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Seg Mar 14, 2022 1:51 pm
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Relembrando a primeira mensagem :

 II - Fool me Twice

Aqui ocorrerá a aventura  do Pirata Lyosha Bulgakov  e da  Caçadora de recompensas Jyundee Kujoh. A qual não possui narrador definido.

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Shiori
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Dom Mar 20, 2022 5:36 pm
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I - Fool Me Twice



Jyundee Kujoh

O papo sobre navegação entrava nas profundas camadas de como o mundo se parecia, e como isso funcionava, então quando ela perguntava sobre  os calm belts, a garota levantou as pálpebras de uma vez, como se tivesse lembrado de algo naquele exato momento. Que realmente faltava ser melhor detalhado, ela então com certa empolgação escrever rapidinho sobre o Calm Belt.

Além das criaturas, não têm qualquer corrente marítima lá, é como se o mar estacionasse ali, águas completamente paradas. Além disso, não há ventos. Se um barco a velas entra no Calm, é fim de jogo, pois mesmo que tentasse remar, são dias e dias de remos, seja se movendo para frente ou para trás. Além de claro, estar sujeito a ser devorado por alguma criatura gigantesca que comeria o barco em uma só mordida.

E novamente mostrava o caderninho, dava pra ver que ela tava empolgada com as ideias, suas bochechas levemente rosadas mostravam isso, e os olhos apesar de bem arregalados e fixos eram muito mais pela condição de estar sempre meio preocupada. Mas ela certamente estava curtindo o momento.

O governo tem barcos especiais que conseguem atravessar esses cinturões, porém a questão é que eles conseguem tanto driblar os reis dos mares com um metal especial, quando seus barcos tem movimentação independente de velas, para passar adiante.

Agora sim, tinha complementado a história sobre esse inóspito local, e nesse momento ela parava pra ouvir o que a caçadora tinha pra dizer, como era de se imaginar o silêncio reinava por parte da Komi, entretanto sua expressão era honesta, ela estava feliz de conversar com alguém. Ainda mais uma pessoa interessada nos segredos que aquele mundo guardava, o que era raro, até por que algumas coisas poderiam vir a se tornar crimes se usadas para algumas finalidades.

Essa é uma boa pergunta e a resposta vai parecer um conto de fadas. Mas a verdade é que existe uma cachoeira que corre ao contrário!! Sim, é chamada de Montanha Reversa.  Há um grande fluxo de água que vem de todos os 4 mares se encontra no topo e depois segue para um único caminho despejando os barcos na Grande Linha.

Ela então pegou e desenhou mais ou menos como ela imaginava esse ambiente, mostrando as muitas correntezas subindo vindo de cada Blue e se encontrando no topo onde se chocavam e voltaram a descer levando direto pra Grand Line. Era um desenho bem simples e imaginativo, sem precisão já que ela nunca havia realmente visto a reverse, nem mesmo em desenhos, então ela desenhou a descrição imaginativa que saiu de sua própria mente.

Entretanto ela também escreveu algo abaixo do desenho, mostrando que nem tudo eram flores nas viagens, e até mesmo essa montanha oferece muitos riscos a todas as pessoas, por conta que é de se imaginar que fazer a água correr ao contrário não é uma pressão pequena, e menos ainda um evento sem consequências.

Usar ela é muito perigoso, é muita pressão e muitas correntezas se chocam, e realmente é possível afundar o barco facilmente na entrada se todos não contribuírem. É um lugar bem perigoso.

Completou ela explicando por alto as coisas que estavam envolvidas nessa viagem, não havia precisão dos fenômenos, nem nada aprofundado, mas já dava pra pegar a ideia que ela queria passar através disso. Então mais uma vez ela começava a ouvir sobre as possibilidades que a garota lhe falava, eram coisas muito distantes de sua realidade, mas imaginar aquilo fazia os olhos dela brilharem, suas orelhas até mexiam um pouco como se ficasse mais atenta. Parecia que um brilho estava em volta dela naquele momento, uma expressão tão fofa que era pra se derreter.

 II - Fool me Twice - Página 2 287

Todas as ideias de explorar pareciam invadir o coração dela, afinal ela queria descobrir por si também, os segredos que aquele mundo escondia, fora das bibliotecas, ela queria saber o que mais estava fora das vistas, o que mais havia se perdido na história, ela sabia que ficando ali não seria capaz de fazer isso, e bem, logo depois de ouvir tudo no entanto, antes de responder, a realidade caia sobre seus ombros.

A verdade era que ela ainda não conhecia muito bem, e isso era um dos fatores que deixava ela pensativa, sobre viajar com aquela mulher, pois era arriscado simplesmente decidir seguir viagem com ela sem ter mais tempo de convivência, e ao menos entender melhor as intenções dela. Então ela por um momento fez uma cara mais séria, e começou a escrever de novo.

Eu gostaria de explorar o mundo. Em principal eu quero saber mais sobre a historia dele. Eu já estudei muito sobre história, mas sempre sinto que existe uma grande lacuna nela.

Ela parecia saber mais do que falou sobre esse assunto, parecia ter cortado no meio o que ela ia dizer sobre a lacuna que se expressava, mas isso era apenas uma das questões, ela naquele momento ia fazer a pergunta que não queria calar, ela estava empolgada, mas não podia deixar que isso fosse a única carta na mesa, afinal, humanos vivem de garantias no fim das contas.

Isso tudo que você disse é bem interessante, mas não nos conhecemos muito, então, por que eu exatamente? Sabe, não temos muito contato, até onde sabemos, podemos ser qualquer um não é?

Lyosha Bulgakov

O rapaz tinha razão, aquele era seu pior ângulo, não dava pra negar, ele parecia mesmo um maníaco. E Mihaela analisou a situação falando algo que até mesmo levemente piorava.-É verdade, parece que vai roubar o barco de um marinheiro aposentado!! Kekekeke essas fotos fazem a gente decair, uma freira triste e um maníaco psicótico, onde chegamos Lyosha… onde?- comentou fazendo uma negativa com a cabeça sobre toda aquela situação e uns barulhos com a boca que provavelmente indicavam igualmente negação.

E então para o conforto, ela enfiou ali mais uma declaração.-Ao menos a foto não é definitiva, dá pra a gente pegar um close certo na próxima. Só a gente ter umas fotos marcantes-Pensou ela coçando o queixo, ela tava imaginando se tatuar os símbolos de sorte, seria melhor que carregar tantos colares, mas por hora era apenas uma ideia, que ela não expressou só veio..

E então aquela questão o deixou com a cabeça cheia, até o ponto que tudo dava certo ali no banco, ele questionava o atendente que explicou a localização da loja mais proxima.-Fica a quatro quadras daqui seguindo para o leste- explicou ele enquanto os dois saiam dali, Mihaela parecia animada pela compra do barco.

E recebia o dinheiro com um sorrisão.-Pode deixar, vou escolher a melhor escuna que o dinheiro pode comprar!! E não esquenta com as fotos, depois a gente tira umas fotos no barco e manda pra eles. Eu devo ir de biquine na próxima.- Ela fazia uma pose se curvando levemente para frente, com as duas mãos na cintura, ela desequilibrou um pouco enquanto os muitos colares e amuletos chacoalharam, mas logo se fixou na posição.

A tentativa era de claramente algum tipo de amostra de sua beleza, entretanto ela estava com roupas longas, então não valorizava muito as curvas, e os colares chamavam muita atenção.-Que acha? Acho que dessa pose, com um biquíni com nuvens vermelhas, não não amarelas!! Pra combinar com meus cabelos.- ela parecia bem confiante de sua ideia principal sobre esse assunto, algo que certamente também tinha deixado ela com a cabeça quente. Ela provavelmente queria uma nova foto em seu cartaz.

Ela era perigosa quando tinha algo assim em mente… E certamente não iria ficar por isso. Mesmo assim, ela parecia estar pensando em como usar seu melhor ângulo pra aquilo.-Certo, amanhã eu compro o barco e deixo num lugar mais reservado, e fica de olho, agora a gente tem cartaz, se te virem por aqui podem acabar te reconhecendo- ela dizia isso colocando o dedo perto da palpebra e puxando, o clássico sinal de fica de olho.

Depois disso a mulher saiu vazada dali, indo para outra região, enquanto Lyosha ainda intrigado com o assunto foi para uma pequena loja, onde ele pegou o Kit de Barbear e um estojo pra guardar ele, onde ele havia adquirido também um isqueiro e relógio de bolso.-O Kit de barbear com Pente e Espelho custa 500.000 berries, o Estojo custa mais 100.000 O isqueiro 150.000 e o relógio de bolso mais 150.000 ao todo isso custa 900.000 berries.- sendo esse um valor que ele podia pagar, ele logo o fez, colocando os itens dentro do estojo e saindo do lugar em uma missão de achar um local um pouco mais vazio.

Se pegasse seu relógio de bolso veria que o dia já havia corrido bastante, eram agora as duas horas da tarde, e eles tinham chegado à ilha bem cedo. De toda forma saindo do local ele buscou o lugar mais tranquilo. A razão era que ele queria mudar para seu modo invisível. Ali ele começou a buscar seu objeto de vingança, um marinheiro que parecia mais vulnerável.

Isso levou algum tempo, quase uma hora de busca, a maioria dos homens fardados eram robustos e fortes, até que ele achou um homem velho, sim mais uma vez tinha na mira dele um idoso, ele ia acabar sendo chamado de papa idoso, o terror dos velhinhos, se isso continuasse assim. Acontece que naquele momento o que valia pra ele era achar um cara para então fazer o esperado.

Quando ele se aproximou o nariz do idoso mexeu, e ele se levantou, achou algo estranho no ar, mas começou a se mover em direção pra algum lugar. Lyosha puxou lentamente as espadas sem fazer som, o velho se virou pra trás novamente sentindo o cheiro estranho de mar, sim Lyosha ainda não havia tomado seu banho depois que chegou a ilha, ainda carregando um cheiro de maresia.

Mas ele não tinha visto nada, apenas sentia esse cheiro, o olfato aguçado do velho não o enganava, mesmo que talvez naquele momento estivesse incredulo que alguem e a espada cantou no ar, o corte, atingia o marinheiro o jogando contra o chão, onde o pirata assumiu a posição de superioridade colocando a espada sobre o peito. Ele dava um aviso mas o que ele viu em retorno era a mão do velho agarrando sua lamina.-Estilo Agiota: INFLAÇÃO!!-O braço do velho inchou bastante ficando maior que os bombados que ele viu antes, e ele logo gritava.-SOLDADOS, TEM UM CARA QUE PARECE UM MANÍACO PSICÓTICO PRESTES A COMETER UM CRIME AQUI ME ATACANDO.- Disse ele vendo o inimigo desaparecer no ar, e puxar a espada de uma vez, o que fazia um corte pequeno em sua mão, mas ele parecia não ligar.

E alguns soldados vinham correndo naquela direção, o velho era também ágil, girou pelo chão com velocidade e assumiu uma postura elevada inflando todo o corpo de uma vez, e ficando extremamente bombado, aquilo era provavelmente alguma técnica especial de aumento de força.-Minha memória jamais falhou, não esqueci um único segundo de minha vida, saiba que sei quem é você e sei o que faz, me aguarde rapaz!! Seu cartaz está por aqui, vou fazer questão de a segurança ser reforçada, afinal parece que temos alguém atacando a marinha agora.- disse ele comentando sobre o que aconteceu, ele sentia o cheiro e ouvia a respiração, ele sabia que Lyosha ainda estava por ali se afastando, mas seria um inimigo formidável, já que mesmo com seus sentidos aguçados o velho não tinha completa precisão de sua localização.



HistóricoPosts: 05
Nome: Lyosha Bulgakov
Dinheiro: 1.560.000 B$ (em mãos) 1.000.000 (Banco)
Ganhos:
- Aprendizado da Perícia Sedução. - POST 1
- Aprendizado da Perícia Barganha. - POST 2
- Livros: barganha, discurso, arrombamento, sedução e estratégia - U? - POST 1
- Navalha, uma tesoura, um creme de barbear, um pincel de barba, um pente - POST 5
- Espelho de Mão - POST 5
- Estojo - POST 5
- Relógio de Bolso - POST 5

Perdas:
- Barco Pequeno - POST 4
- 11.500.000 - POST 5
- 900.000  - POST 5
Ferimentos: N/A

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Posts: 05
Nome: Jyundee Kujoh
Dinheiro: 2.690.000
Ganhos:
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Perdas:
- 400.000 (Post 1)
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Johnny Bear
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Dom Mar 20, 2022 9:32 pm
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忠義 Chuugi




Na vaga lembrança denotava alguns pontos que a navegadora havia enunciado, aos quais estes nos impediam de navegar pelos Belts, não sendo só mais uma estória ou falácia qualquer para me assustar no fim das contas, como esta já o fizera outras vezes naquela mesma manhã. A ideia de que o governo detinha uma ferramenta tão poderosa como o conhecimento me deixava intrigada, a ponto de questionar o quão boa era sua capacidade de esconder essas informações ou sua arrogância de não compartilhá-lo, mantendo-a longe o bastante dos demais, afinal, Komi deixava claro demais de que esta capacidade de driblar os obstáculos naturais era algo exclusivamente deles.

- Uma montanha reversa? - A seriedade tomou-me conta, desenhando o semblante austero que não se fizera antes, por onde buscava alguma explicação ou representação imagética que pudesse se aproximar das proporções com o que aquilo soava, a ajuda de Komi com os desenhos não era bem o bastante para conseguir explicar um fenômeno tão anormal a ponto explicar o correr voraz, fluxo para cima de uma enorme montanha que se estendia por muito alto nos céus, onde o epicentro em seu topo cruzava, chocando quatro direções, aparentemente independentes e convergindo-as num único ponto, a entrada para a Grande Linha

Fosse pela experiência de subir ou sequer descobrir o que havia naquele mundo completamente novo, embora não fosse de minha extrema vontade ir, especificamente, até lá, o mero esforço de desenhar sua forma em minha mente parecia queimar o restante de meus neurônios, pouco a pouco rabiscando aquele formato serio que me dava ao rosto em uma mistura louca de desespero, medo e excitação tudo somente em uma expressão. Ao mesmo tempo que sonhava em ver aquilo acontecer, era amedrontador principalmente por ser incompreensível.

*Tsss*

- Parece mesmo tudo vir de um conto de fadas, mas você me convenceu um pouco de algumas coisas, embora outras ainda pareçam, para mim, uma grande loucura, heh! - Coçando a cabeça, não sabendo muito bem como reagir, já que no fim das contas, era o tipo de coisa do qual voce só “acredita vendo, vendo não acredito”.

Não pensava exatamente um pouco no assunto até a pergunta ser feita, embora toda a explicação e conversa - se é considerarmos isso como uma (por que não?) - estivesse imersiva demais, fazia pouco tempo com qual lidava com tantas pessoas novas não somente sendo Komi uma delas, me fez questionar um pouco, durante este meio intervalo com quais pareciam horas, sobre coisas mais referentes à nossas próprias inseguranças pessoas, medo, desconfiança e afins, não pareciam de fato me incomodar, mas estreitar relações talvez fosse mesmo uma coisa boa a se fazer.

- É uma pergunta interessante, mal nos conhecemos, mas desde que não seja uma pessoa má que aterroriza e atormenta as pessoas desse lugar, acho que podemos nos dar muito bem. G-gostaria de me conhecer melhor, digo, nos conhecermos! melhor! E-eu poderia te ajudar com alguma coisa se quiser também, o que quiser é só pedir! - Haviam algumas coisas na minha mente desde que cheguei na ilha, sendo uma delas, entender um pouco mais sobre aquele lugar, conhecer algo novo era sempre bom, planejava fazer isso com os demais, mas todos pareciam ocupados demais com as próprias obrigações ou tarefas, não restando-me muito senão tentar algo novo.

- Poderia me mostrar melhor a ilha, me falar sobre os lugares que quiser, não sei muito sobre o lugar de onde venho, mas se puder ajudar a completar os mapas, já é um bom começo. A propósito, existe algum canil por aqui? -

As oportunidades estavam abertas a partir dali então, fiz me atenta, não somente para os pontos turísticos, mas eu ainda estava em trabalho investigativo, conflitando no fato de que, caso visse algo estranho ou chamativo demais, como por exemplo manchas explícitas sangue no chão ou sinais de alguma confusão, iria breve em intervir, porém num cenário completamente diferente disto, iria curtir a silenciosa caminha com a Komi, caso ela o aceitasse, aproveitando a oportunidade para perguntar e/ou responder algumas coisas um pouco mais pessoais.

- Então, por qual motivo exatamente você aceitou conversar comigo por papéis um pouco mais cedo? Você é muda? -


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Dados:

Objetivos:





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Seg Mar 21, 2022 12:01 am
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Geralmente, responderia a troça da navegadora com bom humor, provavelmente entrando na brincadeira ou provocando-a. Faria isso quando se tratasse de qualquer tópico, menos de sua imagem. Lyosha era um criatura vaidosa e aquele cartaz realmente o incomodava, não por fazer com que ele se tornasse um proscrito, aceitou esse destino desde o primeiro ato criminoso que cometeu, mas simplesmente por achar que aquela imagem não o favorecia. Estava frustrado e com raiva. - No fundo do poço. - Responderia, de forma seca, com uma expressão fechada. - Mesmo que os nossos cartazes mudem, a primeira impressão sempre é a mais marcante. - Infelizmente, sabia que isso era uma verdade e não uma opinião parcial. Ao ver Mihaela empolgada com a ideia de novas fotos, daria um sorriso brando. - É verdade, com certeza seria melhor, mas isso não apagaria o que fizeram. - Lyosha sentia que precisava se vingar e partiria com isso em mente.

O gosto do fracasso amargava a sua alma, Lyosha não desejava matar ninguém e era justamente essa fraqueza que fazia seu plano ruir como um castelo de areia atingido pela água do mar. Queria apenas passar uma mensagem e um homem vivo poderia muito bem fazer isso, por mais que um homem morto também funcionasse. O espadachim passou toda a vida escutando que era uma criatura fraca e sem determinação, muito disso por conta de sua piedade, talvez todos que disseram isso estivessem certos, esse era o pensamento que passava por sua cabeça repetidamente. Em vez de atingir as pernas do velho, poderia simplesmente ter desferido um golpe fatal e usado seu cadáver decrépito para passar a mensagem que desejava, nada teria saído do controle e não estaria na situação que se encontrava agora.

Sua vontade era de responder o marinheiro que havia atacado, xingar, gritar, aparecer subitamente diante deles e matá-los um a um, sua alma ansiava por isso. Com certeza faria isso se fosse um tolo ou um animal ensandecido, mas era um homem e havia aprendido há muito tempo como controlar os seus instintos. Não era um gênio da estratégia, mas sabia que não era um exército de um homem só e que lutar ali seria extremamente desvantajoso, já que os inimigos se acumulariam e ninguém viria em sua ajuda, além disso, todas as suas ações carregavam um peso e uma responsabilidade maior, já que seu nome estava atrelado ao de Mihaela, que jurou proteger, e das outras tripulantes com quem dividiu a embarcação.

Contrariando sua vontade, engoliria as palavras que gostaria de dizer, aproveitaria o fato de ter percebido que o velho não conseguia precisar sua localização e simplesmente abandonaria o local, mantendo-se invisível, enquanto dava passos rápidos e furtivos para distanciar-se sem ser notado. Enquanto se movimentava, contaria com sua audição para perceber se estava ou não sendo seguido. Quando considerasse que estava seguro, começaria a dirigir-se até o hotel, ainda invisível. No meio da rua, tiraria a chave do hotel de seu bolso e tornaria-a visível, apenas para confirmar o número de seu quarto, guardando-a em sequência.

Passaria pela recepção do hotel ainda invisível e permaneceria dessa forma até abrir a porta de seu quarto. Adentrando no cômodo, buscaria por Alesya. Se a mulher estivesse dormindo, faria seus movimentos com o mínimo de barulho possível para não acordá-la, caso contrário, a cumprimentaria com um aceno de cabeça. - É sempre bom revê-la. - Faria os olhos correrem pelo quarto, para formar uma opinião sobre o lugar. Deixaria sua bolsa encostada na parede, enquanto perguntava para a mulher, se estivesse acordada. - O que você achou desse lugar? - Perguntaria, apenas para puxar papo e se distrair. Após alguns momentos, se a mulher estivesse desperta, declararia. - Vou tomar um banho. - Esperava que o quarto fosse uma suíte, se fosse o caso, começaria a se despir, ficando apenas de calça antes de entrar no banheiro. Apenas encostaria a porta, daí então, ficaria completamente despido e acionaria o dispositivo para fazer a água correr. Ficaria alguns minutos sob a torrente d’água, deixando as gotas d'água escorrerem pelo seu corpo, como se isso fosse lavar sua raiva ou frustração.

Não adiantaria, seu fracasso o afetava mais do que gostaria de admitir. Antes de começar a lavar-se, daria três socos fortes na parede com sua mão direita, não importando em machucar-se nesse processo, apenas precisava extravasar de alguma forma. Após o pequeno surto, começaria a esfregar seu corpo com um sabonete e lavar seus cabelos de forma fervorosa, como se buscasse eliminar qualquer cheiro de seu corpo, já que essa tinha sido a origem de sua desgraça. Lyosha jamais esqueceria desse momento, mas, ao menos, tinha aprendido algo. Apesar de seus poderes o tornarem completamente invisível, ainda tinha de se preocupar com a audição e olfato de seus oponentes, sempre se atentaria a isso de agora em diante. Acabando o banho, começaria a enxugar seu corpo sem pressa, após isso, vestiria sua roupa íntima e sua calça, por fim, enxugaria efusivamente seus cabelos, deixando os mesmos bagunçados e penteando-os apenas com os dedos antes de voltar para o quarto.

Aprendizado: Discurso

Se Alesya estivesse lá, daria um grande sorriso ao vê-la, agora muito mais calmo. Iria até a sua bolsa e procuraria pelo livro que discorria sobre discursos, daí então, procuraria um lugar para sentar-se, seja em uma cadeira, poltrona ou na própria cama, sendo esta de solteiro ou de casal. Além de aprender, a leitura também serviria para desopilar um pouco. Focaria no conteúdo do livro, prestando atenção em técnicas de retórica, formas de não perder a compostura debatendo e métodos para articular suas palavras com sabedoria. Após finalizar a leitura deixaria a obra de lado.  

Fim do Aprendizado

Deitaria-se na cama e olharia para o relógio de bolso, para ter noção de quanto tempo havia passado desde que chegou no local. Talvez ir ao teatro fosse uma boa ideia, lembrava-se das palavras de Brynhild, podia até mesmo convidar Alesya para ir com ele.


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Shiori
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Seg Mar 21, 2022 3:35 pm
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I - Fool Me Twice



Jyundee Kujoh

A ideia de um mundo tão fantástico era algo que realmente deixava Jyu intrigada, ela não acreditava em tudo, afinal algumas coisas fugiam mesmo da lógica, ou não davam pra ser tão bem descritas. Acontece que a conversa tomava outro rumo, onde batia-se na tecla da confiança. Abordando como elas se conheciam a tão curto periodo de tempo.

As colocações da caçadora, ainda deixavam a pequena Komi pensativa, ela estava com algumas ideias a respeito disso, mas ao mesmo tempo imaginava que não custava tentar algo assim, afinal, se existia uma chance de conhecer os segredos do mundo que os cercava, ela queria tentar. Além do mais, talvez essa fosse sua primeira chance de conseguir alguns amigos.

Pensando por alguns instantes antes de responder, ela então novamente voltou o lápis para o papel e escrever o que estava pensando por esse tempo, ela parecia ainda empolgada, mas demonstrava um pouco mais de seriedade que no começo da conversa, ela era uma pessoa madura afinal.

Eu acho que podemos sim nos conhecer. Posso te mostrar alguns lugares que gosto. Claro, eu tenho algumas coisas pra resolver a noite, mas o dia temos como aproveitar.

Dito isso a garota se levantou indo até a bibliotecária e pagando por um caderninho de bolso, para que pudesse ficar com ele, algo que não levou muito tempo e então elas iam caminhando com Komi guiando a direção. Então enquanto elas passeavam ainda naquela rua, a pergunta sobre a baixa comunicação surgiu.

A moça então pegou o caderninho e começou a escrever nele por alguns segundos onde ela começava a descrever um pouco de como ela se sentia em relação a interagir com outras pessoas, era algo bem complicado, mas não envolvia um problema físico.

Eu posso falar. Fisicamente não tem nada de errado comigo. Ao menos eu acho, quer dizer, nada que me impeça de falar. Entretanto, quando as pessoas se aproximam de mim me sinto nervosa, mesmo que eu tenha muito a dizer, palavras não saem, me sinto desconfortável.

Não consigo expressar o que penso, e isso me deixa muito frustrada, as pessoas parecem não gostar de mim, e acho que talvez pensem que sou arrogante, mas só sou incapaz de me comunicar. Não sei explicar as razões mas é algo interno lá no fundo.

Ela então parou um pouco quando chegavam a um local mais afastado era uma arvore grandona, ela então apontava, e dava pra ver que ali era um pequeno morrinho alto com uma vista pra cidade, dava pra ver uma parte da cidade, mais especificamente o porto de cima, uma vista bonita até.

Eu já tentei muito me comunicar, mas chegou um ponto em que eu sempre acabo fugindo antes de dizer qualquer coisa. Esse lugar aqui é um dos lugares que uso para recarregar as energias, venho aqui e leio, é pacifico, o vento é bom. Gosto daqui. O que acha?

Disse ela com uma expressão que demonstrava estar curiosa, realmente queria compreender melhor o pensamento da espadachim, que poderia ter qualquer reação aquele ambiente.

Lyosha Bulgakov

As coisas tinham ido para um rumo triste, no fim, o rapaz havia falhado em sua vingança pessoal, e sua frustração era notável, ele se sentiu fraco, pois não conseguiu nem mesmo responder ao afrontoso velhote. Ele sentia que as pessoas estavam certos a respeito dele, afinal ele não foi capaz de desferir um golpe fatal. Voltando então para o local onde ele iria poder dormir.

Ele entrava com cuidado checando o número do quarto antes de ir, depois disso ia invisível até a porta e ficava visível só na hora da entrada, e nesse momento ele viu uma figura conhecida, antes de entrar.-Lyosha!! Parece que você anda encrencado em?- dizia a voz do homem no fim do corredor, era uma voz odiosamente conhecida, o Dr.Peste estava ali, e ele carregava um papel amarelado nas mãos, um cartaz certamente.

Ele então prosseguia.-Não se preocupe, eu mantenho sigilo, falou mostrando o cartaz. Muitos pacientes meus são assim. Então se se ferir e precisar de tratamento médico, eu mantenho o bico fechado, clandestino é meu nome do meio. FUFUFUFU- dizia o homem, não se alongando muito na conversa ali e indo embora, era realmente uma entidade surpreendente, aquela criatura nefasta, seu sorriso amarelo parecia demorar mais tempo pra sumir da frente dos olhos do que ele demorou pra se mover.

Então ao adentrar no espaço de descanso reservado, ele movia seus olhos analisando os arredores, e percebia que sua colega de quarto não estava ali, bem, era algo bem possível, afinal ele tinha chegado ao local muitas e muitas horas após ela entrar ali. Com isso ele seguiu direto ao chuveiro, onde tomou sua ducha naquele momento, onde ele ficava bastante tempo descontando suas frustrações, e tentando entender o que havia acontecido por ali.

Era complicado, mas o banho era um meio de extravasar. Depois disso ele saiu do local, pegando outro dos livros que roubou e começando sua leitura, por mais algumas horas ele apenas leu e entendeu do que se tratava o livro. Então passadas essas horas a chave girou na fechadura, o barulho da porta se abrindo revelava a moça que entrava pela porta.

Finalmente a colega de quarto entrou ali com algumas sacolas na mão, aparentemente roupas e também ingredientes para cozinhar. Ela logo deu um sorriso se escorando na lateral da porta e falando.-Oh, então voltou. Achei que tivesse fugido da ilha sem mim garotão.- a voz dela soava bastante provocativa, parecia brincar com essa ideia, e saindo alí da porta ela colocava as compras sobre a mesa.

Então sentava-se ao lado do espadachim, onde logo olhava o livro ao lado que ele acabara de terminar de ler.-Querendo concorrer à presidência? Você daria um bom político, parece fazer seu tipo.- disse pensando sobre o assunto, com a mão abaixo do queixo, afinal ele realmente se vestia como se fosse um grande empresário, ou político, mesmo que naquele momento ele fosse apenas um homem comum, ainda ao menos..



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忠義 Chuugi




Ao tom leve da conversa, um pequeno ensejo para conhecê-la um pouco mais, no fim, se tratando de algo em seu psicológico, não tão amistoso assim para interações sociais, ao menos pude arquear um sorriso, ao sopro fraco da brisa que batia do alto, denotando um certo orgulho por ter compartilhado isso comigo, ou talvez sequer tê-la feito conversar nem que fosse através do caderno. Atrevi-me a olhar por onde todo aquele território se estendia, de lá o porto, algo que parecia quebrar um pouco minha imersão completamente sutil, uma vez que eu tinha assuntos pendentes a tratar naquele lugar.

- É um lugar muito bonito, calmo, muito calmo mesmo, às vezes seria bom ter um lugar como esse, escapar de algumas problemáticas do mundo - Apreciativa, não querendo ser tão melancólica, fazendo apenas uma mera menção ao valor sentimental que poderia ter em tamanha solidão ao estar lá em cima, algo que me despertava ainda mais interesse no que poderíamos ver no topo de uma outra coisa - Como será que deve ser a vista? No topo daquela tão corrente que segue ao contrário, trilhando montanha acima, deve ser algo único e momentâneo, pelo que explicou parece ser algo que só se vive uma vez, já que não tem como sair da Grand Line a não ser usando os ditos barcos tão cheios de tecnologia do Governo -

Não me incomodaria de ficar ali por mais algum tempo, mas assim como Komi, eu tinha compromissos para mais tarde, desejando ver mais algumas outras coisas pelo caminho e ir até um canil - Há algo a mais que queira me mostrar? Vamos indo, queria que viesse comigo adotar um cão, já que conhece esse lugar mais do que eu - Precisamente, ainda me faltava um conhecimento bem específico em doma e adestramento que poderiam esperar, ou serem ensinados por algum profissional do recinto, normalmente, essas coisas possuem algum tipo de instrução, perguntei-me, faziam o mesmo para bebês, não faz sentido não ter algo parecido para os cachorros…

Ao marcha, para não fazê-lo silenciosa, decidi compartilhar algumas coisas pessoais, já que ela também o fizera anteriormente - Gosta de música Komi? Recentemente aprendi a tocar violão, era um sonho bobo de infância, mas fiquei feliz em finalmente realizar, sei a maioria das notas e acordes, heh! -

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Seg Mar 21, 2022 11:54 pm
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Vários sentimentos atormentavam a mente de Lyosha antes de entrar naquele quarto, de forma que, surpreendentemente, não se sentia incomodado com a presença de Doutor Peste, na verdade, era até reconfortante ver seu rosto horrendo, porém familiar. Seria cortês com o homem, de forma genuína pela primeira vez. - Talvez até esteja, Doutor, mas lhe garanto que eles estarão bem mais encrencados que eu. - A origem dessa declaração não era arrogância ou autoconfiança, apenas pura raiva. A alegação do médico não o chocava nem um pouco, era de se esperar já que no primeiro atendimento o homem não fez questão de fazer muitas perguntas e no fim do dia o dinheiro de santos e pecadores tinham exatamente o mesmo valor. - É bom saber que ainda posso contar com você. - Diria, com um sorriso de gratidão no rosto, acenando a cabeça ao se despedir e entrar no quarto.

Ficava grato por não encontrar Alesya assim que entrava no cômodo, já que poderia extravasar os seus sentimentos sem se preocupar com o que ela iria pensar. Assim que notasse a chegada da mulher e percebesse as sacolas que ela carregava, abriria um largo sorriso provocador. - Presentes para mim? Não precisava. - Quando ouvisse a menção a fuga, levaria a mão esquerda ao rosto, cobrindo o mesmo e fazendo uma expressão típica de arrependimento, como quem lembra que esqueceu a porta aberta após sair de casa. - Droga, é verdade, eu esqueci que podia fazer isso. - Com uma expressão maliciosa, encararia Alesya. - Acho que eu vou ter de sequestrar você e levá-la aonde quer que eu vá, acabei me apegando. - Esboçaria um sorriso malandro, completando sua fala em sequência. - Me refiro a comida, obviamente. - Simplesmente adorava esse tipo de provocação, era uma de suas formas de demonstrar afeto.

A aproximação da cozinheira fazia com que sentisse um frio na barriga, sozinho, com ela tão perto, era impossível não se lembrar dos bons momentos que compartilharam juntos. Afastar esses pensamentos era uma missão árdua, a qual não tinha interesse de se comprometer. Após largar o livro, fitaria os olhos de Alesya, que estava sentada ao seu lado. - Poucas declarações me ofenderam tanto quanto essa. - Apesar de estar exagerando, tinha um fundo de verdade, Lyosha não respeitava muito figuras de autoridade, principalmente quando elas ocupavam esse posto apenas por status e conveniência, não por exemplo. Avançaria uma de suas mão até a coxa de Alesya, de forma que a ponta de seus dedos alcançassem a parte interna dessa região, obviamente, se notasse que a mulher estava incomodada, recuaria. Daria um sorriso terno para a moça, encarando-a no fundo dos olhos. - Mas vou deixar passar dessa vez considerando toda a nossa história. - Se não percebesse nenhum desconforto por parte da mulher, inclinaria-se, aproximando seu rosto do dela. - Mas, nesse cenário hipotético. - Muito hipotético inclusive, ainda mais após tomar conhecimento de seu cartaz. - Talvez eu precisasse de uma primeira dama, tem toda aquela história de uma grande mulher por trás de um grande homem. Acho que vou ter de procurar alguém para fazer esse papel. - Declararia, de forma provocativa e sugestiva.

Se percebesse alguns sinais e estivesse confiante que esse também era o desejo de sua companheira, usaria sua mão livre para segurar a parte de trás da nuca da mulher e puxar o rosto dela contra o seu, entregando-se em um beijo caloroso e apaixonado, enquanto avançava a outra mão e deixava essas ações escalarem em seu fluxo natural. Gastaria o resto de sua tarde dessa forma, ou apenas descansando, na hipótese das circunstâncias não lhe serem favoráveis. Quando notasse os primeiros sinais de crepúsculo, perguntaria se Alesya gostaria de fazer algo, afinal, para ele não fazia nenhum sentido conhecer uma nova ilha e passar o dia trancado em um quarto de hotel. - Você quer sair? A gente podia ir comer em algum lugar chique, ouvi dizer que eles tem um teatro aqui também, se você gostar da ideia podemos passar lá. - Como um amante das artes, o jovem sentia-se realmente empolgado com a ideia da ida ao teatro, mas qualquer oportunidade de passar tempo com a mulher seria agradável, de forma que também estaria aberto a qualquer sugestão. Se realmente fossem sair, tomaria um bom banho e faria questão de aparar bem a barba e os cabelos antes de sair, estando bem trajado.



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Qua Mar 23, 2022 3:51 pm
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Jyundee Kujoh

O lugar apesar de trazer toda uma paz era na verdade um ponto que tirava Jyu da conversa momentaneamente, pois existia um grave problema na ilha a ser resolvido ali a frente, onde era levantado a vista de como seria ao topo da montanha reversa. Algo que a moça que estava com ele, logo escreveu no caderninho.

Acho que o topo deve nos jogar bem pro alto porque o fluxo de encontro das águas deve ser muito forte. Vamos ter que nos segurar firme nas bordas, mastro ou onde der. Mas à vista, eu imagino que passaremos das nuvens, devemos ver aquele monte de nuvens brancas no céu só que vistas de cima. Mas sim, é uma viagem só de ida pra quem não faz parte do governo. Claro, se a gente faz um bom trabalho podemos pedir escolta para voltar em algum barco provavelmente. Mas teríamos de ser bem importantes, empresários grandes e coisas assim.

Escreveu ela mostrando bastante empolgada com a ideia de poder ver as nuvens vistas do alto como se ela tivesse mais alta que as nuvens, e realmente, se a história estivesse certa, seria tão alto que eles poderiam mesmo ver isso. Então com a ideia de irem ver um cachorrinho os olhos dela brilhavam, ela acenava positivamente com a cabeça e já começava a andar bem rápido, como se estivesse apressada para chegar no Pet Shop.

Ela devia gostar muito de bichinhos. Então enquanto iam caminhando a musica era oferecida e ela novamente concordava com a ideia acenando positivamente com a cabeça depois escrevendo sobre o talento oculto da espadachim.

Gosto muito de música, eu quando pequena queria tocar piano, mas acabei nunca me dedicando muito a isso, eu tinha outras paixões e a música sempre ficou de lado. Mas você tem um violão?

Disse por não ter visto ele com nada ali, até finalmente eles chegarem no Pet shop, onde agora sim eles podiam ver várias raças de cachorro num tipo de playground. Eles ficaram soltos e podiam brincar entre eles. Havia todo tipo de bichos domésticos, pássaros, gatos, cachorros, gatos, e também tinham alguns cavalos num estábulo.

Komi ficava toda bobinha vendo os animais, seus olhos brilhavam enquanto ela ficava na frente do playground dos gatinhos, olhando pra eles agachada parecia ter se perdido em olhar os gatinhos pequenos. Ali tinha uma moça num lugar separado que estava ensinando truques a um cachorro. Ela parecia bem animada com aquilo, dando alguns comandos e comida pra o animal quando ele acertava.

Lyosha Bulgakov

Lyosha ver o temível doutor peste, pela primeira vez não o tirou do sério, até porque naquele momento ele tinha uma raiva acumulada muito maior. Então não encontrar a moça que desarrumar os lençóis com ele nas noites, era uma coisa que lhe aliviava, para não precisar esconder sua frustração antes do banho.

Então quando a moça chegou após seu aprendizado, ele logo provocantemente falava com ela, que lhe respondia.-Mas é claro, você vai adorar segurar o peixe cru a carne oleosa soltando gordura nas mãos, enquanto coloca um vestidinho preto, calcinha e avental. É certamente tudo o que você sempre sonhou hehe- disse mantendo um sedutor sorriso no rosto, ela esbanjava sensualidade com aquele vestido aberto em uma das pernas. Ela estava entrando no jogo de provocações do rapaz.

A elegância de Alesya era certamente um de seus maiores atrativos, sua postura, e pose sedutora, certamente não deixava a desejar em nenhum momento. Ela era bem diferente de Mihaela nesse sentido, já que a outra moça, não tinha esse tipo de postura mas, ao mesmo tempo, cada uma tinha um tipo diferente de charme.-Na verdade eu descobri que o quarto não serve comida, não está incluso, o restaurante é separado, e íamos gastar muito com isso, cem mil um prato. Então comprei coisas pra cozinhar pra nós e economizar um pouco. Infelizmente nosso dinheiro ainda não é infinito. As roupas né… Nem só de pão vive uma mulher bonita- sua voz agora era mais séria na explicação, exceto na última frase onde ela voltava ao tom jokoso e piscava o olho direito para o rapaz.

Com isso o papo seguia onde o rapaz ficava ofendido quando supunha que ele seria um político ou algo do gênero, mas logo voltavam ao flerte provocativo, onde então Alesya sentava no colo dele passando os dois braços por trás da nuca do rapaz e dizendo.-É? E quem seria essa mulher a controlar o mundo do seu lado?- seu olhar esbanjava sensualidade assim como o sorriso, enquanto ela deixava o rosto bem próximo do rapaz, começando a beijar ele pouco tempo depois.

O momento durava alguns segundos, onde ela então parava o beijo o olhando nos olhos por algum tempo, quando a sugestão surgia, de poderem assistir uma peça de teatro juntos.-Seria uma ideia EXCELENTE!! Gosto bastante de apresentações, peças, consertos, são muito boas para dar uma aliviada na alma. Vou preparar algo pra comermos e me arrumar é claro, depois podemos sair.- disse ela agora saindo de cima dele dando um beijo na bochecha do rapaz.

Ela ia para o fogão onde preparou sanduíches pra eles, um hamburger caseiro que ela mesma montou usando carne moída, sua preparação e molho eram excelentes assim como o tratamento do queijo, alface, tomate e presunto que iam na mistura. Ela então deixava um prato pra Lyosha e um suco de uva também, pra ele se alimentar bem antes de sair dali.

E quando tudo terminou, ela foi para o banho tendo tido extremo cuidado, e saindo de toalha, deixando que o rapaz entrasse em seguida, ela se vestia bem, um vestido negro similar ao de mais cedo, mas esse um pouco mais luxuoso, com um tecido mais macio e confortavel, mas também de muito mais qualidade. O rapaz fazia também o mesmo se arrumando completamente, ela então o esperava e quando estivesse pronto ela agarraria seu braço, segurando ele entre o cotovelo, para caminharem realmente como acompanhantes de um forma bem classuda.



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Percebia que gostava muito mais de Alesya do pensava, nos primeiros momentos, julgava ser apenas uma questão de comodidade para ambas as partes, ela era a filha bonita de um dono de taberna e ele um forasteiro bem apessoado, apenas isso. Agora, com o passar dos dias e um contato mais profundo, se dava conta de que ela era muito mais que isso. Alesya era sagaz, tinha um pensamento rápido e sempre sabia o que dizer, era provocativa, aprazível e sedutora. Em suma, a mulher era como poesia e Lyosha era um amante de todas as artes.

O zelo e a gentileza de sua companheira de quarto colocavam um sorriso caloroso em seu rosto. - Fico encantado quando você é atenciosa assim, obrigado por isso. - Declararia, sem nenhuma malícia, provocação ou segunda intenção, isso é, antes de completar sua fala. - Verdade, na vida a amizade é o pão, e o amor é o vinho, uma mulher bonita com certeza não vive só de pão. - Apesar da descontração do momento, as palavras de Alesya tocavam em um ponto muito importante, principalmente após a compra da nova embarcação, inclusive, essa era uma boa hora para compartilhar essa informação. - Já que você falou de dinheiro, tenho duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que comprei um barco novo, muito mais espaçoso e mais seguro. - Mentiria se falasse que as tempestades somadas a superstição da Ilha Minion não lhe causaram calafrios. Faria uma pequena pausa para criar suspense e exibiria um sorriso com um toque de desespero e um pingo de comicidade. - A ruim é que, para fazer isso, tive de esvaziar a minha conta, estou praticamente falido. - Após isso, simplesmente daria de ombros, sinalizando que isso não era tão importante.        

E, se parece bem para pensar, não era. Tornar-se um criminoso trazia várias desvantagens, mas também tinha alguns pontos positivos, nesse caso, por exemplo, se precisasse de algo bastava apenas tomar, afinal, tanto fazia se ele roubasse  ฿$ 50.000 ou ฿$ 10.000.000, no final do dia, seria procurado de qualquer jeito. Esse raciocínio fazia-o cogitar por um momento a ideia de compartilhar com Alesya o fato de que agora vivia à margem da lei, mas tinha medo de estragar o momento com isso, de forma que escondeu esse fato. Abriu um sorriso malicioso ao escutar a pergunta da mulher que estava em seu colo e, depois do beijo, responderia a provocação. - Essa resposta me parece óbvia, com toda certeza deveria ser Mihaela, não? Digo, ela é basicamente meu braço direito, seria estranho fazer qualquer outra escolha. - Tinha certeza de que Alesya teria uma resposta na ponta da língua, então fazia a brincadeira sem nenhum peso na consciência.

O lanche, assim como toda refeição que a sua companheira tinha feito até agora, tinha uma boa aparência e um sabor excepcional, o que levava Lyosha a fazer um questionamento. - Onde você aprendeu a cozinhar assim? - A comida do estabelecimento em que ela trabalhava como garçonete não era tão boa, o que era no mínimo suspeito após experimentar a comida dela pela primeira vez.    

Quando estivessem prontos, guiaria sua parceira como ditam as boas maneiras, dando o seu braço para ela segurar se desejasse, abrindo portas e fazendo todas as outras coisas consideradas cavalheirescas. Quando estivessem saindo do hotel, perguntaria ao recepcionista a direção do teatro. Tentaria seguir pelo caminho indicado e, quando chegasse na frente do teatro, olharia para Alesya com um grande sorriso no rosto. - Espero que você esteja preparada, hoje você vai receber o tratamento especial da casa. - Ficaria invisível, replicando o mesmo efeito na mulher. - Apenas me siga. - Tomaria a frente, segurando a mão da mulher. Se existisse uma fila para a compra de ingressos ou para entrar no local, simplesmente usaria as suas habilidades para burlar esse contratempo, guiando cuidadosamente sua parceira, para que ela não esbarrasse em ninguém. Assim que entrasse no local, não ficaria visível ainda, olharia ao seu redor, procurando por camarotes ou uma área vip, se encontrasse, começaria a se dirigir a tal área, caso contrário, simplesmente procuraria um bom lugar para sentar com Alesya.

No cenário da existência dos camarotes, ao se aproximar, encostaria um de seus ouvidos na porta, utilizando sua capacidade de audição para determinar se o lugar estava vazio ou não. Quando encontrasse um cômodo não ocupado, tentaria abrir o mesmo e se estabelecer lá com a mulher. Tendo a certeza de que ambos estavam confortáveis, simplesmente desfrutaria o momento e aproveitaria a peça.    


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Qui Mar 24, 2022 2:26 am
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Adrenalina, por um instante pensei sentir ter ela correndo pelo meu corpo, por alguns instantes ou até menos que isso, simulava um imensurável desejo de experienciar aquilo, daquele momento, sorri entusiasmada com a ideia, quase como quando não pudesse contê-lo - Acho que daí então não teria tanta graça, poder voltar dezenas de vezes, nunca vai ser tão emocionante quando a primeira vez, heh! - Tal como esta, algumas experiências, para mim, embora fossem facilmente recicláveis ao longo de toda vida, não tinham o mesmo valor semântico, afinal que mal havia em poder estar no topo do mundo apenas uma vez, se aqueles poucos segundos já era tempo o bastante. Fiquei feliz por ver Komi tão maravilhada quanto eu, entendia que por mais fantasioso que tudo aquilo parecesse, o conhecimento estava arraigado há anos de sua vida imersa em livros, conferindo-me então, uma mera ignorante, apenas a confiança para depositar nela estar dizendo a verdade.

Fiz um aceno com a cabeça, já tristonha, negativo - quando perguntada sobre o violão, suspirei antes de contar um pouco melhor sobre a história por trás da minha perda, não sentindo muito remorso pelo que fiz, mas sim por não ter comprado outro no caminho - Bem eu tinha um na verdade, mas tive que dar ele como presente para a família de um… informante, ele não teve muita sorte de ficar livre, mas entreguei o dinheiro de sua captura à família dele, bem como o meu violão, precisavam mais do que eu, espero que estejam fazendo melhor proveito - Pouca melancolia fiz deste caso, já que o dinheiro para comprar outro não era bem um problema, apenas questão de tempo e disposição que me faltava um pouco - Se quiser podemos ir comprar um depois! Acredito que não hoje, já que você precisa sair ao anoitecer, mas podemos ir amanhã ou qualquer outro dia que desejar… se eu ainda estiver na ilha, heh! -

- Erm! Bem, piano! Gosto da ideia, deveria praticar sabe? Como um hobbie, nem que sejam apenas algumas notas ou um pouquinho por dia, você consegue! A experiência é muito b… - Perdia a entonação quando percebi estarmos à porta do Pet Shop, não contendo a energia para correr e ser a primeira a entrar. Komi já se ia entreter com os gatos, e assim como ela fiz-me contente caminhando até os cachorros, rabiscando os olhos por todas as criaturas do lugar, era difícil não desviar atenção, mas também era de quebrar o coração saber não poder levar todos para casa. A moça que praticava alguns truques parecia ser a oportunidade perfeita para me informar um pouco mais sobre algumas coisas, tinha dúvidas, principalmente, sobre como ela fazia tudo aquilo.

- B-Boa Tarde, perdão a intromissão e interrupção! Gostaria de adotar ou comprar um animalzinho, especificamente um cachorro, algum que tenha um espírito companheiro e facilidade para aprender alguns comandos, erm… poderia me ensinar exatamente como você faz isso? Eles me ajudariam em algumas buscas e também… é sempre bom ter um amigo por perto! - Curiosa para saber um pouco mais sobre as raças e parecidos, nada melhor do que questionar alguém que parecia conhecer bem do que se tratava. Vez ou outra desviando o olhar para Komi e ver se ela continuava a maravilhar-se com os gatos ou outros animais do recinto.

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Sex Mar 25, 2022 12:35 pm
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Jyundee Kujoh

A conversa seguia agradavelmente sobre o assunto da grande viagem, quando uma ideia de que talvez repetir a viagem não fosse tão legal surgia, a garota pensava, colocando a mão no queixo e ponderando a ideia, ela não tinha como saber se realmente seria uma experiência única de nunca se repetir, mas então seu raciocínio ia para o papel escrito.

Isso eu não sei, eu gosto de montanhas russas, eu quase sempre andava em uma quando ia no parque.

Explicou ela sobre seu gosto por coisas levemente emocionantes como no caso dessas montanhas, mas naquele ponto o papo já ia transicionando, onde a caçadora passava uma outra ideia sobre a moça aprender sobre o piano, algo que realmente poderia fazer alguma diferença pra vida dela.

Acho que eu poderia, mas não sei se conseguiria desenvolver habilidade pra isso, digo, é algo de muita prática e dedicação não é? E foquei muito minhas habilidades onde estou.

Então a conversa toda parava quando eles chegaram ao Pet shop, afinal Komi foi direto nos gatinhos ficar com eles brincando de longe, enquanto o Jyu partiu para falar com a adestradora, ela parecia bastante feliz brincando com o doguinho. Logo ela atendeu-lhe dizendo.-Claro, podemos olhar os cães, que temos aqui, mas você falou que gostaria de ensinar alguns truques, você já sabe como lidar com animais?- Questionou ela sobre o interesse da moça no assunto, mas sabendo também que existia uma linha para poder conseguir controlar seu animalzinho e apenas ter ele.

Ela então ficava olhando para Espadachim, esperando uma resposta pertinente para o assunto e se a resposta fosse que não ela diria.-É importante saber conquistar seu bichinho, e claro, saber ensinar os truques também. Eu posso te ajudar com isso se quiser.- disse ela toda sorridente com a ideia, ela parecia amar mesmo o que fazia dentro do Pet shop, algo que faz muito sentido, estar trabalhando com animais fofos o dia todo não parece o tipo de trabalho estressante e comum do mundo.

No fim dessa sequência, então, ela começaria a falar um pouco do assunto para introduzir ele a moça sobre como interagir com eles.-A maioria dos animais domésticos, funciona com sistema de recompensas. E como se faz isso? Simples, você demonstra para eles comandos, e sempre que eles cumprirem isso corretamente você dá um petisco, ou faz carinho neles. Com isso eles vão assimilando as ações das recompensas e entendendo que aquele comportamento é o correto. Uma coisa muito importante é que não se deve punir a desobediência em si, ou o animal pode ter danos psicológicos, então você deve incentivar o comportamento positivo e com isso remover o interesse de comportamentos errados. - então naquele ponto ela mostrava ali uma caixinha de areia que era grandona, o local onde os cachorros faziam suas fezes ali.

Ela então ia começando a falar sobre o assunto mais uma vez, detalhando mais sobre isso.-Exemplo, animais demorar a aprender onde devem fazer suas fezes, a questão é, quando se proíbe eles ou bate por que eles fizeram no lugar errado, eles não compreendem exatamente o que aconteceu, eles entendem que, você não quer que eles façam as fezes, e não relaciona isso ao lugar, às vezes tendo problemas reais, por segurar as fezes e acabar adoecendo. Então como corrigir isso? Sempre que ele usar o lugar certo, o gratifique, faça uma festa por isso e isso o incentivará a agir de acordo.- era uma boa introdução de como conquistar o animal e também de como adestrar, o caminho do aprendizado que eles teriam agora era por conta da moça, começar a perguntar sobre o que ela mais gostaria de aprender.

Lyosha Bulgakov

O jovem rapaz começava a entender como realmente era sua parceira. Ela tinha muito mais do que apenas um rosto bonito, e naquele momento ele não deixou de expressar seus agradecimentos, que arrancaram um genuíno sorriso do rosto da moça, mesmo que ela não expressasse nada em palavras, era notável que gostou de ouvir isso. E quando pensava no novo barco, era uma tranquilidade que a tomava, ela tinha grande preocupação de terem que ir pro mar naquele barco antigo.

Afinal além de pouco espaçoso, ela notou o rangir do casco em alguns momentos, que indicava que ele tinha sido bem danificado ao longo da viagem.-isso é uma ótima notícia. Aquele outro barco ia afundar a gente a qualquer hora, notei isso no porto antes de sairmos. Admito que umas horas na viagem eu pensei? Eu até que vivi muito, mas podia ter tido uma vida melhor.- disse soltando um leve riso sobre o assunto, e era verdade, aquele barco não ia aguentar uma jornada muito longa.

E então eles voltavam as brincadeiras, onde depois de receber um beijo, ele simplesmente brincava com a informação, onde ela dava um soquinho de leve no braço dele no momento. Dando uma risadinha pela situação, afinal ela entendeu que era uma brincadeira, não levando pro lado pessoal, mas não deixou de dar aquele golpe nele. E foi assim que o lanche estava preparado, e tudo funcionava perfeitamente bem.

O papo fluía após eles começarem a lanchar, onde a questão pertinente sobre de onde vinham os dotes culinários surgiu.-Há, nem sempre quis trabalhar ali na taberna. Eu estudei pra abrir meu próprio restaurante tempos atrás. Eu queria fazer comidas exóticas, eu sempre fui uma boa caçadora. Meu pai me levava para a mata quando eu tinha 5 anos, aprendi a atirar com pistolas, arcos, espingardas. Todo tipo de coisa, e com isso eu quem fazia as carnes, e preparava tudo, eram boas jornadas.- disse ela explicando de onde veio essa paixão para com a ideia de cozinhar e até mesmo sonhar com ter um restaurante.

Isso provavelmente era uma informação completamente nova para Lyosha, saber de sonhos e aspirações antigas de alguém assim, às vezes podia dar uma perspectiva nova sobre a pessoa.-Infelizmente mesmo aprendendo muito eu nunca consegui a grana pra começar, sempre acontecia algo, juntava um grande montante, e alguém adoecia, as vezes a taverna quebrava, e ajudava nos concertos, por vezes precisávamos de dinheiro pra coisas simples e eu tentava não deixar na mão. Em principal por minha própria sobrevivência já que recebia dali- explicou ela quando se tratava desse assunto, fazia bastante sentido ela não ter saído de lá, é como aquela velha história, para ganhar dinheiro, tem de ter dinheiro, só assim se faz muito dinheiro, abrir um restaurante era caro, então nunca ter chegado lá era o mais comum a se pensar.

E então, chegou a hora de eles curtirem o teatro, eles caminhavam para o lugar, onde naquele momento o rapaz antes de sair havia colocado uma questão.-Estou pronta, me mostre o tratamento vip- falou em tom provocantemente sedutor, e logo os dois antes mesmo que percebessem estavam de frente ao lugar. Havia uma grande fila, pela qual a invisibilidade passou reto.

A garota se segurava para não rir, ela se sentia uma adolescente de novo, na época que ela fugia com seus namorados e entrava por uma porta dos fundos em algum lugar, pra ver shows, peças e similares. O que deixava ela bastante animada. Lyosha vendo a situação procurou a parte de cima, subindo as escadas onde ficavam as cabines organizadas de forma circular, era ali os camarotes.

Checando um a um na base do ouvido, ele demorou alguns minutinhos para chegar ao vazio, mas logo eles adentraram ao local, onde dali podiam ver o começo de uma apresentação de violinistas. Eram 4 homens que começavam a coordenadamente de maneira maestral, Alesya então dizia.-Violinos são encantadores não é? O som e a maestria de como o violinista se move, pra fazer a música acontecer.- disse ela sobre o que eles estavam observando naquele instante, aquele era apenas o Show de abertura da noite.



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Lyosha sentia-se genuinamente feliz, talvez mais feliz do que nunca. Antes de abandonar Pyatidrov sua vida tinha sido, na melhor das hipóteses, triste, fria e miserável, na verdade, parecia até que sua vida era um reflexo da forma que enxergava a ilha. Acreditava no fundo de seu coração, por mais que lutasse contra isso, ser uma criatura fraca, insuficiente e incapaz, que teve a maior parte de sua vida roubada por fazer parte de uma linhagem amaldiçoada e infeliz. Pensava ser indigno de receber amor, mas, no decorrer das últimas semanas tinha conhecido Mihaela, Jyundee e Alesya, com isso, podia dizer pela primeira vez que tinha amigas sem sentir receio e sendo completamente sincero consigo mesmo.

Um misto de emoções percorria o seu corpo enquanto invadia o teatro com sua parceira. Seu coração batia um pouco mais rápido e uma alegria juvenil surgia em seu ser, mas, ao mesmo tempo, sentia aquela tensão agradável quando cogitava a possibilidade deles serem descobertos, esse misto de sentimentos o deixava alegre, sorridente e animado. Apesar disso, até nesse momento agradável, sentia inveja. Mihaela tinha uma grande vontade de explorar o mundo, Alesya há pouco havia compartilhado sua ambição e Jyundee parecia ter uma boa vida capturando criminosos enquanto viajava pelo mundo, ao se comparar com elas, Lyosha se sentia vazio, sem sonhos ou objetivos.

A música costumava lavar a alma, agora não era diferente. A sinfonia executada com maestria pelos quatro músicos afastava esses pensamentos desagradáveis e a insegurança, fazendo-o aproveitar o momento e sua companhia novamente. A pergunta retórica de Alesya colocava um sorriso em seu rosto, não podia concordar mais, mas a afirmação também lhe trazia memórias de sua juventude, surpreendentemente memórias agradáveis dessa vez. Lembrou-se de Yelizaveta, a única irmã com que se dava bem, sem dúvidas amava-a, afinal, muito do que sabia hoje aprendeu com ela. - Sem dúvidas. A música expressa o que não pode ser colocado em palavras e o que não pode ficar em silêncio, o violino é a melhor ferramenta para fazer isso. - Violino realmente era o seu instrumento favorito, a gama de emoções que ele podia transmitir não se comparava a nenhum outro em sua opinião.

Subitamente, sentia-se culpado. Mihaela havia aceitado dividir seu destino com ele e Alesya havia revelado o seu sonho de ter um restaurante, em contrapartida, ele sentia que não releva nada de si mesmo para as duas. - Certa vez, quando eu era mais novo, conheci uma mulher que me disse que, sem música, a vida não valeria a pena. - Falava quase instintivamente, quando percebeu as palavras apenas estavam saindo de sua boca. - Ela era inteligente e gentil, foi ela que me fez começar a gostar de música e artes em geral. Sabe aquele tipo de pessoa encantadora? Do tipo que, quando canta, até os pássaros param para ouvir? Ela era assim. - Falava obviamente de sua irmã, mas ainda não sabia muito bem a razão de compartilhar isso com Alesya.

Apesar da dúvida, já tinha ido longe demais para parar de falar, já havia se exposto mais do que faria em situações normais. - Foi ela que me ensinou que a vida é muito parecida com música. No início você não sabe como vai acabar, no fim, você entende tudo, mas é no meio que a emoção acontece e faz tudo valer a pena. - Abriria um grande sorriso, sentindo seu coração ser aquecido por algum motivo.

Fitaria o rosto de Alesya, admirando-a por um momento, após isso, se levantaria da cadeira e ficaria em frente a ela, estendendo sua mão para a mesma. - Ela também disse que um dia em que não se dança ao menos uma vez é um dia completamente perdido. - Esperava que ela aceitasse o seu convite, se fosse o caso, colaria o corpo dela ao seu, segurando-a pela cintura, e guiaria-a em uma valsa de acordo com a música, aproveitando o pouco espaço extra que tinham por estarem em um camarote.

Se a mulher recusasse o convite, simplesmente sentaria-se novamente e sorriria para ela. - Você não sabe o que acabou de perder. - Declararia em bom tom, sem se ressentir do ato. Independente do rumo que a situação tomasse, aproveitaria o resto da peça com sua parceira. Assim que as cortinas se fechassem, sem encarar Alesya, diria. - Acho que você deveria saber de algo… - Sentia-se culpado por fazer a mulher compartilhar sua história com ele enquanto o mesmo escondia coisas dela. - Eu sou um criminoso, Mihaela também. - Revelar isso, mesmo sem ter certeza da reação que provocaria, tirava um grande peso de seus ombros.

Tentaria tranquilizá-la, afinal, a última coisa que desejava era que ela se sentisse ameaçada em sua presença. - Não existe motivo para que fique assustada, eu não sou um homicida em série ou um bárbaro cruel que machuca os outros apenas pelo prazer. Se o tempo que passamos juntos não for capaz de fazer você acreditar nisso, não há nada que eu possa fazer para provar o contrário. - Essa era uma verdade, ações sempre pesavam mais que meras palavras. Aceitaria a reação de Alesya, independentemente da natureza da mesma. Se ela fosse compreensiva e o aceitasse, ficaria grato, mas, se ela o julgasse por esse fato e o crucificasse, também aceitaria.  


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- Tehe! Não exatamente, não precisa de tanta prática assim se for tocar apenas por lazer - Eu poderia indagar isso com propriedade, afinal, levava minha própria prática com violão como algo por mero lazer, longe de qualquer presunção em me considerar uma profissional no assunto ou algo do tipo, afinal, o título dos melhores era dado àquele que mais passava tempo se dedicando à prática, mas isto não poderia excluir o fato de que alguém menos apto também era bom. Não me recaindo este poder de decisão dali, cortei por hora o assunto, quem sabe ela pudesse ponderar a flexibilidade noutro momento.

Não era uma pergunta tão complicada com fiz parecer, mas isso me quebrava um pouco, lidar com animais também não era bem o meu forte, desnecessariamente fiquei desconfortável, visando mascarar isso, posei de forma austera, cruzando os braços na frente do corpo e mirando o semblante profundamente nos olhos dela, tentando ignorar o desconforto de minha própria resposta - Se eu sei lidar com animais? Heh! Totalmente não - Não podendo ser mais honesta em minha vida, desviei o olhar, mas suas palavras me despertara o interesse, falando sobre ensinar o truque secreto, minha audição super aguçada captava, aos passos sutis e tímidos fiz-me mais próxima daquela, como uma criança tímida receosa em pegar um doce na festa - V-você confiaria a mim esse conhecimento?! -

- Em algum lugar na cabeça da Jyundee -

“Animais sempre foram símbolos importantes da natureza e mitologia local para o homem, independente de lugar pelo mundo, é fácil andar por qualquer nação que seja e topar com estórias ou significados em seus mais ocultos aspectos que remetem a essas criaturas, a proximidade destes com a natureza humana sempre foi um grande mistério e alvo de muitas superstições. Por muito, se acreditava em maldições aos quais vos ligavam a criaturas folclóricas, espíritos vingativos ou personificações imateriais, por muitas vezes metafóricas. Em determinado período da história, os homens deixaram de ser nômades e domesticar esses animais para subsistência se tornou um tópico relevante, dividindo então essa tarefa para dois diferentes grupos profissionais, sendo estes: agricultores e caçadores. As famílias de cada um guardavam seus conhecimentos passados e polidos através de anos de prática, embora pudesse parecer fácil, coordenar um rebanho era tão trabalhoso quanto o esforço braçal de um ferreiro para bater no ferro quente, afinal, exigia paciência acima de tudo. Para caça exigia uma ligação sobrenatural entre seu dono e o animal, onde cada qual desempenhava as próprias funções, colaborando por um bem mais que dizia muito sobre o instinto natural de sobrevivência que existe dentro de cada um de nós, se alimentar, esse elo sendo forte o bastante para nenhum dos dois considerar comer um ao outro, por mais apertada que fosse a fome. “

De volta à realidade, o flash me passava fazendo a breve reflexão sobre a Humanidade e seu vínculo com o natural, me fez pensar ser um domínio tão exclusivo e seleto para famílias, traduzindo a um conhecimento atemporal, tão importante e moldado quanto uma receita muito antiga e tradicional familiar ou uma arte marcial restrita a apenas um Dojo ou um Clã, uma técnica limitada a herança sanguínea.

Com a cuidadora me dizendo a teoria por trás parecia mais fácil de compreender, era um fato inusitado saber que eles entendiam as coisas de forma mais simples a princípio, embora eu já soubesse que de alguma forma, que a inteligência deles era subestimada até demais, afinal, eles também evoluem ao longo dos anos - Compreendo, agora que você falou, me lembrou um pouco dos caçadores de recompensa, o incentivo sempre vem de algum fator externo - Genuinamente, eu vinha de uma família onde muitos trabalham por um punhado de moedas, a lógica se equivalendo.

Doma e Adestramento eram coisas específicas que andavam lado a lado, uma complementando a outra tal como um guerreiro e sua espada, em tese, para mentes menos aprofundadas no assunto - sendo eu inclusa também nesta comparação, ambos termos não passavam de sinônimos, contudo, minuciosos fatos os diferenciavam. A doma se assemelhava a prática dos agricultores, ensinar comandos básicos ao animal ao passo que adquiria sua confiança, dizer a respeito de domar um animal fazia especialmente alusão a conseguir se conectar com o mesmo, tal como um homem coordena seu rebanho, ao domar suas ovelhas, ele consegue coordenar seus movimentos pelo pasto, fazê-las reconhecer que o espaço em que vivem harmonicamente compreende também ao espaço do homem.

Com adestramento temos os caçadores, exigindo uma ligação ainda maior com seus animais, neste caso, trabalha-se para haver não só mais comando específicos, mas também uma compreensão de ambas as metades para um objetivo maior, dizer sobre educação e disciplina, não se restringindo apenas ao animal, acima de tudo a lealdade, ao adestrar um animal se passa do ponto onde ele deixa de ser um mero ser qualquer dentre muitos outros para se tornar alguém de completa confiança, sendo ela bilateral.

Começo do Treino de Perícia Doma

Isto posto, antes de tudo, eu deveria ser capaz de adquirir a confiança do animal, estabelecer uma conexão e só então fortalecer. Assim que estivesse pronta, depois de uns tapas na bochecha e alguns exercícios de respiração para não ficar tão tensa ou eufórica na frente dos bichos. Seguiria até um aglomerado daqueles que estivesse pela loja, senão, apenas iria transitar até onde estavam separados, fosse por raça ou apenas diferença de idade, como já havia ponderado antes, estava ali para achar um companheiro, não necessariamente um animal de estimação específico, logo, raça ou idade sequer faziam diferença, de preferência um que viesse até mim de primeira.

- Certo Jyundee, sem risadinha - Me esforçava ao máximo para permanecer postada direito diante do cachorro, a reação mais natural ao ver um se jogar em seus braços era de corresponder sucumbindo aos carinhos e carícias seguidos de vozes finas e fofas, resistir a isso era como passar por um duro teste de resistência, como aqueles que se submete a soldados do mais alto escalão da marinha, provando-se apenas os mais fortes. Podia sentir meu coração apertar ao rejeitar aqueles impulsos, mas fiz o necessário para permanecer austera, cedendo apenas a acariciar o cachorro um pouquinho antes de começar “Huh! Se eu ceder à fofura dele não vou conseguir levar isso do jeito certo, tenho que manter a calma, se eu demonstrar fraqueza ele vai me atacar com essas patas fofas ou lambidas no rosto, FOCO JYUNDEE, você não irá sucumbir a ele!”

“T-talvez só me aproximar um pouquinho, para ele se assimilar com o meu cheiro…” iniciava com um movimento na defensiva, deixando que ele percorresse pelo meu corpo com aquela euforia balançando o rabo de lá à cá, fazendo cócegas com o ar que saia de seu nariz, a respiração rápida, já que ele podia sentir da grande distância um cheiro familiar. Assim que o primeiro contato estivesse feito, pegaria alguns petiscos para poder começar a trabalhar sua performance, como o intuito era ganhar sua confiança, era importante estabelecer que, ao dar petiscos a ele e incentivar algumas ações “sociáveis”, ele pudesse me reconhecer como alguém amigável.

Daria o primeiro aceno, utilizando o petisco para fazê-lo sentar, parabenizando com a recompensa quando o fizesse direito, caso falhasse, demonstraria eu mesma a posição desejável, parando para pensar, aquilo era um pouco constrangedor quando visto de fora - Geez, acho que estou passando vergonha - Meu rosto avermelhado ardia, o que só piorava a urgência de conseguir completar aquilo de uma vez, assim que ele estivesse sentado, depois de muitas tentativas e demonstrações que me matam de vergonha cada vez que eu tentava, partiríamos para o segundo passo.

- Certo, você entendeu o que é Sentar, sacou? Sentar, agora vamos para a parte mais importante… Dar a pata - Sim, eu planejava utilizar um cumprimento humano para simbolizar nossa união, o por que disso? Bem, talvez assim ele pudesse compreender que não só se sentar poderia lhe render uma recompensa, expandindo um pouco sua percepção do que era certo, afinal, a mulher havia me dito para parabenizá-lo pelos acertos, muitos podendo acontecer de forma espontânea. Pegando sua pata, colocando sob a palma de minha mão, fechando e então cumprimentando, repetia esse processo, inicialmente recompensando-o ao fim do movimento, funcionando assim como andar de bicicleta, primeiro as rodinhas, dando suporte ao movimento, depois você as tira, esperando que a criança encontra o próprio equilíbrio sem ajuda. Então o cachorro deveria entender que dar a pata por si só lhe resultaria em petisco, iria parabenizá-lo pelo ato assim que fosse feito - Isso, você conseguiu, parabéns! - Diria com uma voz fofa, sem ceder muito “Ara, estamos avançando em um ritmo muito bom, mas você não vai me enganar, sacana! Eu sei que você quer me fazer ceder à sua fofura, mas não ainda, heh!".

Por último, mas não menos importante, iria incentivá-lo a me seguir pelo local, inicialmente com auxílio da coleira, mas posteriormente tirando esta necessidade, o uso da coleira era dado claro ao fato dele compreender de que deveria me seguir, nunca a frente de mim, afinal, eu estava guiando, na maioria das vezes, o caminho. Fazendo-o parar quando eu parava, dando toques para suas possíveis distrações, seguir rastros ou cheiros fora do caminho eram como brinquedos brilhantes para uma criança em um parque de diversões, descobrir coisas novas era algo inato e natural não só dessas criaturas - sim eu tenho consciência de que também sou bem curiosa com coisas novas, mas nunca devemos nos deixar levar pelo impulso quando estamos com um objetivo linear em mente.

Fim do Aprendizado
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Jyundee Kujoh

Aquela ideia despertou o interesse de Jyu, que logo decidiu que deveria aprender aquela habilidade, afinal se ela queria um animal, iria ter de poder controlar ele, pela segurança do bichinho e pela saúde também. Então o treinamento começava, a mulher passava diversas dicas pra caçadora, ajudando em todo o processo e comentando onde haviam erros e acertos por parte dela, esse era o propósito do ensino e aprendizado, feito todo na prática ali.

O cachorrinho demorava a obedecer algumas vezes, mas era impossível culpar ele, era um bicho tão fofo, ele tinha uma carinha feliz colocando a linguinha pra fora bastante animado, ele dava até uma lambida na mão da espadachim. Era realmente contagiante estar com os animais, a vontade de aprender e ter parceria com eles era praticamente inevitável. Mas por hora o tempo de aprendizado não havia sido concluído.

Então a mulher deixou ele uns segundinhos com o doguinho, então, trazendo alguns petiscos e dando para Jyu, para que ela pudesse finalizar suas ideias do que aprender naquele momento. Era o instrumento de aprendizado.-Aqui estão mais alguns petiscos, quero praticar adestramento, com isso você vai tentar ensinar alguns truques mais complexos. Vamos começar por fazer ele cumprir o circuito ali.- então pegava a coleira pra o doguinho, e levava ele para um playground.

Havia ali um aro para saltar por dentro, uma pista para desfilar, um escorregador para que eles descessem, e também, uma pista de obstáculos, para que os cachorros pulassem por cima. Era nesse momento que ela voltava a explicar.-Bem, quero que ensine ele a fazer o percurso, use os petiscos quando ele cumprir cada parte, e tente ir aos poucos adestrando ele para seguir comandos mais difíceis, através do incentivo.- era isso que era levantado por ela com um sorriso no rosto inclusive, ela parecia se divertir pra caramba podendo estar ensinando a caçadora, era notável pelo olhar tranquilo e a fala empolgada..

O bichinho estava olhando para a pista de obstáculos, ele estava cheirando o obstáculo em si. Ele parecia interessado no local, provavelmente ele nunca tinha vindo até o playground como aquele ali. Entretanto, agora vai ser o seu primeiro desafio como treinamento aprender a seguir esses comandos.-Ao ensinar comandos, quanto mais complexo for o comando, mais difícil será que ele seja executado com maestria, no começo o animal vai estar aprendendo então ele pode ficar confuso, por isso vai ser preciso demonstrar pra ele algumas vezes, fazendo ele subir ou pular.- complementou ela antes do início do treinamento.

Lyosha Bulgakov

A noite no camarote continuava e Lyosha tinha todo seu gelo quebrado, onde ele começou a se abrir para a cozinheira. Naquele momento Alesya ouvia atentamente aquele relato, onde ela não podia deixar de complementar o que estava sendo dito sobre musica.-Sou fascinada por a ideia desde criança, mas nunca tirei um tempo para aprender, mas sempre gostei de escutar grandes nomes, ir a shows e apreciar.- mas ouvindo ele ela notava que a relação daquele rapaz era muito mais profunda com a música do que a dela.

Parecia uma grande paixão, e aquilo ficava ainda mais claro quando ele lhe explicava, muitas palavras vinham de uma pessoa que marcou sua vida, ela entendia bem isso, algumas pessoas passam nas nossas vidas e brilham como estrelas bem no centro do nosso sistema. Elas mudam nosso mundo, pensamento, o jeito com o qual enxergamos tudo.

Somos fonte de nossa própria experiência sensorial, mas aqueles que nos fascinam, nos constroem tanto quanto nós mesmos. E é por isso que essas experiências ficam como marcas, impressas nos pensamentos, e carregamos um pouco dessas pessoas conosco. Aquilo emocionava ela momentaneamente, fazendo ela lembrar de muitas coisas de sua vida, mas o que podia dizer naquela hora sobre o assunto era.-Ela deve ter sido fascinante, parece realmente uma mulher incrível.-Ela pensou em perguntar o que havia acontecido, mas não sabia se era algo que poderia tirar ele do chão, e talvez o magoar. Sua curiosidade não era tão importante quanto viver aquele momento.

E com o convite para dançar ela podia esquecer aquilo por um tempo, e aproveitar, então quando ela era conduzida, ela colocava as mãos sobre os ombros do rapaz, e eventualmente ia ajustando sua postura. Ela claramente nunca havia dançado antes, já que ia tentando se encontrar em meio aos passos, mas não parecia se sentir envergonhada por não saber, ela sentia um grande conforto por estar com o pirata.-Você é bom garotão. Sabe o que está fazendo, já eu estou um pouco perdida não é? kikiki- acabou dando uma risadinha baixa depois de expor a ideia, ainda dançando ao lado dele.

Então depois da boa dança, os dois acabavam assistindo até o final daquela peça, era uma peça interessante. O tema era conveniente com o que viria depois, mas naquele instante, eles assistiam ao cavaleiro mascarado que cavalgava pelos arredores do povoado de Malquer. Ele salvava as donzelas dos bandidos, roubava dos poderosos, não sentia medo ante a pressão do mundo a sua volta.

E durante o dia um homem comum, de terno e gravata, rico, bem de vida, e capaz. Ele usava um florete como sua arma principal, tendo habilidades de esgrima excepcionais, mas no fundo apesar dos salvamentos e lutas encenadas, era uma historia de amor, entre ele, Don Alejandro De La Vega, um rico forasteiro que se mudou para o povoado, e a belíssima moça loira, filha de um grande magnata e inimigo pessoal do herói mascarado., referenciada como Mary Von Ouchenfurt. A moça era uma mulher classuda, independente e curiosa com o mundo desconhecido, buscando as respostas que não podia ter.

O final era aberto, provavelmente haviam continuações, deixava o momento exato em que Mary está prestes a tirar a máscara de seu Herói, as cortinas se fechavam, onde Alesya não podia deixar de comentar.-Eu adorei, que história intrigante não acha?- e naquele momento ela via o rapaz lhe fitando e olhava bem no fundo dos seus olhos, enquanto ouvia o que ele tinha para falar. Ao ouvir aquilo, parecia surpresa, mas não era exatamente com o fato de ele ser um criminoso.

Ela tinha descoberto isso há algum tempo atrás, mas com a honestidade dele de contar aquilo, mesmo podendo talvez afastar ela de alguma forma, ela apreciava aquilo de muitas maneiras. Então um sorriso se formou enquanto as palavras começavam a sair dela.-Eu meio que vi seu cartaz quando saí pra fazer compras, um homem de sobretudo me abordou, questionando se eu tinha te visto, ele não era marinheiro mas talvez algum caçador. Fiquei aliviada quando te vi na casam até comprei isso aqui.- ela levantou o vestido exibindo suas belas coxas, que estavam realmente belas, e bem sedosas, pareciam macias, do tipo que dá até vontade de morder.

Mas o que ela estava mostrando na verdade era uma arma de fogo, um revólver, preso num tipo de cinto na coxa, era bem discreto e não aparecia no vestido, pela localização.-Não se preocupe, eu disse: “Jamais vi tal homem em minha vida, eu lembraria de um rosto tão marcante, e um estilo refinado assim”- disse ela se aproximando falando isso de forma provocativa para com ele, e naquele momento ela sabia que talvez devesse ter confrontado ele.

Então ela voltava a falar terminando sua explicação, até para deixar claro.-Nunca pensei que fosse um assassino sanguinário, você tem mais cara de “Colarinho branco” coisas como estelionato, fraude fiscal, era o que eu imaginaria você fazendo. Mas o homem me alertou que assaltou uma mansão e roubou aquele barco.- disse sem demonstrar medo algum na voz, parecia que estava disposta a relevar tudo isso, de modo que não tinha mudado em nada sua postura, e na verdade o que a preocupava era a caçadora no barco, até porque, se ela achou aquele cartaz, não seria difícil Jyu acabar encontrando um homem com eles.

Mas não expressou essa preocupação, e logo ela se preparou para voltar a comentar.-Mas sempre suspeitei que o barco não fazia muito seu estilo, inicialmente pensei que era de Mihaela ou da Jyu, mas ela em algum momento falou ser seu. Então cheguei a conclusão de que você provavelmente teria uma mobília bem diferente kikiki - ela então passou as duas mãos por trás do pescoço do rapaz, com calma deixando o rosto bem perto do dele onde ele podia quase sentir os lábios se tocando.

Os olhos dela ficavam bem de frente aos dele, enquanto por fim ela complementava.-Eu não me importaria de sermos Bonnie e Clyde dos mares. Mas sem qualquer parte trágica da história é claro, podemos excluir essa parte.- complementou em tom Jokoso para finalizar aquela historia, ela tinha mais a falar, mas primeiro queria ver o que ele iria questionar, ela tinha algumas coisas a explicar, mas primeiro queria ouvir o dito rapaz.



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Jurei-me manter aquele tal foco, perdida no pouco que sabia dos seus ataques, de defesas compostas e contra ataques me fiz pronta para o que pudesse vir, mas sua estocada me viera de surpresa, efetuando seu golpe mais mortal até então a tal “Carinha fofa com linguinha pra fora”. Decerto me acertava em cheio no estômago, revirando as entranhas sugando meu ar, era quase impossível de manter a postura e o semblante deste jeito, mas fui forte e esperei apreensiva que conseguiria tomar as rédeas do combate dali em diante, mas seu subsequente fora o estopim de meus limites, “Lambida na mão” fora o derradeiro, quebrando por vez toda minha guarda, cai ao solo, com o rosto corado e o olhar distante, mas acreditando que estava completamente derrotada, ainda segurando a criaturinha em minhas mãos “Ahhhhh, n-não pode ser, ele conseguiu me derrubar com apenas dois golpes? Dois golpes! Sempre soube que não seria párea, é muita fofura, estou derrotada” Sucumbia então a meu algoz, tomando-lhe ao colo, fazendo carinho em sua barriga e pressionando-o contra meu corpo para um abraço.

- Own você é a coisinha mais fofa cuti cuti - Sorria toda boiolinha, mas ao abrir os olhos percebia o possível erro que cometi, quem quer que estivesse olhando daria uma encarada com o rosto fechado, tratando de tirar logo aquele sorriso bobo do rosto e voltar a ficar séria “Canalha me pegou de guarda baixa, eu não imaginei que ele fosse ser tão fofo e lamber a minha mão, mas dessa vez eu vou estar preparada, huh! Não vou cair mais nessa.”

Começo do Treino de Perícia Adestramento

Voltada a atenção para a instrutora, compreendia a necessidade da nova parte do treinamento, embora em minha cabeça toda aquela parte fosse ter um desenvolvimento diferente, ao adestramento, sua ideia não deixou de ser boa, na verdade, apenas seria um passo anterior adicional ao qual eu planejava fazer, incentivar o animal a passar pelos obstáculos não seria uma tarefa fácil, mas para incentivá-lo a conhecer um pouco mais do ambiente, deixei que por um instante ele fizesse o reconhecimento, assimilando os objetos pelo seu cheiro, familiarizando-se com o ambiente já que passaríamos algum tempo.

Acompanhá-lo seria uma forma de demonstrar e validar a segurança do local, afinal, ele precisava ser corajoso para investigar a seu próprio modo, mas conhecer muito do mundo também vinha com o acompanhamento inicial, antes de ser jogado a povo, somos inicialmente apresentados a ele, sem muita cerimônia, tomei-o pela coleira “Ficarei de olhos bem atentos ao senhor dessa vez! Não deixarei essa língua me deixe desguarnecida outra vez” Passava pelos obstáculos, os quais fosse possível caber o meu corpo, exemplificando os movimentos que ele deveria fazer, até mesmo aqueles que precisavam pular por cima de alguma coisa ou passar fazendo zigue-zague pelos cones.

Posteriormente, o treinamento passaria por algumas sessões individuais, mas completamente desacompanhadas, assim, trilhando o caminho com alguns petiscos que pudessem ir guiando-o para completar trechos do circuito, repetindo algumas vezes até que ele o fizesse sem incentivo da comida. Inicialmente subir algumas plataformas, outras vezes passando por dentro dos obstáculos e assim por diante, nesse ponto, era importante fazê-lo assimilar e arraigar em sua mente o processo de memória, bem como incentivar seus instintos a agirem naturalmente, descobrindo por si só como passar de certos problemas sem ajuda. Superar alguns medos seriam necessários, assim, estaria disposta a acompanhá-lo sempre que possível, retornando à estaca zero caso ele tivesse dificuldades a subir ou descer alturas aparentemente assustadoras.

“Como meu último treinamento, receba então a tarefa mais complexa que consegui bolar para você criatura, sua fofura não vai te safar dessa, heh!” Até aquele momento, imagino que o cachorro já tenha tido familiaridade em assimilar-se com o cheiro do petisco, isto sendo óbvio já que poderia ficar gordo do tanto que já comeu! Mas voltando ao fio da meada, assimilar o cheiro de algo era importante, ensinar isso para ele seria conveniente para uma ajuda com buscas, sendo assim, meu primeiro modo de fazê-lo praticar essa memória começava com um simples exercício front to front! Coloquei o petisco em uma das mãos, mostrando claramente a ele, depois trocava repetidamente o petisco entre as mãos nas costas, dando a chance de tentar adivinhar qual era a mão correta.

Depois do primeiro passo, seguiria para o segundo e mais complexo, mas não tão diferente do circuito, agora sabendo que ele tinha farejando tudo ao redor e conhecia bem o local, eu esconderia alguns petiscos aleatoriamente pelo lugar, esperando que ele pudesse seguir os rastros, ou então, o acompanharia pelo lugar, ocasionalmente vez ou outra passando perto dos lugares onde escondi o alimento, vendo se de alguma forma ele conseguia captar o que estava escondido. A dificuldade poderia variar, desde diminuindo o tamanho dos prêmios até escondê-los atrás de coisas mais densas que não permitiam tanto assim a dissipação do odor, mas com o tempo, caso ele melhorasse, iria dificultando ainda mais, ao ponto de incentivar isto com coisas que não simplesmente do interesse dele, pegando alguns brinquedos ou instrumentos usados por outros cachorros do petshop, já que tinham um odor forte de outro animal.

Por último, seu objetivo era fazer isso sem um acompanhamento, como sempre, era bom vê-lo fazendo as coisas e decidindo o melhor caminho por conta própria, provavelmente, nesse instante eu estaria também colocando os objetos escondidos em alguns pontos do circuito, obrigando-o a passar pelos obstáculos do caminho enquanto procurava, exercitando dois tipos de tarefas ao mesmo tempo. Forcei-me para não ficar tão orgulhosa a ponto de deixar escapar uma lágrima ou coisa do tipo, mas ficaria animada sempre que ele conseguisse concluir uma parte do treinamento, sempre me lembrando de não ceder demais a corda.

Fim do Aprendizado
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Dom Mar 27, 2022 3:25 am
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Ao perceber a imagem que passou para Alesya ao comentar sobre sua irmã, abriu um sorriso brando, em seguida, endossou a declaração de sua companheira. - Ela realmente era, ainda deve ser na verdade. - Achava que compartilhar qualquer coisa sobre seu passado seria uma experiência dolorosa, mas sentia-se muito mais leve e bem menos culpado ao ser mais transparente. Alegrava-se quando a mulher aceitava seu convite e conduzia-a com delicadeza e cuidado pelo espaço que tinham. Se alegrava ao perceber que sua companheira sentia-se confortável naquele momento e exibiu um largo sorriso ao escutar sua declaração. - Eu tento dar o meu melhor. Todos nós estamos perdidos, quase sempre na verdade, mas o importante é ser confiante e não deixar que os outros percebam isso. - Encarava sua parceira com ternura antes de completar o raciocínio. - Isso serve para dança e para todo o resto. - Tomaria mais cuidado após isso, fazendo movimentos mais fáceis e não exigindo muito da mulher.

A peça o surpreendia positivamente, não esperava se deparar com uma trama tão vívida, verossímil e refinada por pura sorte. Adorava enredos sem heróis ou vilões caricatos e maniqueístas, apreciava apenas personagens humanos e bens construídos, dotados de vícios e virtudes, guiados por suas crenças e paixões, e a apresentação não tinha falhado em lhe entregar isso. Se identificava com Don Alejandro De La Vega, protagonista da peça, mas não sabia se isso era uma verdade ou apenas o mérito de um roteiro muito bem escrito que conseguia colocar o espectador no lugar de seu principal personagem. - Com certeza, eu assistiria uma continuação facilmente. É muito melhor do que eu esperava, foi um achado. - Concordaria com Alesya ao fim da apresentação.

Após sua confissão, ficaria apreensivo, mais do que em qualquer outro momento que conseguia se lembrar. Já tinha sentido angústia durante o calor da batalha, enquanto sua sobrevivência era incerta, tinha conhecido a agonia em treinamentos que teve de suportar, que mais pareciam torturas, mas, mesmo assim, nunca se sentiu tão vulnerável e exposto quanto naquele momento. As palavras que Alesya poderia utilizar e as reações que poderia exibir tinham peso e uma grande importância, o suficiente para fazer com que Lyosha ficasse tenso e receoso, nunca havia se sentido assim antes por conta de meras palavras.

Aceitava o seu julgamento calado, enquanto suas emoções variavam de acordo com as palavras e ações da mulher. Quando a mulher revelou que havia visto o cartaz, Lyosha sentiu ansiedade, por não saber a opinião dela sobre isso, e raiva, pelo fato dela ter visto a imagem impressa no cartaz, que não lhe favorecia nem um pouco. Já havia se comprometido, de forma que não fez questão de tentar mascarar os sentimentos ou pensamentos que tomavam conta de seu ser. Quando ela revelou sua coxa, sentiu desejo, quando viu a arma, medo e quando escutou sobre o rosto marcante e o estilo refinado não pôde deixar de esboçar um sorriso. Ao saber que Alesya tinha ciência de seus pecados e, mesmo assim, não o temia, o que era claro pelo seu comportamento, sentia um alívio sem igual que era capaz de confortar sua alma. Por fim, os comentários sobre a mobília também eram completamente pertinentes e notar que sua companheira era sagaz o suficiente para perceber isso colocava mais um sorriso em seu rosto.    
 
Havia permanecido calado até aquele momento, simplesmente aceitando tudo que havia sido despejado sobre ele, felizmente, ao fim, sentia-se alegre com o que resultava de seu momento de vulnerabilidade. Aproveitaria a proximidade entre seus rostos e encostaria seus lábios nos dela, não de forma lasciva e luxuriosa, mas com ternura. Permaneceria assim por alguns segundos, para que o momento cristalizasse em sua memória, em sequência, afastaria seu rosto para encará-la bem. - Meu cartaz é horrível, não é? Aquele ângulo não me favoreceu nem um pouco. - Apesar de ser uma verdade, falava aquilo mais para quebrar a tensão do momento e tornar a situação mais leve. - A decoração do navio realmente era horrível, fico feliz que você tenha bom gosto, ainda bem que nós nos livramos dele. - Não podia deixar de esboçar um riso após a declaração, até parecia que não estava atormentado instantes atrás.

Levaria sua mão esquerda até o rosto de Alesya, fazendo a ponta de seus dedos alcançarem a nuca da mulher enquanto seu polegar acariciava a base do rosto dela. - Honestamente, eu odiaria replicar essa história com você. - Antes que a mulher pudesse tomar qualquer conclusão precipitada, se apressaria para deixar seu ponto claro. - Seria deprimente se nossa história fosse apenas a cópia de algo do passado não? Não posso falar por você, mas eu com certeza prefiro os originais. - Exibiria um longo sorriso, sem esconder sua animação com a ideia. - Não lhe parece muito mais interessante que, daqui a uns vinte anos, uma bela moça escute de um rapaz charmoso, elegante, galanteador, encantor, refinado, deslumbrante, glamuroso… - Alargaria o seu sorriso após fazer essa provocação, não desejando mais se prolongar. - Acho que você já entendeu o meu ponto, vou poupar seus ouvidos. - Declarava de forma descontraída antes de voltar ao seu raciocínio. - Retomando a ideia, esse jovem dizer para essa moça que quer viver uma grande história de amor, como a de Alesya e Lyosha, por mero exemplo, não lhe parece muito mais interessante? - Aos seus olhos, não existia nenhuma dúvida quanto a isso.

Apesar das palavras serem bonitas, sabia que a realidade era cruel e não tinha nenhuma intenção de deixar sua companheira tomar decisões sobre o rumo de sua vida partindo de falsas premissas. - Eu seria muito feliz com você ao meu lado, tão feliz que não conseguiria ser capaz de descrever com palavras. - Suspiraria fundo, já que se sentia na obrigação de mostrar o outro lado da moeda. - Mas eu não seria feliz se você não soubesse o que essa escolha significa. Eu não sou um homem perverso, mas fiz atos atrozes e impiedosos, repetidas vezes ao longo da minha vida, fui ensinado a ser assim. Não me arrependo, sei os pesos dos meus pecados, conheço os meus demônios, acordo e durmo com eles. - Daria outro sorriso, dessa vez regado de melancolia.

Sutilmente, mas não de forma furtiva, levaria sua mão livre até a arma que Alesya havia lhe mostrado anteriormente, procurando sacar a arma de fogo e mostrá-la para a mulher. Não completaria o movimento caso notasse um desconforto ou apreensão por parte dela. - Embora eu seja apenas um homem, dirão que eu sou um monstro, um assassino, um ladrão, o próprio diabo encarnado. - Colocaria a arma nas mãos da mulher, de forma que o cano estivesse apontado para ele, em sequência, abriria um sorriso malicioso. - E, sinceramente, não sei se eles estarão errados quando disserem isso. - Daria de ombros, sinalizando a veracidade da ignorância com sua linguagem corporal.

Com isso exposto, bastava apenas saber se a mulher realmente desejava percorrer esse mesmo caminho. - A grande questão é a seguinte: você não se arrependeria se o mesmo acontecesse com você? - Esperava uma resposta sincera de sua parceira, ao final, se recebesse uma confirmação, abriria um largo sorriso de puro êxtase. - Ainda bem, afinal, até os monstros precisam cuidar um dos outros de vez em quando. - Fitaria os olhos dela, com um ar desafiador e arrogante em seu semblante. - Além disso, nosso restaurante não vai se construir sozinho e eu não planejo passar a próxima década com uma enxada em mãos para conseguir sobreviver. - Levaria uma das mãos até o rosto em uma expressão fingida de pesar, como se houvesse acabado de cometer um erro. - Digo, seu restaurante, garanto que sou melhor como cliente que como funcionário. - Era uma informação irrefutável, ver o espadachim realizando qualquer trabalho manual era tão natural quanto ver um gato no canil.    



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