cruzados para ao menos a última parte ter dado certo, sairia dali rapidamente para não acabar sendo vaiado por uma multidão de minks enraivecidos. Acordando Anais e dando-lhe o café-da-manhã nos reunimos enfim para voltar para a cidade, onde encontramos rapidamente, sob a guia de Myr, um navio da marinha onde pudemos entregar os procurados que ainda estavam sob nossa jurisdição, já que morto não anda e muito menos foge. Exibia um sorriso com o comentário do marinheiro sobre nosso potencial. - Pode apostar! Ainda verá o nome de Leonheart Valentine por ai! Serei muito famosa! - Restava então pegar o dinheiro, e pegaria minha parte assim que Kim fizesse a separação, não me dando ao mínimo esforço de contar também, confiando completamente na esverdeada para fazer uma divisão justa.

- 4 milhões e 500 mil... Quanto dinheiro... - Balançava as notas na frente do meu rosto, incrédulo. - E ainda tem o dinheiro de antes, eu tô rico! - Dava saltinhos de alegria por ai, até Matt dar a sugestão de nos encontrarmos depois em algum lugar para comemorar, e meu sorriso ficava ainda maior. - Isso ai! Ainda tenho algumas coisas para fazer, mas com certeza deveríamos comemorar juntos mais tarde! - Ficava ainda mais animado, e após ouvir todos, em especial o lugar que Myr marcaria para nos encontrarmos, me despediria momentaneamente de todos, buscando algum lugar em que pudesse comprar tudo que eu precisava, andando ao lado de Anais, que agora deveria estar mais aliviada por não ter mais que carregar Toth por ai. - Não esqueci ainda, é hora de comprar seu prémio. E algumas outras coisinhas também. Rijajajaja! - Com a risada alta e estridente, que provavelmente chamaria a atenção de todos ao redor, procuraria alguma loja em que pudesse comprar comida, afim de comprar 5 porções de cerejas para alimentar Anais, além de alguma coisinha para eu levar por ai e beliscar. Em seguida procuraria um lugar onde pudesse comprar uma mochila, pois minha compra seguinte seria grande. Buscaria uma loja de tecidos onde pudesse comprar material para repor o que havia usado nos reparos, em especial tecido amarelo, pois estava com uma ideia em mente.

Buscaria comprar cerca de 4 conjuntos de tecidos, o que sabia que era muita coisa, por isso teria comprado a mochila antes, onde guardaria os materiais. Por último, lembrando de toda a dificuldade que tivemos para prender as mulheres, e que mesmo assim haviam acabado fugindo, buscaria comprar 2 algemas para não correr o mesmo risco no futuro. - Vem, Nana, me ajuda a achar algum local mais calmo. - Com tudo comprado, buscaria algum local onde pudesse trabalhar nos tecidos, mesmo que fosse público, o que na verdade até preferia, para que tivesse plateia em meio ao espetáculo, como um banco espaçoso de uma praça. Tendo encontrado o local ideal, tiraria principalmente o tecido amarelo da mochila, junto dos materiais necessários, como agulha, tesoura e fio, para começar meu serviço, cortando os panos sem nem precisar de molde após tantos anos de experiência, já com a roupa final projetada em minha mente. Cortaria e costuraria de forma elegante e teatral, realizando movimento exagerados em meio à minha arte, criando com cuidado uma nova e bela vestimenta na frente de todos que estivessem ali para ver. Levaria o tempo que fosse necessário para o conjunto completo estar pronto, e aproveitaria cada instante, afinal toda minha vida era dedicada àquilo.




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Malka
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Sex Mar 25, 2022 7:55 am
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Myriam Leuchten
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Stevelty - North Blue
POST 32






Mesmo já longe do vilarejo, o uivo de Rosy continua forte, vibrando no meu coração como se um grande espaço vazio se preenchesse de eco. Não sabia se era empatia ou medo de algo do tipo vir a acontecer comigo algum dia, um luto tão forte capaz de me incapacitar e fraquejar meus ideais, mas a certeza era de que aquela cicatriz ia durar mais do que todos os cortes em minha pele. Aquela imagem ficaria presa na minha cabeça tanto quanto o momento que parti Ivana ao meio, o mesmo corpo que agora carregava em minhas costas. Para ignorar um pouco dos pensamentos ruins, tentaria ignorar a putrefação e sentir o cheiro ferroso de seu sangue, para que me lembre do meu próprio e volte para um lugar feliz na minha cabeça. Imaginar-me coberta de meu próprio sangue me enaltece, faz-me recordar tanto da luta que tive ontem para proteger os outros, quanto da minha condição médica agindo mais forte em dias de trabalho árduo, era o nectar de uma guerreira, um suor mais forte que o suor.

Na saída da clareira e de volta a cidade próxima, evitaria dizer muito a Rosy, deixando-a para lidar com seus sentimentos por si só. Qualquer palavra advinda de mim seria uma interrupção em seu ciclo de pensamentos, e não era de bom grado a impedir de crescer e compreender as coisas trilhando seu próprio caminho. Eu mesma demorei mais do que me orgulho para tomar uma decisão, mas não gostaria que um outro alguém a fizesse no meu lugar. A encarando uma última vez, com um sorriso doce em resposta ao seu elogio curvo, faria um cumprimento simples antes de seguir meu caminho. "Entendo... Então também existem amigos desse tipo, que a gente deixa pra crescer e leva no coração. Espero poder ajudar ela de novo, mas acima de tudo, ficaria feliz se ela não precisasse mais de ajuda".

Here Comes The Sun - Página 12 GZ2D39J

Deixando o mar de troncos e folhagem, não tardou a encontrarmos o chão calçado de Stevelty novamente, como se cruzassemos a barreira para outro mundo. Sentir o cheiro da fumaça em meus pulmões, mesmo após um único dia fora, era quase como uma terapia de regresso. Os outros poderiam se incomodar um pouco mais, e era inegável que a liberdade que o ar da floresta dava era um sentimento especial por si só, mas aquele nevoeiro, luzes artificiais e os rangidos metálicos me faziam lembrar que ali era, de fato, minha casa. A melhor visão era o barco — talvez um pouco cru e simples, como era o padrão da marinha — mas grandioso e chamativo, uma obra de arte de valor diferente das minhas, mas não menor de forma alguma.

Ajudaria com cuidado a entregar o corpo, o último passo naquele pequeno sacrifício. Mais cedo a imponência do homenzarrão poderia até me dar algum calafrio ou recuo, mas tendo as garras de Toth quase abrindo meu pescoço como uma lembrança vívida e o senso de dever cumprido me impedindo de temer represália, a única coisa que iria esboçar ao mesmo é o mesmo bom e velho sorriso de sempre — Kirihihi, pode apostar que vamos! Myriam é um nome que você ainda vai ouvir muito por aí! — responderia ao homem junto a um joinha, um pouco mais tímida após a aproximação amigável do mesmo. Talvez dizer algo tão parecido com Leon, em outro contexto, gerasse algum tipo de rivalidade, mas a gente tava nessa juntas, crescendo e sangrando juntas. Seria um orgulho ter meu título disposto com renome ao lado de alguém tão corajoso como Valentine naquele momento.

Recebendo a minha parte da recompensa em mãos através de Kim, acabaria ficando surpresa com o tanto de dinheiro que era, dinheiro comparável ao que eu ganhava pelos trabalhos mais simples na oficina, mas nem de longe que esses tomavam o mesmo tempo de produção, de sair um dia e voltar com a grana toda. Olharia com bem abertos para Matt, tendo a mesma reação, me pondo num misto de riso agarrado e leve choque. Tinha até me esquecido de quanto receberíamos pelas três piratas assim que a busca na floresta ficou mais séria, e os 20 milhões de Toth eram por muito tempo pra mim só um indicativo de quão perigoso ele era. Mas agora, com o dinheiro vivo nas mãos, em forma física, meu sonhos pareciam mais próximos do que nunca — Boa sorte no que quer que seja, verdinha. Relaxa, se quiser sua parte do barco, eu faço um desconto legal, a gente discute isso após o inventário mas deve levar uma semaninha, por aí. Mais de 3 milhões não fica pra ti, confia.— afirmaria acenando de volta contra sua despedida, já fazendo o resto dos cálculos mentais que me vinham necessários.

O comentário de Matt no entanto seria pertinente, me tirando dos devaneios matemáticos — Ah, claro... — "Lugar daora... Bom, eu não saio pra comer muito, mas..." pensaria em algum canto que me recorde onde tenha comida boa, um restaurante que eu já houvesse ido alguma vez com meu pai e talvez com meu irmão — Ah, tem (local). Talvez fosse mais agradável pra vocês irem só os três, já que os moradores não gostam da minha presença pela cidade, mas... — apertaria o punho, assim como faço com os dentes também, dando um rugido baixo — Ah, que se foda, acho que eu mereço uma comidinha gostosa depois disso. A gente se encontra lá no jantar. Pra chegar lá vocês viram aqui do lado e... — passaria cerca de um minuto dando as direções para os três, então as repetindo, antes de nos despedirmos finalmente por um tempo.

Na volta para a casa, olharia os remédios que restavam na minha bolsa, reconhecendo que não eram muitos, ao menos não o suficiente se quisesse deixar a ilha de cabeça fria. Aproveitando que era de dia, faria exatamente o caminho reverso que fiz na manhã de ontem, sentindo um arrepio nostálgico. Diferente do outro dia, a coragem e firmeza em minha face e gestos pareciam inabaláveis. Entraria na mesma farmácia que já conhecia, e pediria para a moça duas unidades da caixa de remédio, se possível — É pra viagem, vou ter que abastecer com pelo menos essas aqui porque tô pegando carga lá pra Flevance, aí já viu né? Sei nem quando vai dar pra comprar mais, conheço nada de lá. Obrigada por me aturar até aqui, foram tempos difíceis, mas não vai ter problema mais com um demônio rosa visitando seu lugar de negócios. — deixaria o estabelecimento, me curvando antes em cumprimento à pessoa com uma dorzinha no coração.

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Tendo ou não conseguido os remédios com sucesso, iria para casa oficina que compartilhava com meu querido velho. Felizmente parte dos meus cortes já estariam um pouco menos feios graças aos cuidados e repouso, mas ainda me faria pensar "O que o papai vai achar? Kirihihehe, o trouxa já tá ligado que eu ia me machucar, posso ser forte mas não sou de aço, só espero que ele não surte!". Bateria na porta algumas vezes, o chamando um pouco abaixo da minha voz normal, como se tivesse um nó na minha garganta — Pa... Pai? Tá aí? — encostaria ao lado da porta, sentindo a madeira gelada e esperando alguma resposta vinda do outro lado — É a Myriam. Eu... Consegui. Terminei meu primeiro trabalho já. Foi, difícil mas... Eu fiz amigos também. — declararia um pouco apressada, ainda por detrás da porta, aumentando aos poucos a minha voz.



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Koji
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Ter Mar 29, 2022 11:58 pm
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Capítulo 1
Here Comes the Sun



O dia que seguia após a noite sangrenta começava como todos poderiam imaginar. Primeiramente, as fugas eliminavam um pouco da empolgação da completude de toda aquela parafernália. Da mesma forma, o clima ainda continuava tenso e triste na aldeia dos minks, afinal, seus conterrâneos e consanguíneos pereceram em uma missão que muitos considerariam loucura, até mesmo chacina. No meio de tudo isso, os quatro humanos que ajudaram a limitar o número de mortos; àqueles quem a aldeia, em um uníssono teatral, oferecia seus agradecimentos.

Mesmo que fosse do fundo de seus corações, Kimberly sentia como se não fosse merecedora de tal ovação. Seu objetivo principal sempre fora, e sempre seria, o dinheiro por trás da captura do bandido, considerado por ela como a forma mais limpa de se fazer uma fortuna. Valentine, por outro lado, não podia se contentar com a tristeza que todos ali passavam, afinal, mesmo que muitos haviam perecido, estes deram suas vidas para um amanhã melhor. Honrar a vida deles significava regozijar o presente. Ao tentar colocar isso em palavras, no entanto, tudo saía como - não - planejado. Muitos terminaram de ouvir suas palavras com expressões genuínas de questionamento, no lugar da tristeza anterior. Talvez a moça houvesse alcançado seu objetivo, apenas da forma como não imaginava.

Tudo se sucedeu após se despedirem; passaram pela clareira e finalmente enchiam seus pulmões com o ar fétido daquela cidade industrializada, que mostrava como tudo poderia regredir em diversos âmbitos. Talvez, algum, em muitos anos, aquela ilha virasse inteiramente fumaça, eliminando sua fauna e flora diversificada. Talvez esse pensamento pudesse assustar muitos, inclusive eles, mesmo que não voltasse àquele lugar tão em breve. De qualquer forma, as recompensas foram adquiridas e os procurados devidamente entregues aos marinheiros. Enfim, a comemoração poderia vir, sendo marcada logo em breve por Myr em um restaurante de seu conhecimento pela cidade.

A partilha da grande quantia em dinheiro, cerca de 18 milhões, era feito rapidamente entre todos, somando a um total de B$4.500.000. Myriam mal podia imaginar todo esse dinheiro, e olhando para Matt, via a mesma reação. As possibilidades para eles, que nunca puseram as mãos em uma fortuna daquelas, eram imensas, ainda mais para o loiro que necessitava daquilo para pagar sua dívida. Leonhart, como de praxe, estava animado e já se intitulava como um rico; talvez não estivesse errado dadas suas atuais situações.

Kimberly, por outro lado, levava tudo com uma impessoalidade grande. A vista na aldeia ainda abalava ela, bem como sua bússola moral que parecia estar apontando para qualquer lugar, menos o seu Norte. Em sua cabeça, um questionamento predominava: ela realmente merecia tudo aquilo? Sendo a primeira a organizar as divisões e finalmente se despedir, apenas mantinha sua presença por um segundo para questionar Leuchten sobre sua promessa de um barco, dando adeus logo em seguida. Em breve, todos faziam o mesmo, seguindo seus respectivos caminhos pela cidade grande.

Matt

Logo após sair do píer, rumava até uma loja de armas que havia frequentado anteriormente na cidade. Esperava que ali pudessem reconhecer o valor de sua espada e compra-la por um preço relativamente justo, afinal, Raven sabia do seu valor, mas não mensurava o tamanho do mesmo. Seguindo pelas ruas movimentadas, procurando pelos caminhos corretos e se movendo pelo labirinto de pessoas e automóveis barulhentos, ficava nitidamente imerso na arte de desviar das coisas que rodeavam a cidade, que embora parecesse um lugar insalubre, possuía suas belezas.

Desde mecanismos feitos de engrenagens, até zeppelins e carros movidos a um barulho estranho que soltava fumaça, tudo parecia vivo, embora não pela força biológica, mas pela própria energia do universo manuseada pelos humanos e outras raças para que fizessem o que queriam. Mesmo que quase houvesse sido atropelado diversas vezes pelos bondinhos e outros tipos de autômatos, aquilo poderia trazer um brilho nos olhos de qualquer um que fosse inventivo o suficiente para imaginar tudo o que pudesse ser feito com tecnologias e afins.

De qualquer forma, em meio a balbúrdia produzida pela cidade, Matt finalmente encontrava a lojinha que havia procurado. Seu interior se mantinha o mesmo de antes, caracterizado ainda pela paz que a porta isolante sonora trazia. Entregando então sua lâmina para o velhinho que fazia hora extra no estabelecimento - e na Terra -, este prontamente arregalava os olhos e exclamava algumas palavras. — Pelas barbas do profeta! É a grande Espada do Vazio! — olhava atentamente para o moleque e então para a lâmina. — Por ela eu te dou B$20.000.000!

Leon

Andando, com Anaís, pela vastidão de pessoas dentro da cidade, se tornava muitas vezes difícil de se locomover. Esse fator era ainda piorado quando levado em conta que aquela cidade não via a presença de um cavalo - de carne - em suas ruas há muito tempo, uma vez que todos evoluíram para conviver com as máquinas. Os olhares estranhos e muitas vezes admirados era notável, quiçá palpável. Apesar disso, claro que a atenção não seria algo ruim para Valentine, que parecia gostar dos holofotes que constantemente recebia por seu glamour e a notabilidade de seu pet.

Esse tipo de atitude se seguiu por onde passavam, até mesmo na feira onde estavam naquele momento. Aproveitando o local, que parecia ser um centro comercial, partiram para as compras após o primeiro dia de pagamento. Primeiramente, cumpria com sua palavra e comprava um pequeno petisco para Anaís, como recompensa por todos os serviços prestados pela égua. Da mesma forma, pegava uma guloseima para si mesmo, a qual ia mastigando pelo caminho até que encontrasse as lojas que mereciam sua atenção.

A primeira coisa que passava pelos seus olhos atentos era definitivamente um camelô com diversas mochilas. Escolhendo a cor rosa, rapidamente comprava a mesma, sem sequer conversar com o comerciante; este parecia não se importar com isso - Leonhart parecia alguém estranho para se trocar uma conversa em plena manhã. De qualquer forma, sua próxima parada era uma loja de tecidos, que estava logo ali do lado, tendo como parâmetro aquele local ser um grande centro comercial. Comprando incríveis quatro kits de costura, se sentia satisfeito com o número antes de ir embora para o próximo alvo de sua grande fortuna.

Para evitar futuras ocorrências de fugas, Valentine tinha a brilhante ideia de comprar algemas. Aqueles itens, no entanto, eram mais difíceis de se encontrar, vendo na vitrine apenas de uma loja cuja placa dizia: Sex Shop +18. O nome já dizia muita coisa, mas Leon entrava mesmo assim. Seu interior possuía uma música agradável mas ao mesmo tempo estimulante, enquanto para todo lado que olhava havia lingeries belíssimas e peças de roupa expositivas que definitivamente ficavam boas em suas fantasias com Matt. Em uma prateleira, uma espécie de máquina vibratória movida a vapor. Abaixo disso, umas espécies de bastões de borracha com formato super subjetivo.

— Curta bem seu dia, senhora. — dizia a atendente da loja com uma piscadela provocativa, após vender as algemas necessárias. Saindo de lá em um piscar de olhos, foram até um local mais tranquilo onde Leon poderia tecer suas roupas à vontade, e talvez tivesse uma plateia. Andando por mais algumas ruas, encontraram uma vila residencial, onde diversas idosas sentavam na calçada para produzirem seus crochês. Seguindo a tradição, Leon fazia o mesmo, dando o seu melhor por sua obra enquanto as senhorinhas invejavam seu trabalho - aquele era o máximo de ovação que teria com sua prática.

Myriam

A sua volta para a casa parecia a menos atarefada de todos naquele local. Buscando apenas a farmácia onde poderia encontrar seus remédios para tratar sua condição rara, não achava difícil encontrar os mesmos, uma vez que ali já estivera incontáveis outras vezes de sua vida. A cidade, embora grande, para ela era mais um emaranhado de ruas e fumaças que a mulher conhecia muito bem, talvez tão bem quanto a palma de sua mão. Dessa forma, uma pequena caminhada naquele marasmo de cidade era o bastante para que ela alcançasse o que queria.

Entrava então no estabelecimento de saúde, hoje com uma postura diferente da anterior. Embora a desse um ar nostálgico, compreendia que sua versão atual era mais experiente do que um dia fora, e todas essas experiências fazia quem ela era naquele momento presente. Com a mesmo moça de anteriormente, pegava suas caixas de remédio e discursava rapidamente, deixando a mulher sem reação: — O... okay! — titubeava a atendente, mostrando uma postura mais profissional ao fim de sua falha fonoaudióloga.

Deixando o lugar com uma curvatura mostrando respeito e uma leve dor no coração, ela partia, enfim, para casa; para o que chamava de lar; a oficina onde crescera e ao lado do velho que chamava de pai. O caminho, novamente, poderia ser nostálgico para ela, mesmo que rápido como sempre. Não demorava muito até que chegasse em sua casa e cumprimentasse seu velho pai, o chamando pela porta com um certo nó na garganta. As coisas não haviam sido fáceis, mas ela estava de volta, e confiava que esse fato sozinho culminaria na felicidade de sua figura paterna.

— Filha! — podia-se ouvir de dentro da casa, seguido por várias batidas rápidas no chão como grandes botas correndo. Logo após isso, as trancas da porta sendo desfeitas, e então, finalmente o clímax dessa aventura, um abraço apertado, embora inesperado. — Como você tá meu Docinho de Coco. Quem fez isso com você, Meu Deus?! — emendava tudo em uma frase só. Talvez a euforia da volta fosse tamanha que as coisas passavam a fazer - ou não fazer - sentido. Por fim, com um sorriso no rosto, a conclusão chegava: — Que bom que você tá aqui, meu pézinho de morango. Me conte tudo! — finalizava, a convidando para entrar na casa que dividiam.

Kimberly

A garota que havia encabeçado tudo, enfim, se via um pouco livre das amarras de ter que liderar um grupo de, como ela diria, cachorros na coleira. Ainda por cima, a liberdade que sentia com aquele dinheiro era diferente, mesmo sabendo que não poderia gastar tudo de uma vez. Tendo isso em mente, rumava para o centro comercial tão conhecido da cidade, onde até mesmo poderia encontrar alguns de seus amigos. Lá, seu objetivo era claro, embora incerto: comprar novas roupas, uma vez que aquela sua já parecia estar desgastada e claramente remendada.

Estando no complexo de estabelecimentos, o que mais se via por ali eram estandes de roupas e loja de moda, principalmente boutiques, onde roupas mais caras pareciam ser ofertadas. Kim, naquele momento, procurava por um meio termo entre qualidade e preço, bem como procurava isso nas lojas de forma mais direta, vendo seus preços antes de mais nada. Sua pesquisa a levava a um cansativo processo de entrar, procurar pelo que lhe interessava, vestir em si mesma e ver se ficava bom ou não. Esse processo se repetia para todas as lojas que encontrava na região.

Após o fim de seu senso nas quase dez lojas que entrara, finalmente havia alcançado um veredito, talvez frustrante: a melhor roupa havia sido encontrada na primeira loja que visitava. Retornando ao local, então, pegava a peça que havia gostado e colocava-a no balcão, onde prontamente pagava pelo produto de alta qualidade. — São B$750.000 a peça, senhora. — dizia uma atendente visivelmente cansada e esgotada, ainda naquela hora da manhã. O pagamento era efetuado, assim como as vontades de Kimberly. Naquele momento, tudo que lhe restava era rumar até o ponto de encontro do resto do grupo.


Histórico:

Legenda:

Considerações:

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Última edição por Koji em Seg Abr 04, 2022 10:32 am, editado 4 vez(es)

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Ceji
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Qua Mar 30, 2022 4:01 pm
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Aqui Vem O Sol – Parte III

Era frustrante ver como aquela ilha parecia não ser dar ao mínimo trabalho de ter produtos de qualidade, ao menos no âmbito do vestuário. A maioria das lojas parecia vender apenas lixo de baixa qualidade, e entender que só havia uma loja com produtos decentes foi um sofrimento sem fim. Eu não sabia ao certo quanto tempo havia gastado naquela empreitada, andando de um lado para o outro e entrando em inúmeras lojas, mas, se eu não já estivesse preparada pra um monte de porcaria, teria ficado irritada com o padrão de qualidade inferior daqueles estabelecimentos ”Ai, ai... O que se esperar de uma ilha suja de poluição?” Pensava, como se tentando aceitar a situação, embora sequer estivesse acostumada com aquele ar pesado e intragável de Stevelty. Apesar da floresta ter seus problemas, e inúmeros deles, ao menos o ar lá era mais limpo, e quase me fazia correr de volta àquele lugar, mesmo sabendo que teria que novamente esquivar-me de barro e qualquer outra sujeira animal. Era deprimente pensar que teria que permanecer naquele lugar por mais alguns dias se fosse sair junto de Myriam, mas... Não era como se eu não já houvesse suportado situações piores, bem piores. Eu só realmente esperava não precisar nunca mais ter que aguentar ambientes sujos, mas a vida as vezes parecia nunca seguir o caminho que eu desejava.

De volta à primeira loja, a única minimamente decente, enfim podia me dar o luxo de parar um pouco e testar as peças com calma. Não precisar ficar andando um lado ao outro na rua era bom, já que a parte mais difícil era ainda sentir as pontadas na perna onde a flecha havia perfurado. Ter que me esforçar um pouco ainda em recuperação na teoria não era a melhor das ideias, mesmo que eu estivesse tomando cuidado para não apoiar muito peso naquela perna, mas aquela compra era uma prioridade maior, uma vez que não sabia que tipo de imprevisto poderia ocorrer. Parecia tudo pronto para a jornada atrás das roupas de qualidade finalmente se encerrar, mas, na hora do pagamento algo me chamou a atenção, e não de forma boa ”...’Senhora’?” Pensava, embasbacada, com o jeito que a atendente havia se referido a mim. Mesmo que ela estivesse visivelmente exausta, isso não era motivo para se referir a mim como uma mulher de idade. Quer dizer, eu não parecia velha, não é?? - Ahem - Fazia uma tosse falsa para chamar sua atenção - “Senhorita” - A corrigia, antes de pegar o dinheiro e pagar a mercadoria.

Livre daquele empecilho e carregando a sacola com minhas novas roupas, eu sabia que ainda tinha um assunto importante para resolver, ou melhor, para comprar. Como eu já estava na rua, no centro comercial, não fazia diferença andar mais um pouco para comprar mais algumas coisas, então aquela oficialmente era hora de me preparar para a saída da ilha, mesmo que eu estivesse alguns dias adiantada. Preparo nunca era demais, afinal. Deixando as lojas de roupa para trás, iria em busca de uma loja de navegação ou exploração, onde certamente teriam ao menos alguns dos objetos que buscava. Quando finalmente achasse uma loja que se enquadrasse no que eu buscava, entraria sem muita pressa, observando os objetos e acessórios à venda, em busca de materiais que auxiliassem na navegação ”Bom, bussola e luneta são essenciais, ao menos nos blues; vou precisar disso pra sair dessa ilha dos infernos” Pensava, analisando as opções dos dois itens e pegando um de cada que me parecessem mais bem feitos e, no caso da bussola, calibrada ”O problema é que a bussola em breve vai perder utilidade... Ter uma forma alternativa de se localizar é sempre bom, deve ter algo assim aqui” Pensava, rapidamente buscando um astrolábio para uma melhor localização náutica, para auxiliar no direcionamento com a bussola e talvez até na Grand Line ”Por último, o clima. Não posso me deixar ser pega por tempestades. Se acabasse naufragando depois de tanto esforço, seria um desastre” E, logo, procuraria um bom barômetro, para poder analisar a pressão atmosférica e assim ter mais chances de reagir a imprevistos no mar.

Com os quatro itens de navegação em mãos, teria o que precisava para me sentir mais segura no mar. Eu não sabia muitas técnicas de condução de um navio, esperava que Myriam pudesse suprir essa parte já que possuía um conhecimento mais profundo de navios, mas como navegadora eu era uma guia e veterana das inúmeras adversidades do mar, e precisava demonstrar isso. Era meu papel guiar o condutor ao nosso destino, saber como reagir perante qualquer clima, e, principalmente, garantir a segurança de todos a bordo, isso incluía Leonheart caso ele viesse conosco. Felizmente para o rosado, eu tinha histórico de garantir a segurança até de quem desejava ver afundando nas profundezas escuras do mar, então ao menos quanto a isso ele estava seguro. Com tudo que fazia-me considerar preparada, ia até o balcão, tentando olhar bem todos os mapas, especialmente os dos blues, embora soubesse bem que a maioria estaria fora do meu orçamento ”Porque os melhores mapas são tão caros? Ao menos um mapa do North Blue seria uma dadiva, mas esses preços...!” Engolia minhas reclamações, por saber o quão custosos eles eram para fazer. Ainda assim, isso não deixava-me menos desgostosa por ver preços tão altos quanto de embarcações ”Talvez eu mesma devesse começar a fazer mapas assim. Quem sabe não ganhasse mais do que capturando procurados?” Pensava seriamente, e, como ainda tinha bastante dinheiro, logo voltava para pegar alguns papeis de desenho náutico e instrumentos de desenho, como lápis, caneta e compasso, antes de por os instrumentos náuticos e cartograficos no balcão da loja - Uma bussola, uma luneta, um astrolábio, um barômetro, além de papeis e um conjunto de desenho para mapas, por favor - Pedia, já preparando o dinheiro e o espaço para guardar os instrumentos com o maior cuidado do mundo em minha bolsa.
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Última edição por Ceji em Qua Abr 20, 2022 9:47 pm, editado 3 vez(es)

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Myriam Leuchten
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Stevelty - North Blue
POST 33






Aquele lugar podia parecer cansado e desconfortável para a maioria, mas mesmo tendo noção racional para crer que não era um ambiente saudável, Stevelty ainda era mais gostosa pra mim nessa forma estranha, esfumaçada e metálica. Era como uma cidade feita dentro de uma caldeira, sempre evoluindo, sempre criando coisas e moldando sua forma a partir do ferro fundido. Não levava comigo carinho especial por seus habitantes, fora claro algumas poucas excessões, mas o chão que piso é algo o qual sentiria falta.

Mesmo assim, a situação havia mudado. Além de ir embora pra viver minhas aventuras em poucos dias, presenciei a vida, a morte, a lua e a espada, todos de formas que nunca havia antes. Me via como uma mulher mudada da cabeça aos pés, uma guerreira forjada em fogo e sangue, com marcas de dentes e garras, minhas asas da liberdade finalmente prontas pra conquistar o mundo. "Não importa o quanto eu quebre, eu ainda sou de ferro. Não importa o quanto eu quebre, eu ainda sou fogo. Não importa o quanto eu quebre, eu ainda sou Myriam. Não importa o quanto eu quebre, eu ainda sou uma Leuchten. Não importa... O quanto, eu quebre, eu ainda me levanto. N-não, importa o quanto eu quebre, eu... Eu..."


Repetiria a mim mesma enquanto vejo a porta se abrindo, a silhueta daquela pessoa refletindo embaçada na minha cabeça quase como se tivesse uma luz forte vindo de trás dela, e percebo meus olhos derramarem lágrimas sem pausa, talvez já a alguns bons segundos. Meus lábios trêmulos me lembrariam da verdade, do que me ajudou até então a continuar viva, a continuar forte — PAAAAAAI!— voaria em seus braços, agarrando os dedos em suas costas cansadas e repousando meu rosto em seu ombro rígido e familiar — E-eu! Eu... — me voltaria para o olhar nos olhos, com o brilho salgado obscurecendo os meus e minhas pernas enfraquecidas, não conseguindo dizer uma sílaba sobre a aventura, não era o que havia em minha mente — Eu senti sua falta...

Here Comes The Sun - Página 12 1553K6F

Momentos depois, sentaria pegando um pouco de água, me aconchegando do lado do meu pai enquanto vou contando toda a história, desde que o disse até logo na manhã passada.

[...]

— Aí a Kim né, gritou lá "ÓH CUZÃO, DEIXA A MINHA AMIGA MYRIAM EM PAZ!", kirihihihehehe — encolho meus ombros, numa vergonhinha saudável — foi muito legal da parte dela, mas fiquei preocupada porque ela já tava machucada e eu não ia conseguir salvar ela de novo. Felizmente ela é bem forte, deu uma sapatada no cachorro grande que o bicho foi uivar lá no décimo inferno. Aí uns doutores cuidaram da gente lá, eu troquei mais uma idéia com o loirinho, dormimos e eu subi. Tô triste por eles, como eu disse, nem sabia que tinha tribo lá, mas é melhor assim pra eles terem o espacinho deles. — já estava quase cochilando. Em todos esses dias de trabalho, não era sempre que eu podia abraçar meu pai e dizer essas coisas tão abertamente, não tinha tantas deixas. Felizmente concluí, "fodam-se as deixas, eu quero chorar mágoa cacete, me dá um tempo"— Oh pai, é, também me convidaram pra jantar hoje lá naquele lugar daorinha que tu me levou uma vez, que eu pedi um macarrãozão no molho branco. Sei que não tenho roupa bonita pra ir, mas eles me viram vomitando sangue já né, não vão ligar pra besteira assim. Me empresta o perfume pra eu ir cheirosinha? — me levantaria, esticando as costas apoiada numa caixa de materiais ou na própria parede.

Encarando a oficina, sorriria pro meu pai, ainda enérgica por não ter feito nada o dia inteiro — E tem mais uma coisa que eu queria que me ensinasse antes disso. Tá disposto a passar um tempo comigo na mesa de trabalho? Não lembro como eu faço pra montar algumas partes da estrutura de uma casa de madeira por exemplo e pode ser útil pra umas idéias aí que brotaram na mente, sei que já ajudei você nisso mas nunca foi minha praia prestar atenção muito nessa parte, construção civil não é meu forte e pah. Kirihihi! — coçaria atrás da cabeça, fechando os olhos e fazendo bico de jeito mimado, como se aquilo não fosse problema meu — Vamo lá véio, não vou ter mais você pra resolver esses problemas então preciso aprender! Nova era, nova Myr, responsável e habilidosa! — pegaria alguma ferramenta da oficina emprestada pra girar na mão e mostrar minha prontidão. Um último pensamento carinhoso passaria por mim, quase me fazendo querer chorar de novo, mas reforçando aqueles ideais de antes da porta abrir "Não importa o quanto eu quebre... Meu pai ainda vai me amar por quem eu sou".


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Here Comes the Sun



Tendo a chance de dar uma volta pela cidade sozinho mais uma vez, eu logo me lembrei do motivo principal pra eu ter ficado tão animado pra vir até Stevelty em específico. A cidade exalava tecnologia, e era claramente mais avançada do que todas as ilhas que eu já me lembrava de ter visitado com o Nicolò durante esses anos viajando por aí. Cada máquina, mecanismo e bugiganga me chamava a atenção, me forçando a controlar a vontade de abri-los pra ver o que tinha dentro e entender como funcionavam...apesar de eu apostar que conseguia descobrir só de olhar, se tivesse tempo. A ideia logo me deixava animado pra construir alguma coisa, já que eu não tinha exatamente matado a vontade com aquela pistola, usando só peças velhas. - Se sobrar um dinheirinho, dá pra comprar umas novas e montar algo depois... - sorri.

Distraído, eu acabei nem vendo o tempo passar até me ver de volta na entrada da lojinha de armas de mais cedo, não demorando pra ir pro lado de dentro mostrar ao velhinho o que eu tinha achado na cabana de Toth. O que eu não esperava, porém, é que aquele meu achado fosse acabar sendo algo tão importante assim. - VIN-!? - eu quase gritei, batendo com as mãos no balcão, mas olhei em volta e me recompus, abaixando o tom: - Vinte milhões? Tá falando sério mesmo? - eu fiquei boquiaberto, embasbacado e qualquer outra palavra que você conseguir pensar que expresse a mais profunda sensação de surpresa. Toth carregava por aí uma espada que valia tanto quanto a cabeça dele!? - Calma aí, eu preciso de um tempinho pra processar isso. - eu pedi ao vendedor, fechando os olhos e levando uma das mãos à cabeça.

Quando eu peguei aquela espada da cabana, escondida dos outros, foi na esperança de que ela pudesse valer um ou dois milhões de berries, o que já seria uma ajuda imensa pra chegar na quantidade que eu precisava - e já tinha me sentido mal por isso. Agora eu descobria que aquele troço valia mais do que todos nós tínhamos ganhado juntos das recompensas dos procurados; que era quase o suficiente pra pagar toda a dívida por si só. Inferno, se eu juntasse tudo o que tinha até agora, seria o suficiente pra quitá-la de uma vez só!

... Mas e depois? Eu ia juntar as malas e voltar pra casa, esperando que as coisas nunca mais chegassem àquele ponto de novo? Ficaria calado, carregando aquele sentimento de culpa pelo resto da minha vida? - Não...não, eu tenho ideias melhores. - disse comigo mesmo, baixinho, tomando minha decisão e voltando a olhar pro vendedor, convicto. - Negócio fechado, oji-san. Mas já que eu já tô aqui mesmo, vou aproveitar pra gastar um pouquinho desse dinheiro com algumas coisas, se não se importa. Posso dar uma olhadinha ao redor? - e daria uma volta pela lojinha, não procurando por armas, mas por peças e materiais que eu pudesse usar pra fazê-las eu mesmo; além das ferramentas necessárias pra isso, e uma mochila pra carregar tudo. Ainda não era o bastante pra compensar os outros pelo que eu tinha feito, mas tinha certeza que eles iam adorar uma armas novas - e muito bem feitas, diga-se de passagem.

- Beleza, acho que isso é tudo. Quanto fica? - eu perguntaria, mas antes de pagar, me daria conta de mais uma coisa. - Ah, é verdade. Você não tem algum livro dos bons que fale sobre armas sobrando por aí? Eu queria dar uma lida, especificamente sobre balas e projéteis na verdade. Posso comprar também se você preferir. - eu tinha algumas ideias interessantes que queria tentar, mas eu nunca tinha tentado fazer uma bala que fosse diferente das que a gente sempre vê por aí, então seria bom entender melhor como elas funcionavam antes disso. Com tudo pronto, eu colocaria as coisas na bolsa, pagaria ao velhinho e me despediria, sem saber ao certo se ainda voltaria a visitar a loja antes de deixar a ilha. Saindo de lá, iria diretamente praquela zona comercial onde tinha achado a barraquinha vendendo as trufas mais cedo, contando com o doce aroma do chocolate pra achá-la mais rápido. Não me demoraria muito aqui, comprando dois pacotes inteiros das trufas, barras ou qualquer outra forma interessante de chocolate que conseguisse encontrar; o bastante pra durar um bom tempo.

Feito isso, chegava a hora de resolver a questão mais importante ali: o dinheiro da dívida. O Dante tinha me dito pra procurar uma filial do Banco Atlas quando quisesse enviar o dinheiro pra ele, já que era a forma mais fácil, e felizmente Stevelty tinha uma dessas. Eu não fazia ideia de onde ela ficava, no entanto, então procuraria pedir por direções às outras pessoas da rua. Chegava a ser frustrante conhecer tão pouco daquela cidade mesmo depois de um dia inteiro ali, mas acho que era isso que eu ganhava por ficar tanto tempo me embrenhando no meio do mato. Quando encontrasse a construção, porém, levaria um momento dando uma olhada em como ela se parecia, me perguntando se quando encontrasse filiais parecidas em outras ilhas elas teriam a mesma aparência. Assim, iria até o lado de dentro, procurando por algum balcão, recepcionista ou qualquer coisa do tipo pra que pudessem me atender.

- Bom dia. Meu nome é Matteo Martini, e eu preciso fazer uma transferência pra uma outra conta... Ah, teria como eu fazer uma ligação pra pessoa antes? Vocês têm um Den Den Mushi que eu possa usar? - e dito isso, aguardaria o pessoal do banco atender o meu pedido, informando a eles o que precisasse no processo antes de finalmente poder fazer a ligação. Usaria as informações de contato que o Dante tinha me passado, ainda que duvidasse que aquele fosse seu único número - ou o mais importante. - Dante? Aqui é o Matt. - diria, quando atendessem, e esperaria por alguma resposta. - Eu tô bem, apesar da surra de ontem...ah, calma, eu vou te contar, heheh. Cara, você não vai acreditar... - e daí, começaria a explicar em resumo mais ou menos o que tinha acontecido desde que tinha desembarcado em Stevelty, contando sobre as pessoas que tinha conhecido e as batalhas que tinha travado.

[...]

- Mas o importante mesmo é que eu dei sorte grande, Dante, muito maior do que eu sequer podia imaginar. Aquela espada valia muito dinheiro, então eu vou conseguir te enviar dez milhões logo de cara! - diria, num tom meio orgulhoso. - Eu poderia tentar quitar tudo agora, mas acho que vale mais a pena usar o dinheiro pra continuar viajando e ir atrás de mais procurados. Mesmo que eu ajude com o dinheiro dos remédios dele agora, se ficar só por isso, alguma hora as coisas vão apertar de novo. Vou dar um jeito de evitar isso. - se eu continuasse essa jornada como caçador de recompensas, poderia encontrar recompensas mais e mais valiosas conforme avançasse. Além do mais, era provável que eles fossem levar o Nicolò e as meninas pra Grand Line, então eu teria que ir também de um jeito ou de outro. - Ei, Dante. Diga ao meu velho, à Dawn e a Eve...que eu amo todos eles. E que nós vamos nos ver em breve, assim que eu resolver as coisas, eu prometo. - diria, meio melancólico, mas daria um sorriso pra me animar, e ouviria o que mais ele tivesse a dizer antes de desligar.

Com isso, eu iria até o balconista mais uma vez, tirando da bolsa metade do dinheiro que tinha recebido ao vender aquela espada pro velhinho. - Aqui, dez milhões de berries. Preciso que transfira pra essa conta... - e passaria as informações necessárias. Aquele era só o primeiro passo, mas a vinda a Stevelty tinha me colocado na direção certa. Agora cabia a mim continuar seguindo em frente, e resolver aquela situação com as minhas próprias mãos.


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Última edição por Ravenborn em Sáb Abr 02, 2022 2:54 pm, editado 1 vez(es)

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Hoyu
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Qui Mar 31, 2022 11:21 pm
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Leonheart Valentine


Meu discurso havia dado grotescamente errado, mas ao menos havia conseguido fazer com que parassem de ficar tristes, já que agora estavam apenas confusos. Não era exatamente o que eu queria, mas funcionava, então não tinha muito o que reclamar. Ainda teriam tempo para fazer as pazes com seus fantasmas, mas ao menos havia aliviado um pouco o fardo com minha falação sem sentido, então considerava uma vitória, mesmo que parcial. Seguimos então para a cidade, entregando os procurados que não fugiram e pegando aquela enorme quantidade de dinheiro, decidindo por nos encontrarmos mais tarde, após cada um se organizar e resolver suas últimas pendências, o que para mim significava uma passadinha no mercado. Todo aquele cinza e poluição me arrancavam uma careta de nojo, afinal estava acostumado com Momoiro, onde tudo era belo e cheiroso. - Cof, cof, cof. - Não conseguia aguentar a tosse ao respirar a fumaça da cidade. - Mal vejo a hora de darmos o fora daqui. - Não podia deixar de ficar feliz com toda a atenção que recebia, apesar da verdadeira estrela ser minha parceira equina, mas como sua melhor amiga, acreditava receber parte dos créditos pelo seu sucesso, mas assim que finalmente achei uma feirinha, deixei de lado os olhares curiosos e me foquei em minha lista de compras.

Primeiro de tudo, comprei para Anais alguns pacotinhos de frutas diversas, em especial cerejas, já dando-lhe uma das porções que lhe fora prometida. - Cospe as sementes em qualquer lugar, essa cidade já é imunda mesmo. - Talvez os moradores não aprovassem tanto a ideia, mas eu não ligava, eles já estavam acostumados com a sujeita mesmo, se tivessem sorte as sementes faziam alguma planta crescer naquele lugar feio, mas sem sol ou solo, era pouco provável. Comprando também um pacote de jujubas, fui comendo algumas enquanto procurava uma mochila que me permitisse carregar os tecidos que estava planejando comprar, me apaixonando instantaneamente por uma das expostas para venda. - Não acredito, olha que coisa mais lindinha! Olha, Nana, olha! - Dava pulinhos de animação com a mochila de rodinha rosa com a imagem de uma princesinha, parecia ser o tipo de coisa que adoraria ter em minha infância, e não tive duvidas em comprar ela, carregando-a pela alça pela cidade, em uma cena que provavelmente seria bastante inusitada para os moradores. Facilmente encontrava uma loja de tecidos, comprando vários de boa qualidade para fazer minhas peças, ignorando com certo asco os tecidos mais fajutos. Se queria fazer uma boa roupa, precisava de bons materiais, isso era lei, e me recusava a fazer uma roupa mediocre.

As algemas se mostraram um desafio, o que não deveria ser surpreendente, afinal não parecia o tipo de coisa que se vende em qualquer lugar, mas tirei a sorte grande ao encontrar algemas em um sex shop. Por um instante dei um sorriso safado ao ver a loja, e como não havia achado algemas em nenhum outro lugar, me restava apenas comprar algemas de brincadeiras pervertidas. Sendo justo, eu provavelmente preferiria comprar elas mesmo que houvessem algemas comuns, mas naquele caso tinha a desculpa perfeita para justificar minha opção, e ainda aproveitava para admirar os diversos apetrechos que a loja tinha à disposição, quase babando. Mesmo assim, me mantinha focado no que precisava comprara, comprando duas algemas felpudas, e surpreendentemente recebendo uma piscadela da atendente, que provavelmente achava que eu ia usar elas na cama, não em bandidos. Claro, adoraria ter essa oportunidade, mas se dependesse de Matt isso não aconteceria. Apesar de que usar nos bandidos e na cama não parecia uma má ideia, quem sabe algum deles estivesse disposto a se divertir um pouco antes de perder a liberdade? Poderia ser sua última oportunidade, afinal de contas. - Ah, pode deixar que eu vou curtir, e muito. - Respondia só para provocar, com uma expressão pervertida estampada em meu rosto por estar pensando em como poderia usar aquela nova aquisição.

Here Comes The Sun - Página 12 MgujFpP

Por fim, busquei um lugar onde pudesse preparar o modelito que usaria no reencontro, já imaginando a expressão de surpresa de todos, mas todos os lugares pareciam cheios de pessoas, sem espaço para que eu trabalhasse. Precisei andar um bocado até encontrar uma região residencial onde várias idosas faziam crochê. Não era o ideal, preferia muito mais pessoas jovens, em especial homens gostosos, para me aplaudir, mas ao menos ali tinha espaço para trabalhar, o que já era algo arrumando meus materiais, daria inicio ao processo delicado de costura, já que as peças que queria produzir em minha mente, e imaginava que aquilo não seria rápido, talvez algumas horas, então não tinha pressa. Felizmente o combinado era de nos encontrarmos novamente após um tempo, então não precisava me concentrar no horário, tomando o máximo de cuidado possível com o conjunto que produzia, ainda mais por não estar em um local adequado para isso. Precisava arrumar logo um ateliê para confeccionar as roupas com mais estrutura e facilidade, era algo a se lembrar quando conseguissem um navio.

Quando finalmente encerasse o processo de produção da roupa, a admiraria por um instante, verificando se havia cometido algum erro que passou desapercebido, e enfim sorriria, guardando tudo e jogando fora as bordas em excesso do tecido que não havia como reaproveitar. Olharia ao redor para ver se alguma das idosas estava acompanhando meu trabalho, e se estivessem, faria uma reverencia como um ator que encerrou um espetáculo. - Se gostaram do que viram, saibam que em pouco tempo poderão comprar roupas como essa. Lembrem-se do nome Leonheart Valentine! - Aproveitava para vender meu peixe, já que tinha a esperança de algum dia ser dono de uma marca famosa, e precisava começar em algum lugar. Restava apenas aproveitar o tempo até o horário combinado ajudando Anais a se acostumar com seus novos poderes, então procuraria um local aberto e pouco movimentado para isso. Talvez a própria rua daquela área residencial servisse, desde que fosse longa e as idosas estivessem na calçada, longe do perigo de qualquer coice perdido.




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Ter Abr 05, 2022 7:12 pm
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Capítulo 1
Here Comes the Sun



Matt

Após o recebimento do dinheiro suado que conquistou após tanto lutar, Matt parecia se sentir mais aliviado. As coisas estavam calmas, o salário havia caído e agora tudo que faltava era depositar uma parte desse dinheiro para quitar sua dívida. A espada de Toth, para somar ao montante, apenas o ajudaria em seus objetivos - a questão é que ele não sabia o quanto. Ao chegar na loja do velhinho que havia visitado mais cedo em outro dia, recebia a notícia que fazia seu coração pular uma batida: aquele tesouro, por algum motivo, valia um total de ฿S 20.000.000.

Como todos provavelmente ficariam com a tal descoberta, Matteo se assemelhava. Sua boca se abria e seus olhos se arregalavam em pura e genuína quebra de expectativa; e diferente de muitas vezes, em um sentido positivo. Com aquele total, seus problemas estariam praticamente resolvidos, o que lhe rendia uma pequena pausa para respirar. Mesmo que houvesse "roubado" aquele dinheiro de seus colegas, aquilo lhe traria muita coisa e muitas de suas ideais se concretizariam, até para o bem do grupo. Dessa forma, antes que pudesse hesitar, aceitava o dinheiro, fazendo algumas compras antes de tudo.

— O total é ฿S 4.650.000, jovem. — falava o senhor com sua aparência senil e voz que seguia o mesmo padrão. Findada então a transação entre os dois, e todos os itens adquiridos como desejava, guardava-os em sua mais nova bolsa espaçosa e partia para o centro comercial da ilha que havia visitado no dia anterior da mesma forma. Em sua cabeça, depois daqueles eventos, talvez nem mais voltasse a ver o rosto daquele senhor, ou sentir o aroma pútrido da cidade grande. Por isso mesmo ele havia de continuar avançando. Dessa forma, seu próximo desejo consumista era alguns chocolates que pudesse saborear - quantos precisasse, afinal, ele tinha dinheiro.

A caminhada de lá até o centro de comércios não era demorada, embora o tamanho exacerbado daquela cidade. Tudo parecia o mesmo, até mesmo os rostos de vez em quando; seguindo esse fato, não demorava a encontrar o que desejava por ali: suas trufas tão amadas e desejadas. Comprando dois pacotes com elas, partia então para o Banco Atlas, onde finalmente deveria depositar seu dinheiro e talvez até mesmo contatar sua família tão distante. Graças às tecnologias ou engenhocas estranhas, a distância que os separava, por um breve momento, era quase nula. Talvez isso mantivesse as forças que Matt tanto necessitava.

De qualquer forma, o único empecilho que encontrava nessa pequena jornada pela grande cidade era o fato de não saber realmente onde ficava o banco. Sua estrutura magnânima e escultural realmente era singular, mas até mesmo as coisas belas se tornavam difíceis de distinguir no meio de tantas máculas. Isso, no entanto, era brevemente contornado ao pedir algumas informações para os transeuntes, o que lhe conferia uma viagem rápida até seu destino após um par de instruções bem dadas: — Siga essa rua até o fim, depois vire à direita, esquerda, esquerda e direita novamente. Lá estará o Atlas, jovem. — dizia uma moça de meia idade um tanto apressada.

Ao adentrar o local, via algo muito diferente do que vira no resto da ilha até aquele dado momento. Sua paleta de cores vibrava para um tom mais mostarda e pastel, ambos em tonalidades escuras, similar ao ouro utilizado em construções. Sua decoração e sua arquitetura interior, junto às cores que constituíam o edifício, o presenteavam com um caráter nobre e rico. Apesar disso, a distinção era clara: os ricos ficavam no interior, subindo as escadarias e nos escritórios que estavam inalcançáveis para os que entravam no banco - os pobres.

De qualquer forma, ao fazer seus pedidos, começava a responder algumas perguntas simples que ajudariam a endereçar aquele depósito, enquanto pedia para realizar uma ligação: — São 50.000 berries, moço, lá está o seu Den Den. — dizia uma atendente morena e bem arrumada, com um lábio vermelho vivo, marcante ao lado de seu sorriso angelical. Nesse momento, não havia mais hesitação no corpo de Matt. Ele ia até o seu telecomunicador e ligava para Dante. Assim que atendia, mal deixava o rapaz falar - contava tudo que havia aprontado nesses últimos dias e como as coisas se sucederam; por último, mencionava a espada de 20 milhões.

— O-o que?! Hufff... que bom. Por um momento eu fiquei… — pausava por um momento, deixando um certo silêncio constrangedor na conversa. — Preocupado. Que bom que deu tudo certo, Matt. — por mais um momento se mostrava calado, mas logo retornava a falar de acordo com as palavras melancólicas do loiro: — Promessa é dívida, campeão. Todos aqui te amam, volte logo! — finalizava, menos com uma cobrança e mais como uma despedida indesejada. Assim que tudo finalizava, o dinheiro finalmente era depositado, e a parte de Martini estava finalmente completa por ali.

Leon

A pessoa que até pouco tempo não sabia o que fazer com todo aquele montante de dinheiro, logo arranjava diversas atribuições para o mesmo. Seja uma mochila, guloseimas e uma montanha de materiais e tecidos para costura, aquilo certamente lhe custava o olho da cara. Apesar disso, o preço parecia não o abalar tanto quanto abalou os outros membros de seu grupo, que talvez fossem apegados - ou necessitados - demais em relação àqueles pedaços de papel. De qualquer forma, caminhando até uma parte mais quieta da cidade, se unia a terceira idade para tricotar uma nova e esplendorosa roupa.

Com técnica e habilidade, usava de todos os meios possíveis e conhecidos para tecer aquela malha e dar forma ao que desejava fazer. Sua maestria era incomparável, advindos não só de seu tempo de prática, mas também da concentração que Leon era capaz de adquirir para sua mente ora agitada de mais para tarefas como aquela. Como já mostrado anteriormente naquela missão, quando se tratava de trabalho, não ficava para trás mesmo se mostrando um pouco maluco às vezes. A falta de preocupação com o tempo também o ajudava na confecção do que tinha em mente, apesar de constantemente pensar que, devido às circunstâncias que havia se colocado, um ateliê para si era mais que necessário.

Após certo tempo e um aglomerado de velhinhas e suas sacolas o cercarem para admirar seu trabalho, estava pronto: sua mais nova peça de roupa, de excelente qualidade, conforto e aconchego. Não perdendo tempo, logo compartilhava sua ideia de uma loja e realizava seu merchant para aquelas senhoras, que não muito depois daquele encontro perderiam o nome na memória; talvez não fosse sua demografia ideal no fim das contas. De uma coisa ele estava certo, no entanto: ele tinha de começar de algum lugar, e mesmo que fosse pequeno, era algo que definitivamente o ajudaria lá na frente de sua caminhada pelos mares. De qualquer forma, como supracitado, as idosas logo esqueciam de quem o rapaz era, mostrando mais interesse pela sua égua com rodas que tentava se controlar pela rua agora iluminada pelas lamparinas e pelo restolho da luz solar.

Myriam

O reencontro tão esperado com seu pai finalmente estava prestes a iniciar. Em sua mente, várias histórias e diversas maneiras diferentes de contar a mesma coisa se emaranhavam como um grandioso novelo de lã. Era isso que a ansiedade para isso representava. No entanto, o que menos esperava acontecia; mesmo reafirmando sua força e sua pose de ferro, não conseguia muito manter muito a ideia: assim que via seu velho, desabava em lágrimas e emoções. Não eram muito comuns os momentos que ela poderia ter com o homem, muito menos as ocasiões onde poderia demonstrar aquilo que sentia. Então, não hesitava em entrar de cabeça naquela onda; adentrando a casa, sentava no sofá e começava a contar tudo para seu querido pai.

— HAHAHAHAAHAHA! Adorei essa moça! — respondia ele euforicamente após ouvir a história de Kim, mas abaixando a cabeça em pensamento reservado ao ponderar sobre a existência da tribo de minks caninos para a periferia não explorada da própria ilha. Sua filha estava quase cochilando em seus braços, lembrando-o de tempos menos complicados enquanto Myr crescia. Ela havia crescido tanto - ele pensava, sem se dar conta de que passava, automaticamente, a mão áspera pelas suas madeixas rosadas. Ela estava feliz por poder compartilhar tudo com seu pai, e ele ainda mais por ser um porto seguro para sua filha.

— Myriam… eu sei que tudo isso foi difícil pra você. Me desculpe por talvez deixar tudo mais complicado ainda quando você teve essa ideia de virar caçadora. — ele começava, sem terminar, pausando e escolhendo suas palavras sabiamente. — Agora eu vejo que você se deu bem. Desculpe por não estar lá por você. — terminava em desalento. O homem estava com lágrimas em seus olhos mas estas se recusavam a cair por suas bochechas rosadas. A culpa o corroía, mesmo na presença de sua querida criança - agora adulta - que aproveitava o tempo com o homem. De qualquer forma, enxugava seus globos e se levantava com sua garota para pegar um perfume para ela.

Saía da sala por um momento, rumando ao quarto, de onde retornava não muito depois, entregando um frasco azul-marinho para a moça, com um aroma tão delicado e ao mesmo tempo apaixonante que até faria Leuchten se destacar por onde andasse, aromatizando o ambiente pútrido daquela cidade nem um pouco agradável, na maioria das vezes; para a maioria das pessoas. — Divirta-se com seus amigos, filha. Eu… te amo! — finalizava, indo com a moça até a mesa de trabalho na oficina não muito tempo depois. A ideia de criar algo com sua unigênita o divertia e ao mesmo tempo enchia seu peito de animação, embora não demonstrar tudo isso. — Claro! Eu tenho tanta coisa pra te mostrar! — exclamava quem tivesse esperando esse momento por uma vida inteira, pronto para colocar a mão na massa - ou madeira.

Kimberly

Seguindo seu rumo pela cidade grande, tudo que conseguia fazer naquele longo tempo era analisar algumas lojas de roupas pelo centro comercial. Esse fato não se dava pela sua falta de eficiência, e sim pela sua exacerbada meticulosidade, que naquele momento, lhe rendera uma gigantesca frustração. As roupas que encontravam estavam com uma qualidade excepcionalmente melhor na primeira loja, do que as vistas nas outras que visitara. Perdendo seu grandioso tempo, até mesmo se incomodava com a forma de tratamento que era usada para si mesma, protestando contra a atendente que nem mesmo mexia um músculo ao ouvir as palavras de Kimberly.

De qualquer forma, ao sair da loja com sua sacola de roupas, passava a ponderar sobre seu próximo caminho. Era claro para ela, naquele momento, que deveria direcionar o navio no que tange ao próprio conhecimento marítimo, não à navegação em si. Para isso, iria necessitar de algumas coisas, como bússola, barômetro, luneta e astrolábio; todos instrumentos utilizados largamente naquela área. Mapas seriam bem vindos também, porém, como visto por ela mais afrente, o seu preço passava e muito de seu orçamento limitado atual.

Dessa forma, procurava por uma loja naquela área que vendia itens de navegação e exploração. Dado a natureza do próprio distrito, não demorava muito para encontrar o necessitado local. Seu interior e fachada eram os próprios esteriótipos daquela área de estudos, possuindo uma paleta de cores que se assemelhava à de um mapa antigo e usado, bem como uma rosa dos ventos sobrepondo um globo planificado com seus meridianos e trópicos, mostrando o mapa mundial dos Blues. O interior seguia a mesma lógica, mostrando vários produtos relacionados e decorações que combinavam, bem como todos os produtos desejados por Kim.

A moça não hesitava em pega-los e os levar para o balcão, enquanto pensava em algumas cosias que invadiam sua cabeça naquele momento. Ela definitivamente teria a responsabilidade de guiar todos, até mesmo o próprio guia do navio que iriam construir. De qualquer forma ao chegar no atendente, via os mapas dos blues como supracitado acima, logo atrás do rapaz jovem que a atendia. Este possuía uma característica mais animada, com cabelos pretos, pele branca e olhos profundos e castanhos. Como citado, os preços eram exorbitantes e até mesmo ultrajantes para a moça, que protestava silenciosamente enquanto pagava pelos seus produtos. — São 700.000 berries, moça! Algo mais? — falava de forma simpática, empacotando tudo delicadamente e entregando para a cliente, que o guardava em sua bolsa.


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Última edição por Koji em Qua Abr 20, 2022 10:00 pm, editado 1 vez(es)

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Aqui Vem O Sol – Parte IV

Enfim guardando os equipamentos de navegação na bolsa, tinha tudo o que precisava para a viagem, ou ao menos tudo que me era acessível - Obrigada - Agradecia ao atendente animado, que ao menos fazia o favor de não me chamar de “senhora” como a balconista zumbificada da loja de roupas. Ainda assim, não conseguia me levar a confirmar que não queria mais nada; eu queria, queria um mapa do maldito North Blue, mas com aquele preço não havia sequer a possibilidade de barganhar com o que eu tinha em mãos - Vocês não teriam algum mapa especifico para viajem até a ilha mais próxima da Reverse Mountain, não é? - Questionava, por desencargo da consciência, já imaginando a resposta. A não ser que estivéssemos do lado da ilha, a diferença pra um mapa do Blue inteiro seria pouca, afinal - ...Deixa para lá. É só isso mesmo, tenha um bom dia - E, um pouco insatisfeita, não com o atendimento, mas sim com o dinheiro que havia juntado, me virava para ir embora. Porém, é claro, aproveitava para observar bem o globo planificado à disposição, especialmente a parte do North Blue e a localização aproximada de Stevelty ”Se estou no North Blue, imagino que seguir para sudeste deva ser o suficiente para nos aproximarmos o bastante da última ilha para a ver. No pior dos casos, posso seguir para lés-sudeste para evitar me aproximar do Calm Belt e seguir paralela a Red Line no horizonte” traçava mentalmente, dessa forma, a rota para sair de Stevelty. Afinal, na falta de um mapa, a bussola e um pouco de bom senso teriam que servir.

Saindo da loja da exploração e navegação, minhas “aventuras” no centro comercial estariam oficialmente finalizadas. Mesmo após algum tempo na ilha, eu simplesmente não conseguia me acostumar com o ar pesado de poluição, especialmente no centro da cidade, que chegava a me causar leves náuseas ”Urgh, melhor eu ir logo pra um local fechado... E torcer pro restaurante que Myriam falou não ficar no centro” E, sem mais delongas, me dirigia ao hotel em que havia me hospedado nos últimos dias na ilha. Após alguma caminhada, chegando no local, iria até o recepcionista - Bom dia, eu sou Kimberly, hospedada no quarto número 13. Eu não apareci na noite anterior por motivos pessoais, mas ainda pretendo pagar o valor do dia de hospedagem mesmo tendo dormido em outro local. Tem algo que eu deva saber ou precise resolver? - Tentaria logo resolver a questão, e, se me fosse requisitado logo o valor das diárias pelo motivo que fosse, faria o pagamento, mas faria também questão que anotasse o valor que já havia pago para que não fosse cobrada mais no posterior momento de check-out. Em seguida, subiria à minha suite, bem menos poluída que as ruas do centro, e iria diretamente tomar um banho de verdade, não mais aguentando sobreviver a base da limpeza básica da madrugada anterior. Mesmo sabendo que era um exagero da minha mente, me sentia suja e encardida, e não economizaria água nem produtos de banho para me limpar, mesmo que apenas para voltar mais tarde para as ruas repletas de ar poluído da cidade.

Após terminar o banho, seria hora de começar a me preparar para a reunião com os outros recém-caçadores, mesmo que com antecedência. Passaria um bom tempo me aprontando para compensar o encontro infortunado de antes nos emaranhados da floresta após as lutas, e, olhando enfim para as mudas de roupa em minha cama, uma dúvida me atingia: Deveria usar minha roupa nova? Por um lado, não queria estrear a roupa em um local poluído como Stevelty, mas, por outro, aquelas roupas foram compradas na própria cidade, então não era como se as estivesse salvando de algo ”Bom, acho que não posso deixar que achem que sou uma despreocupada que só tem uma muda de roupas, afinal” E, infelizmente sem muito mais opções, terminava de me preparar vestindo as roupas novas, guardando então as antigas. Logo que terminava de me preparar e de me focar em minha aparência, sentia o incomodo em meu estomago que estava deixando de lado por algum tempo: a fome. A última vez que havia comido havia sido no café da manhã, lá na aldeia dos minks, e, embora já houvesse ficado períodos maiores do que esse sem comer a tempos atrás, haviam sido também vezes em que eu não tive que gastar energia indo de um lado para o outro na cidade ”Lembrete, da próxima vez que for passar horas e horas vasculhando todas as lojas de roupa da cidade, devo comprar algo para comer” Pensava comigo mesma, mas agora que estaria próximo do horário do encontro para jantar, não havia porque pensar nisso.

Aguentando um pouco a fome, sairia do hotel para me dirigir ao restaurante que Myriam havia sugerido. O problema, porém, era que as direções que ela havia dado não era exatamente fáceis de seguir, não depois de várias horas e em outro lugar da cidade, então era obvio o que eu precisaria fazer ”Se ela vai conduzir o navio comigo, eu vou fazer questão de ensinar ela a aprender a passar direções e coordenadas direito” E, assim, sairia pela rua tentando voltar ao porto, onde havíamos nos separado, na esperança de ser mais fácil chegar no restaurante a partir do local, uma vez que Myriam havia descrito uma rota a partir de lá. Caso sentisse dificuldades em achar o local, me aproximaria de uma pessoa que parecesse saber onde estava indo e não parecesse apressada - Com licença, você saberia me dizer onde fica o restaurante [Nome]? - Questionaria, mas, se não obtivesse uma resposta positiva, agradeceria e tentaria com outra pessoa, buscando nos arredores até encontrar o maldito restaurante. Olharia rapidamente o interior para verificar se algum dos três já estava lá, situação em que entraria para me juntar a eles, ou apenas esperaria do lado de fora caso fosse a primeira a chegar. Quando enfim me encontrasse com Myriam, olharia diretamente para ela - Achei que havia tido um progresso depois daquele “me encontra na oficina”, mas eu realmente vou ter que te ensinar uma coisa ou duas sobre coordenadas - Diria, dando um tapinha na lateral da testa dela, sem muita força - E boa noite - Cumprimentaria, enfim, ela e quem quer estivesse junto.

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Dom Abr 10, 2022 6:39 pm
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Here Comes the Sun



- Ahhh, cara...que saudade deles. - eu pensei em voz alta ao sair do Banco Atlas, mas em vez de um tom melancólico, as palavras saíam da minha boca carregadas de esperança. Tinha sido um golpe de sorte, e eu não podia dizer que estava exatamente orgulhoso de ter pego a espada escondido, mas aquele dinheiro mudava muito o rumo das coisas. Não era simplesmente uma ajuda enorme pra chegar nos vinte e cinco milhões, mas também serviria como "fundos de viagem" para que eu pudesse continuar com essa coisa toda de caçador de recompensas, sem depender só de uma pistola caindo aos pedaços. Com o quão complicada a luta contra os homens-lobo na noite anterior tinha sido, eu realmente não queria arriscar entrar em outra enrascada daquelas sem estar devidamente equipado.

E assim, tirando o livro que tinha comprado do senhor da loja de armas de dentro da bolsa e folheando-o enquanto caminhava, eu já sentia a minha cabeça se enchendo de ideias. Fazer armas e outras bugigangas era algo que eu já estava acostumado, mas balas e projéteis eram uma área em que eu nunca tinha me aventurado muito. - Hmmm...preciso arranjar um lugar pra parar e ler isso com calma. Ah, e acho que pra passar a noite também, já que eu não vou embora ainda. - comentaria comigo mesmo, concluindo que a melhor opção seria achar alguma taverna ou pousada por aí que tivesse uns quartos sobrando. Com isso em mente, eu faria do mesmo jeito que tinha feito pra chegar até o banco, pedindo por direções aos moradores da ilha. - A mais barata que você conhecer serve, só preciso de um quarto pra dormir essa noite. - diria, pra não acabar indo parar na frente de algum hotel cinco estrelas com uma diária que custasse mais do que a cabeça de uma daquelas piratas de antes.

Seguiria pelo caminho que me indicassem, e se conseguisse encontrar o lugar, daria uma olhadinha no lado de dentro antes de entrar de fato, me dirigindo até o balcão ou qualquer coisa parecida. - Opa, bom dia. Pera, ou já é boa tarde? Enfim, eu tô procurando um quarto pra passar a noite hoje. Vocês têm algum livre? - diria, e pagaria a diária ali mesmo se não fosse nada muito caro, pegando a chave do meu quarto para que pudesse subir, colocar as coisas em algum lugar e me jogar na cama, com o livro em mãos. - Beleza...vamos ver o que tem nessa belezinha aqui. - diria, sorrindo, e pegando um lápis pra começar a estudar.

▸ Aprendizado: Projéteis ◂

A sessão de estudos acabou sendo mais interessante do que eu esperava. Pra começar, o livro era surpreendentemente complexo, com muitas partes exigindo noções de balística que eu só conseguia entender porque já tinha estudado muita Física antes. Além disso, ele explorava a ideia do que era um projétil desde a sua base, demonstrando a sua utilização não só para combate e uso militar, mas também as aplicações em esportes e até em outros tipos de tecnologias. - Quem quer que tenha escrito isso com certeza gostava do assunto, caramba. - eu deixei escapar uma risada, mas a leitura não era chata ou entediante, e o fato de eu gostar daqueles assuntos também acabou me ajudando bastante a continuar.

E assim, eu passei umas boas horas daquela tarde passando por cada página, fazendo minhas próprias anotações pra fixar melhor aquelas ideias. Me admirei com os vários exemplos de munição que podiam ser criadas; desde balas com foco no poder de penetração - para mais ou para menos, dependendo do objetivo - até projéteis incendiários e explosivos. Ele citava materiais que podiam ser usados, as melhores formas de disparar, e até brincava um pouco com o conceito de uma railgun e as suas infinitas possibilidades. - E claro, ele não deixa outros tipos de projéteis de fora. Flechas, dardos...pera, sementes? Tá falando sério? - e com cada página que eu virava, mais e mais ideias surgiam. Aquele livro tinha valido cada centavo.

Aproveitando que eu já tinha algumas comigo, inclusive, eu pegaria um pouco da munição que eu usava na minha pistola, e tomaria meu tempo as usando como um modelo físico pra entender melhor as ilustrações do livro. Com o Bastão de Néron em mãos, eu poderia usar qualquer ferramenta que precisasse para abri-las e analisar cada componente de maneira separada, me divertindo no processo. - Tá, isso vai aqui, e essa outra parti aqui vai... - e pra finalizar, tentaria montá-las de volta, tendo certeza de entender bem o passo a passo.

[...]

▸ Fim do Aprendizado ◂

O tempo costumava voar quando eu me distraía com algo interessante assim, mas eu tomaria cuidado pra que não acabasse ficando muito tarde, já que tinha combinado de me encontrar com os outros num restaurante naquela noite. Por isso ficaria de olho na janela durante toda a leitura, e se acabasse terminando com o dia ainda claro, esperaria o tempo passar me distraindo com alguma coisa ali mesmo, como contar os buracos no teto do quarto.

E aí, quando estivesse chegando perto da hora marcada, sairia do quarto levando comigo o necessário, e me dirigiria novamente às ruas da cidade: uma bela oportunidade pra ver como era a vida noturna ali em Stevelty, já que eu tinha passado a noite anterior apanhando pra um cachorro fedido. - Boa noite! Sabe me dizer onde fica esse restaurante aqui? - perguntaria a alguém que não parecesse ocupado ou apressado demais, seguindo por onde me indicassem pra me encontrar com o resto do pessoal. Se por acaso fosse o primeiro, ficaria esperando do lado de fora, mas daria uma espiadinha lá dentro pra ver se algum deles já não tinha pego uma mesa. - Ah, ei! Aqui! - diria, se visse algum deles chegando. - Boa noite. Cara, eu mal posso esperar pra comer. Espero que a Myr tenha escolhido um lugar bom, heh. - sorriria.


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