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Nome da cobaia:REDIGIDO
Data:▋▋/▋▋/▋▋▋▋
Observações inicias: Cobaia 174 pode ser considerada como mais um caso de sucesso. O programa de reabilitação efetuado pós captura se mostrou bastante efetivo, visto que logo aos 6 anos de idade, ele se mostrou obediente e pronto para servir. Apesar de não ser indisciplinado, há sinais de rebeldia. Não está claro a causa, mas os cuidadores teorizam que essas complicações se dão por conta de fragmentos de memórias que o assombram após a execução do programa, consequentemente o levando a ressentir a perda de seus familiares e levantar questões sobre seu passado. A pesquisadora chefe acredita que se o alocarmos a um grupo com uma configuração parecida com a de sua familia anterior, essas questões desaparecerão.

Data:▋▋/▋▋/▋▋▋▋

Observações: O plano de emular uma família para a cobaia 174 se provou frutifero. A principio, ele se mostrou relutante, mas antes que os outros pesquisadores pudessem se dar conta, ele acabou criando um vinculo com a cobaia 32. Semanas após esse contato inicial, 174 demonstrou indicios de extrema admiração, e a cobaia 32 demonstrou níveis de aceitação bem acima do esperado. Foi observado que ambos já foram flagrados em rituais paternos, e a cobaia 32 já foi advertida em múltiplas ocasiões por se reunir com 174 após o toque de recolher para "contar histórias". Outros pesquisadores também reportaram que o 174 desenvolveu uma crença por superstições, semelhante ao seu mentor, e um habíto de mentir com frequência. A pesquisadora líder tem esperanças de que isso não atrapalhe em suas futura missões, mas não podemos fazer nada sobre isso, já que a outra alternativa é separar-los e reeducar-lo. O que não seria tão problemático, se não fosse pelo fato de seu décimo sexto aniversário ter trazido uma espécie de "despertar" no garoto. 174 tem se mostrado extremamente engenhoso e carismático, gerando vínculos com quase todas as cobaias acolhidas pela instituição, de numero 878 em diante. Acredito que não preciso elaborar como isso é uma fórmula para um futuro Coup ou algo pior.

Daqui a dois anos, 174 finalmente terá maior idade e seu treinamento estará completo. Pessoalmente, estou animada para ver que tipo de agente ele irá se tornar. Suspeito que a cobaia 32 terá grandes influências sobre esse aspecto também, mas novamente, nada pode ser feito.

Data:▋▋/▋▋/▋▋▋▋

Observações: Como esperado, a forma que ele atua em campo fora afetada bastante pelas influências do agora agente 32. O agente 174, inpirado pelo seu mentor e figura parterna, iniciou um movimento dentro da instituição onde múltiplos agentes assumiram a o papel de uma entidade chamada "Mr.Joy". Suspeita-se que isso tudo foi ideia do 32, o "Mr.joy original". A burocracia que surgiu por conta dessa brincadeira não tá no gibi, além disso tudo, 174 começou a se disfarçar, vestindo muita maquiagem e apetrechos por debaixo daquela fantasia que já oculta a identidade de todos eles. Por de repente surgir uma onda de sujeitos mascarados por todos os lados com um codenome que liga todos eles, o governo mundial anunciou uma recompensa de 50.000 pela captura dos capangas e uma de 50.000.000 para o cabeça. Eu já ouvi tanto dos meus superiores que estou completamente tonta, e pra piorar isso tudo, o alcance dele chegou até a administração, então ele tem suporte para todas essas extravagancias. Eu tenho que lidar com isso tudo e ainda por cima eu tenho que reportar a morte do agente 32 para ele. Para líder de pesquisa, me perdoe por usar esse relatório como um espaço pra desabafo, mas eu preciso disso. Espero que isso não leve todo meu trabalho com ele pro fundo do poço.

Data:▋▋/▋▋/▋▋▋▋
Observações Finais:Já fazem 5 anos desde que o agente 174 não retorna para o QG. Ele apenas reportou que não retornaria até descobrir a verdade por trás da morte do agente 32. O nome Mr.Joy continua crescendo por aqui, como se fosse um vírus, e tudo graças a ele. Apesar de tudo, os superiores apenas anunciaram que eu não seria mais responsavél pelo agente 174, então este será meu último relatório. Da forma que isso foi anunciado, parecia até que esse era o plano o tempo todo, mas de qualquer forma, eu sei que o 174 sabe se cuidar melhor que ninguém, mas se algum dia ele retornar e ler isto, saiba que eu sempre estive rezando pelo seu sucesso.

Miyuki nunca chegou a exatamente conhecer os seus pais, alguns de seus primeiros anos de vida foram em um orfanato. Certo dia, um homem chamado Hans Kinderheim fez uma ação inusitada ao adotar várias crianças, incluindo Miyuki, para que pudessem morar consigo em sua mansão. Por conta de sua fortuna a vida de todos pode ser mais tranquilamente e Miyuki pode aprender pintura e estudar história com os melhores professores que o dinheiro poderia pagar.

Mas as reais intenções daquele homem não era a caridade ou a bondade de criar muitos filhos com as boas condições que possuía. O seu verdadeiro desejo era a criação de subordinados “perfeitos” que pudessem servi-lo sem questionar seus métodos ou ações. Hans Kinderheim na verdade era um proeminente mafioso que havia construído um império no ramo da agiotagem, tendo grande relevância ele obviamente precisava ter as pessoas mais confiáveis ao seu redor para não ser traído.

Sentimentos eram fraqueza, aquelas crianças a partir daquele momento precisavam abandonar tudo para poder alcançar a perfeição. Eles eram colocados em testes intensos onde até mesmo corriam risco de vida, aqueles que não aguentavam acabaram por ser descartados. Miyuki esteve ali, resistindo, as suas principais forças eram a sua determinação e o desejo de sair dali algum dia, por isso nunca deixou totalmente de lado os seus sentimentos.

Porém, para fugir daquela mansão seria preciso mais do que o desejo, ações concretas seriam necessárias para que ela conseguisse. Nesse mesmo período Miyuki conheceu Shunsuke, um garoto que já estava ali a mais tempo e que também planejava uma maneira de sair daquele lugar. As tentativas de fuga renderam punições, o que fez a relação de ambos se estreitar ainda mais como verdadeiros irmãos. Os momentos que passavam juntos era um escape para Miyuki, que já demonstrava dificuldades em se expressar da melhor maneira e assim causava alguns mal-entendidos.

Adolescentes obviamente não poderiam elaborar um plano extremamente detalhado, então a solução seria apelar para o caos. A ideia era fazer com que aquela mansão se tornasse um pandemônio, mas essa inicialmente não seria uma missão fácil. Naquela altura, a maioria dos outros residentes do lugar já estavam totalmente absorvidos pelos ensinamentos de Hans. Mas, ainda havia alguns que como eles resistiam silenciosamente ansiando por um dia conseguirem se libertar daquilo. Shunsuke era habilidoso com as palavras e conseguiu reunir os dissidentes para a causa, eles iriam arriscar tudo para conseguir fugir.

O dia da fuga começou como qualquer outro na mansão, mas o plano não tardava em iniciar para abalar toda e qualquer tranquilidade. Uma faísca, um desentendimento entre alguns e logo as coisas começaram a se tornar insustentáveis. Tudo caminhava bem para um desfecho positivo para Miyuki e Shunsuke, entretanto, a maré começava a virar a favor do Kinderheim.  Os capangas que pareciam não conseguir controlar aquilo passaram a assumir o comando da situação e aos poucos a chama ocasionada por aquela faísca começava a se apagar.

Mas para quem já tinha chegado até aquele momento, desistir certamente não era uma opção, então os garotos passaram a procurar por maneiras de sair da mansão. Contudo, nem todos poderiam fugir dali e alguns precisariam se sacrificar para que os outros conseguissem. Essa não era a ideia preferida de Miyuki, mas eles foram forçados a tomar tal decisão para que o plano não fosse em vão e todos fossem recapturados pelos homens de Hans Kinderheim.

Miyuki voltava a experimentar a liberdade, sobreviver aquilo tudo parecia ser um sonho e levou algum tempo para que ela pudesse digerir toda a situação. A garota havia se tornado um espírito sobrevivente e decidiu que iria aproveitar o máximo que conseguisse da chance que os outros haviam lhe dado. Eles ainda não estavam totalmente libertos, afinal ela ainda não tinha se libertado totalmente de seus captores. Shunsuke permaneceu consigo, os dois conseguiram fugir também da ilha onde estavam e passaram os anos seguintes trabalhando para obter algum dinheiro. A jornada de ambos verdadeiramente se iniciaria anos mais tarde quando Miyuki completou 19 anos, o primeiro destino seria Rubeck.

Ato I — “O nascimento do primogênito”

Mesmo sendo uma menina, Zavala desde que nascera foi tratada como o primogênito único de sua família, o que no futuro se provou correto, em seu nascimento não houve um acontecimento espetacular, nem nada do gênero, a lua estava no alto brilhante, o vento batendo na choupana, seu nascimento foi assim, simples como a de qualquer outra pessoa.

Sua infância em seu início foi um pouco cansativo e duro, pois ela foi ensinada a ser melhor que as outras crianças em tudo que fosse possível, ser a primeira nos estudos, ser a melhor comunicadora, a que combate melhor, tudo nela parecia soar como perfeição, mas a jovem é apenas um vaso que foi criado e moldado conforme a vontades de outros, e não dela mesma.

Tendo sempre seu treinamento em vista, Engel conseguiu descobrir seus pontos fortes, sua velocidade era muito acima da média para sua idade, o que perdurou no futuro, sua voz, seus maneirismos, a eloquência com que ela falava também eram notáveis, o que a deixou sendo uma das meninas mais populares de sua região.

Infelizmente nem tudo são flores, e a partir de seu crescimento ela aprenderia do pior jeito, que ela não teria desejos próprios, ou vontades próprias, o que afetaria seu futuro de uma maneira desastrosa.

O primeiro acontecimento que mudara como ela age, é a primeira honraria e única que era necessária para transformar a Engel em uma pessoa completamente diferente com o tempo.

O broche com o símbolo do clã que está na família a gerações foi uma honraria recebida em uma cerimônia séria, e que contou com todos os anciões da família, mesmo não sendo uma família tão famosa, eles ainda cultivam o cerne das cerimônias.

Ato II — “A máquina”

Sua adolescência foi apenas uma sequência direta de como sua infância funcionou, o que mudou foram seus pais fomentando ideias radicais em sua cabeça, o que lhe trazia alguns transtornos fortes.

A pressão de ter de ser perfeita o tempo todo apenas serviu para a adolescente crescer com alguns traumas pesados, que começou desde cedo a descontar nos meios que encontrou pelo caminho.

Com pouca idade ela criou uma compulsão alimentar para desfazer de sua ansiedade o melhor possível, assim literalmente “tapando o buraco com comida” o que se provou um trauma que não seria controlado nunca, se tornando parte do que compõe o ser “Zavala”.

Outra compulsão criada graças ao nervosismo foi o seu vício em cigarros, o que era uma das maneiras de sua ansiedade passar, quando criança ela teve contato, e desde então nunca mais parou, alguns dizem que ela vai se arrepender de fumar tanto, mas ela nem liga mais.

Mesmo sendo mais madura, hoje em dia o vício não saiu, e mesmo não estando tão ansiosa como antes, o vício virou uma característica que todos a conhecem por, alguns até mesmo dizem, “Onde tem fumaça tem Engel”.

Além dos vícios se criou também dentro de Engel a raiva contra os revolucionários, como se eles fossem a causa de todos os seus problemas, um ódio cego e sem motivos cultivado pelos seus pais desde cedo e que não terá fim até ser concluído.

E por último, o desejo maior que seus pais sempre fomentaram na vida de Zavala é o sonho dela se tornar Gorosei, um dos líderes do mundo conhecido, esse desejo nunca passaria perto do coração da menina se não fosse seus pais, agora ela não descansará e tomará todas as medidas possíveis para se tornar a pessoa mais forte e poderosa nos mares.

Ato III — “A agente”

Tudo se inicia a partir do momento em que Zavala ingressa como um membro operacional dos agentes.

Kraus nasceu no South Blue, filho de migrantes de Zou. Sua família enfrentou intenso preconceito por parte das populações humanas, o que os forçou a levar uma vida nômade. Tal estilo de vida resultou em empregos temporários e mal remunerados para seus pais, tornando a sobrevivência familiar bastante desafiadora.

Após vagarem por várias ilhas, quando Kraus completou 10 anos, ele e seus pais se estabeleceram no reino de Goa, no East Blue. Com o tempo, o preconceito diminuiu, especialmente em uma cidade portuária acostumada à presença de Minks, o que tornou a vida deles um pouco mais suportável.

No entanto, um surto de tuberculose assolou o reino, vitimando milhares de pessoas, incluindo a família de Kraus. Por serem pobres, foram internados em uma instalação médica popular, desprovida das condições necessárias. Nessa situação, os pais de Kraus faleceram, mas miraculosamente o jovem mink sobreviveu.

Porém, a vida de Kraus piorou tanto após isso que ele desejou ter partido junto aos seus pais. Órfão e desamparado, foi forçado a viver no Terminal Cinza, mergulhando na criminalidade para sobreviver.

Apesar do ambiente hostil, Kraus preservou parte de sua infância, encontrando refúgio na ciência ao se deparar com exemplares de um famoso quadrinho chamado “Sora, o Guerreiro do Mar”. Diferentemente de outros meninos dos Terminal Cinza, seu personagem favorito não era o herói Sora, mas sim os vilões da Germa 66, um reino que utilizava ciência como arma. Eles usavam invenções científicas de uma forma tão criativa que desafiava o limite do crível, parecendo magia muitas das vezes, o que deixava o pequeno Kraus fascinado.

Esse amor pela tecnologia fez com que ele começasse a colecionar brinquedos de robôs que encontrava abandonados no lixão do Terminal cinza, mantendo essa coleção mesmo crescendo um pouco para além da idade em que os meninos brincavam com brinquedos. E foi por isso que, aos 14 anos, bandidos da montanha importunaram o garoto por estar brincando com bonequinhos, caçoando do menino. Sem poder se defender, Kraus só pode ranger os dentes e aguentar, chorando, enquanto pedia que eles parassem com aquilo.

Porém, do nada, um homem vestido estranhamente apareceu e derrotou os bandidos com uma granada que ao explodir deixou todos paralisados (inclusive Kraus). Esse homem achou um absurdo aqueles adultos estarem mexendo com uma criança e devolveu os brinquedos para Kraus, se apresentando como o Pirata-Cientista Tonnew.

Tonnew era um homem extravagante. Suas roupas eram chamativas, suas armas e engenhocas estranhas e ele tinha uma legião de seguidores que o amavam. Além disso, era um pirata com certa notoriedade no East Blue, tendo uma recompensa de 30.000.000 berries por sua cabeça. Ele estava de passagem em Goa para reabastecer os mantimentos do seu navio e zarpar novamente para o mar.

Ele e Kraus desenvolveram uma profunda amizade, com o jovem mink adorando o pirata que encarnava tudo aquilo que o menino sempre mais gostou na vida. Eventualmente, Kraus ingressou no bando de Tonnew como aprendiz, iniciando sua vida como pirata.

Ele navegou 5 anos ao lado do seu capitão, explorando todo o East Blue e participando de várias batalhas. O mink aprendeu a lutar com o seu capitão, Tonnew, e também com o imediato do bando, o rabugento Windar. E não era só técnicas de batalha que estavam nos ensinamentos do aprendiz de pirata, mas também conhecimentos científicos para a confecção de armas e instrumentos de suporte.

Apesar de Tonnew ser bem respeitado por seu bando, havia uma coisa que fazia com que todos rissem da cara dele, que era a sua ambição. Tonnew dizia que ouviu falar de seu pai que no passado existiu um reino com uma tecnologia tão avançada que parecia até mágica, e ele queria descobrir mais sobre esse reino para incorporar os conhecimentos técnicos nas suas próprias invenções. Entretanto, o bando inteiro via aquilo como uma história infantil que o capitão acabou levando a sério demais. Uma lenda, tal como o One Piece. E Kraus, como era criança, era um dos poucos que acreditavam no capitão, mas não falava em voz alta com receio de ser ridicularizado pelos membros do bando.

Tonnew levava a ridicularização na brincadeira, como se fossem amigos enchendo o saco um do outro, mas ele se mantinha fiel em seu sonho.

Como foi dito, foram cinco anos em que Kraus navegou nesse navio, pois quando ele ia começar o sexto, algo horrível aconteceu. O Comodoro da marinha Ringo fez uma emboscada para os piratas, dizimando-os em uma batalha que durou uma noite inteira. Tonnew e outros membros oficiais foram mortos, e os remanescentes fugiram, cada um para um canto. Era o fim dos Piratas Científicos.

Kraus ficou muito abalado com a morte de seu capitão e mestre, o que fez ele perder completamente o interesse de continuar como um pirata. Como a única coisa que sabia fazer era ciência, ele começou a trabalhar para o submundo, vendendo seu conhecimento para a fabricação de armas.

Os anos foram passando e Kraus ganhou até que uma certa notoriedade, conseguindo muito dinheiro com esse trabalho. Essa fama acabou chamando a atenção de um nome grande, Victorio Blanco, um dos imperadores do submundo conhecido como “O Coveiro”. A proposta que esse líder criminoso fez para Kraus foi boa demais para ele negar: uma grana preta para que o mink se tornasse um dos seus principais cérebros cientistas.

E foi nesse período que começou um momento de abundância na vida de Kraus que ele jamais viu antes. Ele ficou ainda mais famoso, conseguiu alguns seguidores, mulheres que frequentavam os lugares do submundo adoravam ele e sua personalidade arguta e ele conheceu o que é viver com prestígio.

Porém com a grana veio a ganância e o macaco-cientista começou a gastar muito consigo mesmo, com suas festas, o que fazia faltar dinheiro para suas invenções. E ai que ele teve uma ideia que pareceu genial na época, porém que acabou sendo a sua perdição: pedir dinheiro emprestado para Victorio.

Victorio não pestanejou. Emprestou 50.000.000 berries para o cientista. Porém esse dinheiro acabou subindo na cabeça do macaco, que acabou comendo e bebendo todo esse dinheiro, não conseguindo revertê-lo para meios que dessem lucro.

Endividado, Victorio deu a Kraus duas opções: a morte ou um pagamento com trabalho. É óbvio que o cientista escolheu a segunda opção, o que iniciou o período mais tenebroso de toda sua vida. Kraus trabalhava horas a fio, todos os dias, confeccionando armas. O trabalho repetitivo e os juros da dívida drenaram toda a energia do mink, deixando-o quase como um zumbi que só se preocupava em trabalhar para não morrer.

Foram alguns anos trabalhando dessa forma até que ele finalmente pagou sua dívida. Livre desse inferno, ele cortou laços com Victorio, ficando sem emprego. Ele já não aguentava mais a ciência, só de pensar em trabalhar com isso ele sentia calafrios por todo seu corpo. Ele estava cansado, depressivo e sem energia até mesmo para virar um pirata. Tornou-se então um andarilho, pobre, sujo e esperando até o dia em que sua vida chegaria ao fim.

Nessa vida miserável, um dia ele estava gastando o pouco dinheiro que tinha em um bar e acabou trombando com Windar, o antigo imediato do seu bando. Ambos ficaram bem animados com o encontro e cada um contou o que aconteceu com eles desde o fatídico dia em que os Piratas Científicos foram derrotados. Windar informou que ele continuou como pirata e chegou até o Novo Mundo, mas que em alguns meses navegando por aquele mar, ele acabou desistindo da vida como pirata, pois ele ainda tinha família no East Blue e não queria morrer em um lugar infernal como aquele.

O ex-imediato percebeu também o poço em que seu aprendiz estava e tentou dar-lhe algumas palavras de conforto, porém os olhos do macaco-cientista já não tinham brilho algum. Eles se abraçaram e prepararam-se para se despedir, mas Windar falou algo que eriçou todos os pelos do corpo de Kraus. Algo que esfriou sua barriga, como se ele estivesse despencado de um penhasco.

“Ah, você lembra das histórias sobre o Reino Antigo que Tonnew falava? Ha, você não vai acreditar, o maldito estava certo. Eu encontrei uns caras no Novo Mundo que conseguiam ler umas pedras enormes que contavam a história desse reino. Mas olha, fica entre a gente isso daqui, fiquei sabendo que o pessoal do Governo Mundial não gosta muito que as pessoas fiquem indo atrás desse assunto…” Disse Windar, batendo nas costas de Kraus e saindo do bar.

Naquele momento, Kraus sentiu que uma faísca voltou a brilhar em seu peito que já estava frio por conta dos últimos acontecimentos da sua vida. O sonho do seu mestre era verdade. O mesmo sonho que se alinhava com o que Kraus, desde criança, sempre admirou na ciência: a capacidade de ultrapassar os limites. E era esse sonho tudo o que Kraus precisava para se arrastar para fora da depressão em que ele estava.

O mink então começa suas preparações para voltar à vida de pirata. Ele pega o pouco dinheiro que tem e compra algumas roupas que pareciam as extravagantes roupas que o seu capitão usava. Além disso, ele também se compromete a construir um bando como o deu seu capitão. Todos aqueles anos de sufocamento da sua personalidade que ocorreram enquanto ele trabalhava para Victorio foram apagados. Estava de volta de novo o Kraus animado, sonhador e ambicioso de sempre.

Como não estava com muito dinheiro, teve que pegar uma carona para a Grand Line. Sim, ele decidiu ir diretamente para a Grand Line recomeçar sua carreira como pirata. Entretanto, um acidente com o navio em que ele estava fez com que ele naufrasse no Farol. Agora, ele precisa encontrar um jeito de sair dali e traçar o caminho que o destino tem escrito para ele.

Já estamos acostumados a ler história sobre grandes vilões e heróis, as motivações por trás das ações de cada um de seus grandes feitos, mas diferente do habitual, nessa história não existe exatamente essa divisão, o bem e o mal andam juntos diariamente, as vezes tomamos ações que nos inclinam para um lado mas nada impede de na sequência cometermos uma atitude que inclinaria para o contrário, o ser humano não necessariamente nasce bom ou mal, mas são suas atitudes que definem no fim o que as pessoas te consideram e é sobre atitudes e acontecimentos que falaremos aqui.

Nascido em Water Seven, Kazuki desde o seu nascimento teve a desigualdade imposta em sua vida, onde enquanto uma mulher qualquer porém rica que acabará de engravidar era tratada com mil e um cuidados, sua mãe não recebia um terço deste cuidado e acabava por morrer no parto do garoto.

Criado somente pelo pai, Kazuki teve uma infância solitária, seu pai em grande parte do tempo estava fazendo bicos pela cidade e quando não estava trabalhando, ele se encontrava com alguns amigos para conversar de assuntos que naquela época não faziam nenhum pouco de sentido na cabeça do garoto. O ruivo criou-se sozinho em grande parte na rua junto de seus amigos e sua vida apesar de simples, era feliz.

Foi perto dos doze anos, quando seu pai adentrou as presas pela porta e lhe explicou tudo que estava acontecendo, uma porta de informações se abria a frente do jovem e sua vida desde então nunca mais foi a mesma.

Seu pai era um afiliado ao exercito revolucionário que incansavelmente trabalhava para tentar quebrar o sistema. Tudo era muito complexo e eles já não haviam mais tempo, sendo jogado pela janela, as ultimas coisa que seu pai o disse antes de morrer foi: Agora é sua vez.

Em sequencia, Kazuki enquanto caia notava os sons de arrombamento, vindo em seguida o estalo seco de tiros e um forte flash de luz que saia pela janela. Ele caiu na sarjeta e logo desapareceu nas sombras.

Não demorou muito para que o garoto conseguisse encontrar alguns amigos de seu falecido pai e por meio deles, adentrar no exercito. Pela sua idade, Kazuki passou seus primeiros anos focado em um treinamento físico e psicológico, na sequencia o ruivo foi efetivado dentro do exercito e assim, começou a executar os mais diversos serviços, lentamente sendo direcionado para o ramo de espionagem, onde ele encaixava melhor. Foi assim que conheceu seus atuais companheiros e conseguiu chegar em sua patente de espião.

Descrição

Ato I — “O nascimento do primogênito”

Mesmo sendo uma menina, Zavala desde que nascera foi tratada como o primogênito único de sua família, o que no futuro se provou correto, em seu nascimento não houve um acontecimento espetacular, nem nada do gênero, a lua estava no alto brilhante, o vento batendo na choupana, seu nascimento foi assim, simples como a de qualquer outra pessoa.

Sua infância em seu início foi um pouco cansativo e duro, pois ela foi ensinada a ser melhor que as outras crianças em tudo que fosse possível, ser a primeira nos estudos, ser a melhor comunicadora, a que combate melhor, tudo nela parecia soar como perfeição, mas a jovem é apenas um vaso que foi criado e moldado conforme a vontades de outros, e não dela mesma.

Tendo sempre seu treinamento em vista, Engel conseguiu descobrir seus pontos fortes, sua velocidade era muito acima da média para sua idade, o que perdurou no futuro, sua voz, seus maneirismos, a eloquência com que ela falava também eram notáveis, o que a deixou sendo uma das meninas mais populares de sua região.

Infelizmente nem tudo são flores, e a partir de seu crescimento ela aprenderia do pior jeito, que ela não teria desejos próprios, ou vontades próprias, o que afetaria seu futuro de uma maneira desastrosa.

O primeiro acontecimento que mudara como ela age, é a primeira honraria e única que era necessária para transformar a Engel em uma pessoa completamente diferente com o tempo.

O broche com o símbolo do clã que está na família a gerações foi uma honraria recebida em uma cerimônia séria, e que contou com todos os anciões da família, mesmo não sendo uma família tão famosa, eles ainda cultivam o cerne das cerimônias.

Ato II — “A máquina”

Sua adolescência foi apenas uma sequência direta de como sua infância funcionou, o que mudou foram seus pais fomentando ideias radicais em sua cabeça, o que lhe trazia alguns transtornos fortes.

A pressão de ter de ser perfeita o tempo todo apenas serviu para a adolescente crescer com alguns traumas pesados, que começou desde cedo a descontar nos meios que encontrou pelo caminho.

Com pouca idade ela criou uma compulsão alimentar para desfazer de sua ansiedade o melhor possível, assim literalmente “tapando o buraco com comida” o que se provou um trauma que não seria controlado nunca, se tornando parte do que compõe o ser “Zavala”.

Outra compulsão criada graças ao nervosismo foi o seu vício em cigarros, o que era uma das maneiras de sua ansiedade passar, quando criança ela teve contato, e desde então nunca mais parou, alguns dizem que ela vai se arrepender de fumar tanto, mas ela nem liga mais.

Mesmo sendo mais madura, hoje em dia o vício não saiu, e mesmo não estando tão ansiosa como antes, o vício virou uma característica que todos a conhecem por, alguns até mesmo dizem, “Onde tem fumaça tem Engel”.

Além dos vícios se criou também dentro de Engel a raiva contra os revolucionários, como se eles fossem a causa de todos os seus problemas, um ódio cego e sem motivos cultivado pelos seus pais desde cedo e que não terá fim até ser concluído.

E por último, o desejo maior que seus pais sempre fomentaram na vida de Zavala é o sonho dela se tornar Gorosei, um dos líderes do mundo conhecido, esse desejo nunca passaria perto do coração da menina se não fosse seus pais, agora ela não descansará e tomará todas as medidas possíveis para se tornar a pessoa mais forte e poderosa nos mares.

Ato III — “A agente”

Tudo se inicia a partir do momento em que Zavala ingressa como um membro operacional dos agentes.

Yamamoto nasceu em Wano, filho de um Oni local e uma Lunariana, que após visitar a ilha junto a sua tripulação pirata resolveu morar de vez quando se apaixonou por Daigo, seu pai, que era um criminoso conhecido da região assim como sua mãe que era uma pirata famosa. Quando tinha 9 anos ambos foram capturados, seu pai foi executado e sua mãe levada pela marinha, desde então não se tem notícias dela.

A partir desse momento o jovem passou a viver nas ruas de Wano e entrou para a vida de crime se aproveitando de seu tamanho e força para trabalhar como capanga de mafiosos da região, acabou adquirindo uma natureza extremamente violenta e também adquiriu gosto por combate e brigas.

Após anos trabalhando como capanga em Wano se viu forçado a ir embora quando seu chefe acabou morto e ele não tinha mais como adquirir o dinheiro que tanto gostava para gastar com bebida e cortesãs e assim partiu da ilha buscando então ganhar renome na pirataria para ganhar fama e fortuna e passar o resto de seus dias curtindo todo o prazer que saquê e mulheres podem lhe proporcionar e quem sabe um dia voltar a sua terra natal para dommina-la para sí.

Nyx tem uma origem estranha, final ela não foi concebida de forma convencional. A garota é na verdade um projeto científico. Seu criador é Porthus Adlet, um tritão cientista, que desejava criar uma filha perfeita. Sim, como o professor Utônio só que mais louco. A sua motivação partiu da morte de sua esposa, sua esposa era uma humana, que faleceu durante um acidente de barco, enquanto voltava para a ilha dos tritões a bolha usada para conter o barco estourou.

Porthus sobreviveu, mas não conseguiu levar ela nadando a tempo, fazendo com que a sua esposa acabasse por morrer por afogamento. Depois disso, descobrindo que ela estava grávida, sua sanidade caiu por terra, ele preservou seu útero, e passou a usar ele para gerar vida, manipulando a genética e o DNA para tentar criar uma filha exemplar, que tivesse as melhores características dele e de sua amada.

Muitos experimentos que ele fez falharam, sempre que ele produzia uma nova filha e ele a ensinava e treinava, e se ela não fosse suficiente, abandonava-a num lugar distante para que ela nunca mais o achasse. A experiência número 78 foi NYX, esse era o código de serie que denominava a garota. Entretanto ela não fazia ideia de nada disso, sendo educada, aprendendo e crescendo.

Porem assim como os 77 experimentos anteriores, NYX foi considerada uma falha, quando fez seus 18 anos fora descartada. Ela foi abandonada em um fosso de uma caverna, da qual outras de suas irmãs jamais saíram, talvez pelo fato de que elas não tinham mais força de vontade após serem abandonadas. A garota, no entanto, reuniu vontade para sair de lá.

Seu pai, não ligava se ela ia ou não sair dali, não se importava com o futuro dela, ainda mais, debaixo da água, o que ela ia fazer? Ela reuniu forças, escalando o lugar, usava seu cuspe potente para aos poucos danificar as paredes do fosso até finalmente sair de lá. Depois de tudo isso Nix nadou e nadou sem rumo, até ser encontrada por um grupo, na praia de Water Seven, eram revolucionários, que cuidaram dela, a ensinaram a lutar, os conceitos de seu Haki, e assim por diante. Com seu carisma, Nix usava tudo que aprendeu com o pai, cantar, dançar, tocar, tudo que ela tinha talento, passando a se apresentar em teatros, ruas, e todo lugar que era convidada. Assim ela começou a criar conexões, mas jamais esqueceu os amigos que lhe salvaram, passando a ajudar eles atuando como Revolucionária por debaixo dos panos sem que ninguém tivesse conhecimento, se aliando aos seus três novos companheiros para resolver alguns problemas inerentes do lugar.

Sakura nasceu em uma família bastante pobre, seu pai era um carpinteiro que trabalhava em um estaleiro e tinha problemas com bebida se jogos, assim como também era um abusador, constantemente agredia sua mãe violentamente a ponto de quase matá-la por duas vezes.

Como ele sempre estava endividado ele acaba fazendo ela pagar as dívidas com o próprio corpo e Sakura cresceu vendo sua mãe sendo usada como moeda de troca para pagar as dívidas e vícios do próprio pai até que determinado dia ela não aguentando mais os abusos tirou a própria vida e o fardo então caiu sobre a jovem Sakura.

Assim que percebeu que podia usar a própria filha para continuar seu ciclo de bebidas e jogatinas o pai de Sakura não perdeu tempo e fez a filha se prostituir nas mazelas de Sirarossa sendo obrigada a se deitar com os sujeitos mais nojentos que se pode imaginar até que um dia uma bela morena cruzou o seu caminho, Lenore convenceu seu chefe na época a comprar a jovem de seu pai para trabalhar no bordel vendo grande potencial na jovem, Lenore ajudou Sakura e foi como uma verdadeira mãe para ela apesar da diferença de idade entre as duas não ser muito grande.

A admiração de Sakura por Lenore foi crescendo com o tempo até que a mesma se se torna obcecada por sua mestra e de modo a protegê-la a todo custo tratou de treinar com um dos seguranças do local para aprender a lutar e proteger Lenore com sua vida e com isso adquiriu habilidades que colocaram ela como uma das melhores assassinas da casa.

- Papai, papai, quando crescer, vou ser que uma grande marinheira que nem você.

- Não sei onde está seu chapéu, é meu chapéu papai...

Quantas vezes eu disse coisas como aquelas, mesmo sem uma sombra sequer de alegria naquelas palavras sendo refletidas nos seus olhos. Eu era muito nova pra entender no começo, mas, conforme o tempo passou, fui percebendo que era mais... Preocupação, desesperança, como se... Não, literalmente olhando pra uma criança cheia de sonhos que não poderiam ser alcançados, gentil de mais pra dizer à uma criança que as asas em suas costas lhe tiravam deste caminho, e, covarde de mais para tentar tirar as pedras do caminho para tornar meu sonho possível.


Eu sempre quis ir ao mar, levá-los em suas expedições fora da ilha eram momentos de uma alegria considerável, empolgação. Um dia eu subiria em um navio grande como aquele e deixaria ele orgulhoso. Algum dia seria eu ali, com roupas personalizadas, um chapéu estiloso e homens sobre meu comando, fazendo... Justiça. Ou, ao menos o meu pai sempre foi como um justiceiro pra mim, nos ensinamentos e em suas ações, ainda que eu saiba que sua organização não seja de acordo com sua ética em tudo como ele é.

- Não tem lugar pra mim lá, né pai?

Foi a primeira vez que em vez de cantar promessas sobre um sonho, encarei a realidade. Um silencioso balançar de cabeça foi sua única resposta. Se eu tivesse os genes certos, se eu tivesse puxado mais ele que a mamãe, eu poderia seguir os passos dele? Ou será que a mera maternidade impediria... Não, eu sabia naquele momento que, esses pensamentos só me levariam à por uma carga em minha mãe que ela mesma já sentia. O som das lágrimas baixinhas me viam, lágrimas que percebia serem por mim, por minha culpa. Por um sonho que ela já se sentia culpada o suficiente por eu não poder cumprir.

Bem, talvez fosse um pouco injusto levar as palavras até esse ponto, visto que com sua influência ele conseguia evitar ao menos que nós estivéssemos em perigo, ou, fôssemos caçadas, mesmo naquele lugar e mesmo sendo odiadas por companheiros de trabalho apenas pelo que éramos.

Mas qual é? Eu sou uma garota de sonhos e do mar, o cheiro salgado e o balanço das ondas ainda está em minha mente, e, se eu não posso navegar com um quepe chique, que seja. Arrumei minhas coisas e saí por aquela porta, sabendo que eles não aprovariam e se soubessem me impediriam. Um dia ainda poderíamos virar inimigos, velejando por lados opostos, mas, eu não posso deixar que uns humanos racistas me tirem meu objetivo de avançar por esse céu azul, com o vento nos meus cabelos, e, por quê não em minhas asas? Gaivotas são pássaros e ainda assim o mar é seu lar.

Em cima da mesa um bilhete dizia. "Nunca vi primata na água, mas como um albatroz, minhas asas anseiam cortar o azul do mar".

Eu segui o meu caminho e ele o dele, estando um pouco mais livre para crescer ainda mais na marinha, ciente de que sua proteção já não me alcançaria mais.

Princesa e herdeira do reino de Tsubasa Island, Kimiko cresceu como poderia esperar-se de uma nobre: cercada por regras, isolada do povo e aprendendo toda a etiqueta que espera-se de um nobre. Mas mesmo tais cuidados não eram o bastante para podar totalmente sua alma rebelde. As lições básicas de esgrima para os ritos cerimoniais de sua linhagem foram a fagulha que incendiou seu espírito e a fez correr atrás de aprender verdadeiramente a manejar um florete e a fizeram interessar-se pela arte da forja. Inicialmente ia escondida até os ferreiros para admirar e observar seu trabalho, mas seu talento fez-se notar e rapidamente a garota aprendeu a forjar. A amizade que fizera com o ferreiro rendeu-lhe aulas escondidas e não demorou para que a garota conseguisse forjar espadas básicas sem muito esforço. Não somente isso, mas aprendeu a reconhecer os minerais e suas propriedades para melhorar ainda mais sua capacidade de forja.
Foi também graças a tal paixão que o treinador-real, Ruki, chamasse seu pai, Kigen, e o aconselhasse a deixar que Kimiko treinasse para se tornar uma esgrimista talentosa. Após certa relutância, pois aos nobres era aconselhado somente o treinamento para aprender o básico da Esgrima Real Chocho, concordou que Kimiko tomasse aulas à parte, a fim de tornar-se futura comandante da guarda real até que assumisse o posto de rainha. Queria a garota que o destino assim se mantivesse, mas aos 14 anos tudo mudou.
O reino Tsubasa passou por um golpe de estado em uma jogada militar brilhante e inesperada, cercando a família real e levando-a à aniquilação em uma única noite. Kimiko, que até então não fora oficialmente apresentada a seu reino — o costume era a princesa somente ser anunciada como parte da família real em sua festa de 15 anos, até então vivendo reclusa na parte nobre do reino — conseguiu escapar graças a ajuda do bardo do reino, seu súdito mais leal e próximo. Infelizmente seu pai e sua mãe não tiveram a mesma fortuna e a garota sabia que, embora desconhecidos, o destino para ambos provavelmente havia sido a morte.  Meses se passaram após a queda de seu reinado e a garota recebeu a notícia de que seu tio, que havia desertado há tempos do reino, estava vivo e bem como membro da marinha. A esperança de reunir-se com um rosto conhecido fez com que a garota embarcasse atrás de Hakai, mas sua fraqueza e falta de uma tripulação que permitisse com que navegasse os mares fez tal encontro demorar quase dez anos para acontecer. A garota utilizou tal tempo e as viagens para aprimorar-se e fortalecer-se, sendo capaz minimamente de se virar sozinha, mas somente aos 23 anos entendeu que a melhor opção para encontrar alguém que fazia parte da marinha era entrar na mesma organização. Além disso treinamento constante e disciplina a fortaleceriam e a deixariam mais próxima de poder recuperar seu reino — ou ao menos assim pensava.
Por fim, aos 24 anos, chegara a Las Camp, último paradeiro que soubera de Hakai. Agora iria atrás do mesmo tentar recrutá-lo para auxiliá-la na recuperação de seu reino.

No submundo das lutas clandestinas, onde o rugido da multidão ecoava pelos becos sombrios, onde as apostas voavam tão rápido quanto os punhos, surgiu uma lenda: Doom, o Carrasco.

Seu nome era temido e respeitado em igual medida. Um homem imponente, com mais de dois metros de altura e uma musculatura impressionante, Doom era uma figura que impunha respeito assim que adentrava qualquer recinto. Seu tórax e ombros largos davam um grande volume ao seu corpo, mostrando a força e a resistência adquiridas em inúmeras batalhas.

Cicatrizes marcavam sua pele, testemunhas silenciosas de seu passado de lutas. Cada marca contava uma história, uma prova de sua experiência e tenacidade. Seu rosto, por trás de uma máscara intimidadora, exibia uma expressão dura e determinada, com olhos penetrantes de íris vermelhas que revelavam uma astúcia letal.

Apesar de sua reputação como um guerreiro impiedoso nos ringues, Doom tinha um lado pouco conhecido pelos que apenas o viam em ação. Ele era um homem de poucas palavras, mas quando falava, era com respeito e humildade. Amizades verdadeiras eram raras, mas uma vez conquistadas, eram mantidas com lealdade ferrenha.

Nos bastidores das arenas, Doom dedicava-se incansavelmente ao seu ofício. Ele não era apenas um bruto sem cérebro; sua mente astuta trabalhava constantemente em estratégias para derrotar seus oponentes. Sua paixão pela luta ia além do simples prazer de vencer; ele buscava transformar cada combate em um espetáculo digno de admiração.

Nos raros momentos de descanso, Doom se entregava a diversas atividades. Seu treinamento físico era apenas uma parte de sua rotina. Ele estudava nutrição e culinária para manter seu corpo em perfeitas condições. Sua habilidade em sobrevivência e navegação o ajudava a se movimentar pelos mais variados territórios em busca de desafios.

Apesar de sua personalidade impulsiva e sua sede por combates épicos, Doom era, no fundo, um homem em busca de reconhecimento e admiração. Ele não buscava a destruição de seus oponentes, mas sim a glória de uma vitória justa e emocionante, uma vitória que o elevasse ao patamar dos grandes campeões das arenas.